segunda-feira, 2 de abril de 2012

LEONARDO BOFF - JORNAL DO BRASIL - ESTREIA COMO COLUNISTA


A difícil transição do velho para o novo

 
 
Leonardo Boff
 

A saída para as várias crises atuais não pode vir do sistema que as gerou. Bem dizia Einstein: "O pensamento que criou o problema não pode ser o mesmo que o solucionará". Somos obrigados a pensar diferente, caso contrário, não agiremos diferente, podendo pôr em risco o equilíbrio do sistema- Terra e a continuidade da espécie humana.
O dramático de nossa situação reside no fato de que não dispomos de nenhuma alternativa ao velho, suficientemente vigororosa e elaborada, que o venha substituir. Nem por isso devemos desistir do sonho de um outro mundo possível e necessário. A sensação é que “o velho resiste em morrer e o novo não consegue nascer" (Gramsci). 
Mas por todas as partes no mundo há uma vasta semeadura de alternativas, de estilos novos de convivência e de formas diferentes de produção e de consumo. Ela ganha visibilidade nos Fóruns Sociais Mundiais e recentemente na Cúpula dos Povos pelos Direitos da Mãe Terra, realizada em abril de 2010, em Conchabamba,  na Bolivia. Para usar pontos de referência conhecidos podemos dizer: o futuro não passa por Davos mas por Porto Alegre. 

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