segunda-feira, 25 de junho de 2012

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‘Teste do Coraçãozinho’ pode detectar doenças cardiopatas em bebês

Publicado em: 24/06/2012 - 00:00 | Atualizado em: 25/06/2012 - 11:40
Rodrigo Covolan
Segundo a cardiopediatra, todas as patologias necessitam de tratamento clínico ou cirúrgico


Atualmente, somente 38% das crianças portadoras de cardiopatia congênita têm atendimento no Brasil. Muitas destas crianças não atendidas falecem, sem nem ao menos terem recebido um diagnóstico a tempo de poderem ser tratadas.  De acordo com dados do 38º Congresso Brasileiro de Cardiologia de 2011, nascem no Brasil aproximadamente 23 mil crianças com problemas cardíacos por ano, ou seja, a cada 100 bebês nascidos vivos, um é cardiopata. 
Pensando nisso que a Associação de Assistência a Criança Cardiopata (AACC) Pequenos Corações iniciou pedidos de um projeto de lei para que o ‘Teste do Coraçãozinho’ se torne obrigatório em todo o país. Segundo a AACC, 24 cidades já aderiram e 15 protocolaram os projetos de lei. No Paraná, o projeto dos deputados Ney Leprevost (PSD) e Marcelo Rangel (PPS) foi aprovado em primeira discussão no dia 13 de junho.
A importância da realização do teste é detectar alterações da estrutura anatômica do coração do bebê. “Essa alteração no tamanho do coração surge no primeiro trimestre da gestação que são as cardiopatias congênitas, baixa oxigenação ou acianóticas, sem alteração notável de oxigenação”, explica a cardiopediatra, Luci Edviges Grzybowski Ventura.
De acordo com a especialista, o teste é realizado com um pequeno aparelho chamado ‘oxímetro de pulso’. “O sensor é colocado na mão direita do bebê, ele medirá a concentração de oxigênio da circulação periférica. Depois é medida a concentração de oxigênio no pé direito do bebê também através do sensor. É um exame simples, rápido, indolor e que leva menos de cinco minutos”, esclarece.
Luci explica a importância de diagnosticar precocemente as doenças relacionadas às cardiopatias congênitas. “Todas as patologias necessitam de tratamento clínico ou cirúrgico. Algumas de intervenção cirúrgica logo após o nascimento para salvar a vida do bebê. Outras, no momento certo, determinado pelos especialistas cardiopediátricos, por isso, a importância do diagnóstico logo em que a criança nasce”, alerta.
Segundo a cardiopediatra, o exame deve ser feito na maternidade  24 a 48 horas após o nascimento. “A medida de controle deve ser acima de 95% de oxigênio”, diz.
Para a médica, o teste do coraçãozinho deve ser aplicado de rotina em todas as maternidades. “O teste irá detectar 75% das cardiopatias congênitas. Os exames de ‘Ecocardiograma Fetal’ e ‘Ecocardiograma Transtorácico’ deverão detectar as doenças ainda na gestação. Os exames vão elevar para 92% a detectação das patologias graves”, explica.
Mais informações na versão impressa deste domingo

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