segunda-feira, 17 de junho de 2013

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Atos em apoio a protestos no Brasil se espalham pela Europa


Em Dublin, na Irlanda, brasileiros se reuniram em frente ao monumento Spire Foto: Thiago Mouta/Facebook / Reprodução
Em Dublin, na Irlanda, brasileiros se reuniram em frente ao monumento Spire
Foto: Thiago Mouta/Facebook / Reprodução
  • Daniel Fernandes
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Centenas de pessoas se reuniram neste domingo em Berlim, capital da Alemanha, para um ato de apoio às manifestações contra o aumento das tarifas de ônibus que vêm sendo realizadas no Brasil, especialmente em São Paulo. Além de Berlim, foi realizado neste domingo um ato em Dublin, na Irlanda, em apoio aos manifestantes brasileiros. Também devem acontecer atos nesta tarde em Boston, nos Estados Unidos, e em Montreal, no Canadá. Outros atos devem acontecer em diversas cidades da Europa, Estados Unidos e América Latina no decorrer desta semana.

Segundo a designer brasileira Karen Hofstetter, 26 anos e moradora de Berlim, cerca de 600 pessoas participaram do ato - 250 de acordo com informações da agência Deutsche Welle Brasil -, que foi organizado pelas redes sociais. "A intenção é mostrar para os alemães, para o mundo, o problema”, disse. 


A caminhada de 1,5 quilômetro entre os bairros de Kreuzberg e Neukölln. Hofstetter afirmou que o grupo fez o trajeto em cerca de 2 horas. O protesto, no total, teria durado cerca de 4 horas. Segundo ela, no meio do protesto, que contou com a presença não só de brasileiros, os manifestantes se encontraram com um grupo de turcos que protestavam em apoio às manifestações que tomaram conta de seu país nas últimas semanas e os dois grupos marcharam unidos durante alguns momentos. 

A designer afirmou que curiosos pararam para observar o protesto, que contava com cartazes em várias línguas (inglês, português, alemão). “Foi super tranquilo, pacífico”, segundo a designer, que acrescentou que os organizadores do protesto avisaram a polícia com antecedência de que cerca de 100 pessoas. "O número foi bem maior, mesmo assim não houve nenhum problema. Eles orientaram o melhor caminho para fazermos, fecharam as ruas, acompanharam o protesto”, disse. 

Em entrevista ao Terra, a organizadora dos protestos, a publicitária Juliana Doraciotto, 25 anos, disse que esta é uma forma de apoiar os amigos agredidos pela polícia no protesto da última quinta-feira em São Paulo. "Tudo começou na sexta de manhã. Depois da truculência da noite de quinta em São Paulo a gente resolveu fazer a nossa parte por aqui também, para chamar a atenção da mídia internacional e dar apoio aos que estão apanhando no Brasil", disse a jovem, que mora em Berlim há um ano.

Juliana contou que criou uma página agendando o protesto pelo Facebook e comunicou a polícia local sobre a manifestação. O que ela não esperava era o grande apoio ao movimento. "Estava esperando só uma 50 pessoas", disse. Com o sucesso, a ideia é fazer novas marchas em Berlim e também em outras cidades alemãs a partir desta semana. "Muitas pessoas de Köln, München e Frankfurt vieram me pedir ajuda para organizar mais protestos no sul da Alemanha", disse a jovem, natural de São Paulo.

Os participantes também afirmaram que o protesto foi além da questão do aumento da passagem e da violenta repressão policial contra manifestantes na capital paulista. "Está relacionado também a como a política no Brasil é feita, ao transporte público de má qualidade e a como qualquer manifestação democrática é muito reprimida pela polícia, principalmente em São Paulo", explicou o estudante de Urbanismo Guilherme Maruyama da Costa, à Dw Brasil. Há quatro anos ele mora em Hamburgo, mas aproveitou que estava na capital alemã para participar da marcha.

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