O número de leitos ativos passará de 40 para 88, sendo oito de UTI neonatal e oito de cuidados intermediários neonatais, além de 10 leitos para gestantes de alto risco. Os outros 22 leitos estarão disponíveis para clínica médica e cirúrgica. Também será implantado o ambulatório de gestação de alto risco.
A prioridade do governo, segundo o governador, é regularizar a situação dos hospitais regionais. “Tínhamos unidades que foram inauguradas sem servidores e sem equipamentos e agora estão funcionando normalmente”, afirmou Richa. O hospital foi inaugurado em março de 2010, mas não entrou em funcionamento na época devido à falta de equipamentos, de servidores e apresentava diversos problemas estruturais. Tais problemas foram apontados na auditoria realizada pela Secretaria da Saúde no início de 2011.
“Com a nomeação destes profissionais o hospital passa a ser referência na região”, disse Richa. Atualmente, o hospital atende, mensalmente, em média 83 cirurgias eletivas, 1.490 consultas ambulatoriais e 619 exames. A unidade conta com 352 servidores. Os novos servidores assumirão cargos de agente profissional, agente de execução e agente de apoio.
DefasagemDe acordo com Scheila Mainardes, diretora-geral do Hospital Regional de Ponta Grossa, as novas contratações irão recompor o quadro funcional, defasado desde a inauguração, principalmente de técnicos de enfermagem. “O hospital agora conseguirá atender às necessidades de toda a região dos Campos Gerais”, avaliou a diretora.
A transformação do Hospital Regional em Hospital Universitário, ligado à Universidade Estadual de Ponta Grossa, está em processo final de tramitação no Governo do Estado.
O prefeito de Ponta Grossa, Marcelo Rangel, afirmou que o pleno funcionamento do hospital transforma o município em referência no tratamento médico, principalmente neonatal. “Agora, iremos melhorar as condições médicas do Hospital Regional. O município também está fazendo sua parte com um plano de investimentos que trará melhora significativa ao sistema”, avaliou o prefeito.
Novos equipamentos
Richa disse que, apesar das dificuldades financeiras dos primeiros anos de mandato, o governo estadual não mediu esforços para equipar o hospital de Ponta Grossa. O Estado investiu R$ 1,7 milhão na compra de equipamentos e outros, avaliados em R$ 5 milhões, estão em processo de aquisição.
No ano passado, foi inaugurado o Centro de Diagnóstico do hospital, com tomógrafo, equipamentos de videoendoscopia, videocolonoscopia, mamografia e digitalizadora de imagens de raio x. O aparelho de ressonância magnética, de R$ 2,5 milhões, está em processo final de aquisição para ser instalado no hospital.
O hospital integra a Rede de Urgência e Emergência do Estado para atendimentos referenciados, funcionando como retaguarda do Samu e dos demais hospitais de Ponta Grossa e região, para internações em UTI adulto. Com o reforço de equipamentos e a contratação de mais servidores, passará a integrar a Rede Mãe Paranaense, através de atendimentos referenciados à gestantes de alto risco e a recém-nascidos de risco. Para tanto, estão sendo estruturadas a Maternidade para Gestação de Alto Risco, a UTI Neonatal e a UCI (Unidade de Cuidados Intermediários) Neonatal.
Expectativa
Para o deputado estadual Plauto Miró, primeiro secretário da Assembleia Legislativa, a nomeação dos servidores permitirá que o hospital atenda com 100% da capacidade. “Era uma medida aguardada pela população de Ponta Grossa. Tínhamos uma boa estrutura hospitalar, mas sem profissionais, o que inviabilizava o bom funcionamento da unidade”, disse o deputado.
As informações sobre o trâmite da nomeação dos 206 novos servidores serão divulgadas no site www.cops.uel.br, da Universidade Estadual de Londrina, responsável pelo concurso. Os servidores nomeados têm prazo de 30 dias para assumir a vaga. O número de aprovados foi de 277, mas parte não compareceu às outras fases da seleção, o que impediu a nomeação.
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