domingo, 11 de agosto de 2013

EXCELENTE AUXÍLIO. DEVERIA OCORRER TODOS OS MESES - Ajuda da comunidade rende R$ 50 mil em doações ao Cadeião - DCMAIS.COM.BR VEICULOU

Ajuda da comunidade rende R$ 50 mil em doações ao Cadeião

Edilene Santos Fale com o repórter
Publicado em: 11/08/2013 - 00:00 | Atualizado em: 10/08/2013 - 13:00
Rodrigo Covolan
Equipamentos da enfermaria foram doados por um empresário da cidade
 


A segurança pública é dever do Estado e responsabilidade de todos. É o que diz o artigo 144 da Constituição Federal. E atualmente boa parte das ações em prol da segurança pública de Ponta Grossa tem sido realizada graças ao apoio da comunidade. Se dependesse exclusivamente do Estado, a situação hoje estaria bem mais complicada, pois a suposta falta de verba e a burocracia emperram a chegada de recursos.
Exemplo de que a sociedade pode colaborar com a segurança está na Cadeia Pública Hildebrando de Souza. Segundo o chefe da Divisão Financeira da unidade, Liander Vieira da Rosa, o Estado repassa duas verbas fixas para a manutenção do presídio que, juntas, somam R$ 3 mil por mês. “Metade é para compra de materiais e a outra metade é para serviços em geral”, diz. De acordo com o presidente do Conselho Comunitário de Segurança (Conseg), Henrique Henneberg, somente com água e luz são gastos em torno de R$ 50 mil mensais. Liander explica que essas taxas são pagas diretamente pelo Estado e não estão inclusas nas verbas fixas.
Segundo ele, existe uma cota extra de valor indefinido que pode ser solicitada quando preciso. “Varia de acordo com a necessidade, mas é preciso mandar um relatório para o governo, que analisa o projeto e só depois libera o dinheiro. Isso pode demorar bastante tempo”, explica.
De acordo com o responsável pelo setor financeiro do Cadeião, desde fevereiro já foram doados pela comunidade, em valores e materiais, em torno de R$ 50 mil. “Ganhamos mesas e cadeiras para escritório, central telefônica, materiais de construção, telas. Depois da rebelião, ocorrida em abril, tivemos que fazer uma pequena reforma que custou R$ 5 mil e foi paga pelo Conseg”, diz.
Nesta segunda-feira, começam as obras para colocação de grades de proteção nas galerias para evitar que os agentes de cadeia tenham contato direto com os presos. As grades pertenciam ao antigo presídio do Ahú, em Curitiba, e foram repassadas pelo Estado, no entanto, o governo não disponibilizou transporte até Ponta Grossa e isso acabou sendo feito por um empresário da cidade, sem custo. “Será feito um quadrante na frente das galerias. Primeiramente, serão nas quatro em que há mais presos”, explica Liander. “Hoje, para entrar e tirar um preso de uma das galerias, o agente precisa passar no meio de 90. É muito perigoso”.
Não só o transporte foi feito por alguém “de fora”. Os materiais para a sustentação também foram doados. De acordo com Henrique, essa obra vai custar em torno de R$ 20 mil. O trabalho de instalação deve durar aproximadamente 20 dias.
Na sexta-feira, começaram a ser instalados 600 metros de rede para cobrir os solários. O material foi doado por um fazendeiro de Carambeí. O objetivo é evitar a entrada de celulares e outros objetos ilícitos, que são jogados de fora para dentro do presídio. Em dez dias, os agentes recolheram 23 aparelhos e também maconha que foram lançados aos detentos.
Hoje a Cadeia possui 548 presos num espaço projetado para 170.

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