sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

BARRIL DE PÓLVORA - Presos quebram parede do Cadeião para tentar fugir Edilene Santos - diariodoscampos.com.br veiculou

Presos quebram parede do Cadeião para tentar fugir

Edilene Santos
30/01/2015 às 00:00 - Atualizado em 30/01/2015 às 00:00


Havia 40 presos na galeria onde foi tentada a fuga / Foto: Fábio Matavelli
Os agentes de cadeia conseguiram evitar uma fuga em massa do mini-presídio Hildebrando de Souza, em Ponta Grossa. Segundo o diretor da unidade, Bruno Propst, ocorreram duas tentativas de fuga entre terça e quarta-feira. Ele conta que os presos da sexta galeria quebraram uma parede e quando estavam quase conseguindo “estourar” a estrutura, o plano foi descoberto. Havia 40 detentos neste setor do Cadeião.
Bruno explica que, quebrando a parede, os presos sairiam para um corredor e, assim, teriam acesso à área externa do presídio. “Imaginamos que eles tinham a ideia de render um agente de segurança para conseguir escapar”, comenta.
O plano foi descoberto devido à movimentação e ao barulho dos detentos quebrando a parede. “Provavelmente, eles começaram a quebrá-la havia alguns dias” conta o diretor. Os agentes perceberam a movimentação na noite de segunda-feira e esperaram a manhã de terça-feira para agir. Os funcionários encontraram a parede já bem fina – uma “casquinha”, nas palavras do diretor –, sem boa parte dos ferros e do concreto, que foram escondidos sob as camas.
Segundo Bruno, o local foi isolado, mas, na noite de quarta-feira os detentos voltaram a tentar a fuga pela mesma parede. “Nesta noite, presos de diferentes galerias começaram a simular que estavam passando mal e precisando de atendimento médico. Os agentes desconfiaram e foram verificar a situação da sexta galeria. Foi quando conseguiram impedir que os detentos estourassem a mesma parede. Ou seja, o pedido de atendimento médico era apenas para desviar o foco, tanto que o serviço de saúde nem chegou a ser acionado”, explica Bruno.
Pelo menos dois presos foram identificados como mentores do plano de fuga e devem ser transferidos nos próximos dias. Bruno aguarda abertura de vagas na Penitenciária Estadual de Ponta Grossa ou em um estabelecimento penal de Curitiba.
Insegurança
O diretor relata que, devido à superlotação, não há como deixar os detentos separados em celas, por isso, eles ficam na área das galerias, tomando espaços que, teoricamente, seriam corredores. “Isso compromete a segurança. Travamos uma guerra diária para manter a cadeia sob controle”, observa.

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