Dilma exortou o bloco a avançar na integração das cadeias produtivas
Foto: EFE
Foto: EFE
A presidente Dilma Rousseff comemorou nesta terça-feira a adoção de uma medida que permite elevar a Tarifa Externa Comum (TEC) do Mercosul ao nível mais elevado possível. A ação visa a proteger o bloco contra os efeitos da crise global no comércio internacional.
Ao discursar no plenário da reunião presidencial realizada em Montevidéu, Dilma destacou que a ação, que permitirá o aumento das tarifas para algumas importações de países de fora do bloco, possibilitará uma "gestão flexível e estratégica do comércio". Ela justificou a medida ao dizer que a "preocupante" crise internacional se vê agravada pela "lentidão nas respostas políticas", marcada por "propostas conservadoras para uma saída". A presidente afirmou que, diante deste panorama, o Mercosul deve tomar suas próprias "precauções".
Apesar da efetividade das medidas adotadas até agora pelos países da região contra os efeitos da crise, prosseguiu a presidente, não se pode subestimar os efeitos futuros da problemática em curso, com uma previsível redução do crédito internacional. "A crise que reduz a demanda dos setores industriais dos países desenvolvidos está gerando ao Mercosul uma avalanche de importações predatórias que comprometem seus mercados", declarou.
Dilma exortou o bloco a avançar na integração das cadeias produtivas e adotar mecanismos comuns de defesa contra práticas comerciais fraudulentas.
Além dos pedidos de maior integração, a líder brasileira enfatizou a necessidade de o Mercosul incluir novos membros "do porte e a relevância da Venezuela", cujo processo de adesão plena ao bloco está bloqueado devido à falta de aprovação do Senado paraguaio. A presidente disse que incorporar novos membros fortalecerá e transformará o Mercosul em uma "região estratégica do ponto de vista econômico e geopolítico".
Nenhum comentário:
Postar um comentário