Passeata foi da Boca Maldita à Praça Santos Andrade e durou por volta de três horas. Não houve depredações ou violência
Representantes de mais de 60 entidades promoveram na manhã deste sábado (29), um ato unificado no centro de
Curitiba. Os manifestantes se concentraram na Boca Maldita às 10 horas, saíram em passeata pela Rua XV de Novembro e chegaram à Praça Santos Andrade às 11h40, onde lideranças dos movimentos sociais discursaram em um caminhão de som a respeito das reivindicações da manifestação. A organização do evento estima que mais de 2 mil pessoas participaram do protesto. Já a Secretaria de Trânsito de Curitiba (
Setran), que acompanhou o manifesto e orientou o tráfego de veículos durante a passeata, calcula que pouco mais de 1,5 mil pessoas estiveram presentes.
Veja fotos da manifestação
As principais reivindicações do manifesto foram a redução da tarifa do ônibus para R$ 2,60 – e para R$ 1,00 nos domingos - e abertura da “caixa-preta” da URBS. Os manifestantes se posicionaram em favor da reforma política, reforma agrária, passe livre, liberdade sexual e redução da jornada máxima de trabalho de 44 para 40 horas, entre outras pautas.
Jonathan Campos / Agência de Notícias Gazeta do Povo
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Diego Antonelli / Gazeta do Povo
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Concentração da manifestação neste sábado (29) começou por volta das 10h na Boca Maldita, no centro de Curitiba
Manifestantes concentram-se neste sábado (29) na Boca Maldita, no centro de Curitiba
Servidores municipais de Curitiba pediram melhorias nas condições de trabalho. Uma das categorias profissionais mais presentes foi a dos educadores, que reivindicaram, principalmente, isonomia salarial e redução do número de alunos por sala de aula.
Participaram do protesto lideranças do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (
MST), da Central única dos Trabalhadores (
CUT), do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Curitiba (
Sismuc) e mais de 60 outras entidades - entre sindicatos, movimentos sociais e coletivos estudantis - que definiram suas pautas em assembleia na última segunda-feira (24).
O protesto começou na Boca Maldita às 10 horas com cerca de 400 pessoas, mas por volta de 11h30 já havia mais de 2 mil. Ao contrário de outros protestos, este incluiu e permitiu bandeiras de partidos políticos e de movimentos sociais.
Segundo
Alexandre Boing, membro da Frente de Luta pelo Transporte, em uma democracia é necessária a liberdade total de manifestação de diferentes ideais. “Por isso, as bandeiras podem ser usadas sem nenhum problema”, diz. Um dos pontos que ele cobra agilidade do governo federal é a reforma política. “Se o plebiscito acontecer e a decisão do povo for respeitada será um avanço”, defende.
Para
André Machado, coordenador da Plenária Popular, é essencial a população se unir para buscar melhorias para a sociedade. “A gente quer redução da passagem do transporte coletivo e melhorias na saúde”, diz.
Uma das manifestantes que se juntou durante a passeata foi a aposentada Marília Milani, de 67 anos, que mostrava um cartaz pedindo melhorias na saúde e na educação. Marília afirma ter se juntado ao protesto por convicção às bandeiras. "Sou a favor da reforma política, mas acho que esse processo só pode ser feito com a participação do povo. As pessoas precisam ser ouvidas antes de os políticos tomarem as decisões", defende a aposentada.
Outros protestos
O protesto é o terceiro de grande porte nesta semana. Na última quarta-feira (26), cerca de 600 pessoas se reuniram para
pedir a saída do deputado Marco Feliciano da presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados. Nesta sexta,
cerca de 300 pessoas se reuniram para exigir reforma política.
Paralisação
No dia 11 de julho as centrais sindicais programam uma paralisação em todo o país, numa onda de mobilização batizada pela categoria como "Dia de Luta". O motivo será pressionar a presidente
Dilma Rousseff a dar mais atenção à pauta trabalhista entregue ao governo em março deste ano, que inclui, por exemplo, a redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais.