quarta-feira, 10 de julho de 2013

Defesa do governo Dilma divide centrais sindicais - NEM ENTRE ELES MESMOS SE ENTENDEM - UOL.COM.BR VEICULOU A MATÉRIA POSTADA

Defesa do governo Dilma divide centrais sindicais
 

TONI SCIARRETTA
DANIELA LIMA
DE SÃO PAULO
As principais centrais sindicais chegam divididas ao "Dia Nacional de Lutas" em relação ao apoio ao governo Dilma Rousseff. O movimento, que coloca os trabalhadores na rota de protestos, promete paralisar São Paulo e algumas das principais cidades do país amanhã.
Os trabalhadores fizeram uma série de reuniões para definir uma pauta comum de reivindicações, mas temas sensíveis ao governo Dilma como o plebiscito e o combate à inflação dividem os líderes sindicais.
A falta de consenso resultou na inclusão somente de assuntos de interesse direto dos trabalhadores, como a redução da jornada, o fim do fator previdenciário e ainda o combate à terceirização dos postos de trabalho.
A CUT (Central Única dos Trabalhadores) queria o apoio das demais centrais à consulta popular para uma reforma política, encampada pelo PT e pelo governo. Mas sindicalistas ligados à Força Sindical e à CSP-Conlutas vetaram a ideia. A CUT levará a proposta isoladamente.
Por outro lado, as duas centrais de oposição querem debater o combate à inflação e defendem mudanças na equipe econômica. "Vamos pedir a cabeça do ministro Guido Mantega. Queremos mudança na política econômica e redução na inflação, que corrói o salário do trabalhador", disse Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, presidente da Força Sindical.
"O problema não é o ministro. É o governo que privilegia o interesse dos bancos, das empresas, do agronegócio, e não o dos trabalhadores", disse José Maria de Almeida, coordenador da CSP-Conlutas e presidente do PSTU.
A CUT nega que defenda a proposta do governo, mas confirma que é a favor da consulta popular sobre temas de interesse da sociedade.
Os sindicalistas não falam em número de pessoas nas manifestações, mas sim no total de em trabalhadores que vão aderir à paralisação.
Na avaliação da Conlutas, se o Metrô de São Paulo parar 5 milhões de passageiros serão afetados, o que amplificaria o alcance do ato.
Os metroviários devem decidir hoje sobre sua adesão ao dia de protesto. Ontem, a tendência dos líderes da categoria era pela paralisação.
Os ônibus devem operar normalmente em São Paulo, segundo o sindicato.
Pelo menos 600 mil servidores públicos do Executivo e do Judiciário também vão aderir. Petroleiros, professores, comerciários, químicos e metalúrgicos de diferentes centrais também vão parar.
Os estivadores do porto de Santos iniciam hoje a paralisação. Os bancários decidem hoje se participam.
Em São Paulo, haverá uma manifestação conjunta das centrais sindicais na avenida Paulista, a partir das 12h.
Militantes do PT prometem ir às ruas para pedir a reforma política, o que tem irritado as centrais, exceto a CUT.
Dirigentes do partido, pedindo reserva do nome, disseram à Folha que militantes petistas vão participar tendo "a pauta das centrais" como foco principal e que o debate sobre a reforma política nunca foi colocado como prioridade no ato, mas que não podem impedir a militância de tratar sobre o tema, se desejarem. A resistência é atribuída ao que classificam como "veneno" por parte de Paulinho.
Editoria de Arte/Folhapress

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