quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

DIARIODOSCAMPOS.COM.BR VEICULOU: Única experiência anarquista da América Latina ganha memorial em Santa Bárbara

Única experiência anarquista da América Latina ganha memorial em Santa Bárbara

Das Assessorias
28/01/2015 às 15:44 - Atualizado em 28/01/2015 às 15:44
Formada por um grupo de libertários mobilizados pelo jornalista e agrônomo italiano, Giovanni Rossi, a Colônia Cecília foi a única comuna experimental baseada em premissas anarquistas de toda a América Latina. Após 122 anos da extinção da Colônia, localizada em Santa Bárbara no interior de Palmeira, o local ganhou um memorial para lembrar onde Rossi e seus companheiros ergueram a bandeira rubro-negra, símbolo mundial do anarquismo. "Nosso propósito não é a experimentação utopística de um ideal, mas o estudo experimental – e o quanto possível rigorosamente científico – das atitudes humanas em relação a um determinado problema,” dizia Rossi, idealizador da experiência.

Divulgação
Visto de cima, o memorial tem formato de um “A” símbolo mundial do anarquismo e em seu entorno oito totens resumem através de mosaicos a trajetória dos três anos da Colônia antes de sua extinção. O local também abriga uma pequena casa construída em madeira, reconstituindo os padrões da época, onde serão vendidos livros e suvenires após sua inauguração.
Segundo Jaudeth Ramos Hajar, Secretário de Indústria, Comércio e Turismo, a obra já está concluída, porém sua inauguração só acontecerá dentro de dois meses. “Pretendemos inaugurar o memorial em abril para coincidir com o aniversário do município e a semana da Colônia Cecília, instituída por lei municipal,” esclareceu o secretário.
São inúmeros turistas e pesquisadores que chegam a Palmeira para saber e conhecer mais sobre o anarquismo. Evaldo Agottani, descendente dos italianos anarquistas, doador do terreno para construção do memorial e produtor de vinho, aposta no empreendimento para aquecer o turismo rural na região e a venda de seus produtos feitos com a uva trazida por seus ancestrais. "Para os anarquistas, a vinha não era profissão, era amor,” finaliza.

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