O mercado internacional de grãos busca encontrar um direcionamento na
sessão desta quinta-feira (11) na Bolsa de Chicago. Segundo analistas, o impacto
dos números divulgados ontem pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados
Unidos) não foi tão expressivo e já começa a ser "esquecido" pelos
investidores.
Na abertura do pregão regular, por volta das 11h (horário de Brasília), o
vencimento maio/13 para a soja operava com alta de 5,75 pontos, cotado a US$
13,98/bushel. Os demais contratos operavam em campo misto, próximos da
estabilidade. Já no milho, as posições mais negociadas subiam, com as de curto
prazo registrando altas mais expressivas.
"O mercado está precisando encontrar um caminho, olhando mais para o lado
positivo do que negativo. Os números do USDA frustraram todo o mercado já que
não reflete a realidade dos principais países produtores", explica Vlamir
Brandalizze, consultor da Brandalizze Consulting.
Frente a isso, os investidores voltam-se novamente aos fundamentos, que
seguem indicando uma oferta restrita diante de uma demanda ajustada, e começa a
a atentar-se cada vez mais às informações sobre a nova safra dos Estados
Unidos.
"O clima nos Estados Unidos ainda está indefinido. O inverno foi muito
longo, continua muito frio ainda nas principais regiões produtoras dos EUA e
isso vai atrasar um pouco o plantio do milho, o que deverá atrasar todo o
processo dos produtores norte-americanos, o que já começa a ser observado pelo
mercado", afirma Brandalizze.
O consultor afirma que o cenário é o mesmo tanto para o milho quanto para a
soja, uma vez que ambos os mercados esperam novidades sobre a produção dos EUA
e, à espera dessas notícias, acaba operando de forma técnica, tentando focar
essencialmente os fundamentos de oferta e demanda.
"No caso do milho, se o mercado fosse seguir a risca os números que o USDA
mostrou os preços teriam registrado uma forte baixa", completa.
Nesse cenário, a orientação de Brandalizze é de que os produtores
brasileiros operem com cautela, haja vista que os preços recuaram
expressivamente nos últimos dias e, ainda segundo o consultor, poderiam exibir
alguma recuperação nas próximas semanas.
Fonte: Notícias Agrícolas // Carla Mendes
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