Família desconfia de mortes e pede exumação de gêmeas
Publicado em: 29/03/2013 - 00:00 | Atualizado em: 28/03/2013 - 20:24
Patrícia Biazetto
Uma família de Cândido de Abreu acompanhou na tarde de ontem, em Ponta Grossa, no Cemitério Vicentino, a exumação de gêmeas, que teriam morrido em 1979, dentro do Hospital Getúlio Vargas. A mãe das crianças, Neusa Pinheiro Ferreira, acredita que foi enganada na época pelo hospital sobre a morte das crianças, já que ela não teve acesso ao corpo das meninas e não participou do enterro das mesmas. A exumação foi acompanhada pelo médico legista
Lauro Schoenberger Filho, pelo advogado da família Luis Carlos Simionato Junior, pelo diretor do Serviço Funerário Municipal e Cemitérios, José Ricardo Martins, entre outros.
A mãe das crianças conta que em 1979 veio visitar o sogro, em Ponta Grossa e trouxe as duas meninas juntas, que se chamavam Serli Ferreira e Sueli de Jesus Ferreira. As crianças, segundo ela, ficaram resfriadas e foram hospitalizadas no antigo Hospital Infantil Getúlio Vargas, por aproximadamente 22 dias. Como tinha outros filhos a espera da mesma em Cândido de Abreu, a mulher voltou para a cidade, deixando no hospital os contatos dela e do sogro. Porém, num determinado dia ela escutou, via rádio, que uma das meninas teria falecido. Neuza veio para Ponta Grossa e, no hospital, foi comunicada sobre a morte de Serli Ferreira, mas não teve acesso ao corpo da criança. Já a segunda filha, chamada de Sueli de Jesus Ferreira, faleceu dias após e, conforme afirma a mãe, a família também não foi avisada. “A notícia da morte surpreendeu toda a família, já que ninguém foi avisado e dias antes meu sogro esteve visitando as meninas no hospital”, relata a mulher.
Ontem ainda a mãe das crianças teve acesso à Certidão de Óbito das crianças. Neusa contesta as informações contidas na certidão, já que, segundo ela, as gêmeas teriam 3 meses de idade quando morreram e não um mês conforme consta no documento. Na certidão de Sueli de Jesus Ferreira aparece que ela morreu no dia 03 de agosto de 1979, mas no livro de anotação do coveiro da época foi registrado que o sepultamento aconteceu no dia 6 de agosto de 1979, na cova número 3827. Sueli foi enterrada como indigente. Já na Certidão de Óbito de Serli Aparecida Ferreira consta que ela morreu no dia 30 de julho de 1979. O sepultamento ocorreu no dia seguinte, no Hospital Vicentino, cova número 3820. A causa morte diagnostica em ambos os casos foi broncopneumonia. “Não entendemos como uma delas foi enterrada como indigente, se ela tinha família”, lamenta a mãe.
Exumação
Na cova de Serli Aparecida Ferreira foi encontrado ontem, durante a exumação, alguns pequenos pedaços e ossos e roupas, além de um plástico que devia revestir o caixão. O material foi encaminhado para laboratório para a realização de exame de DNA. Já na cova de Sueli de Jesus Ferreira foi encontrado apenas um par de sapatinhos de bebê. Como ela foi enterrada como indigente, acredita-se que o corpo foi colocado diretamente na terra. O advogado que vai acompanhar o caso, Luis Carlos Simionato, encaminhou o material ontem mesmo para o laboratório para a realização do exame do DNA. “Vamos esperar o confronto do material com o da mãe das crianças. Se der negativo, vamos entrar com pedido de indenização contra a atual administração do hospital”, diz.
Filhos apóiam iniciativa da mãe
Os outros filhos de Neusa Pinheiro Ferreira também acompanharam a exumação. Edinaldo Ferreira espera que a história seja esclarecida. “É uma angústia que acompanha a minha mãe a vida inteira e precisa de um ponto final”, diz. Já Sirlene Ferreira, 40 anos, que ajudou a cuidar das gêmeas na época, também afirma que as crianças tinham três meses quando adoeceram e não um mês conforme consta na Certidão de Nascimento. Na saída do Cemitério Vicentino, uma sacola com uma etiqueta com o escrito ‘ Serli Silva’ chamou a atenção de quem acompanhou a exumação. A sacola estava jogada em frente ao cemitério e ninguém viu quem a deixou no local.
Uma família de Cândido de Abreu acompanhou na tarde de ontem, em Ponta Grossa, no Cemitério Vicentino, a exumação de gêmeas, que teriam morrido em 1979, dentro do Hospital Getúlio Vargas. A mãe das crianças, Neusa Pinheiro Ferreira, acredita que foi enganada na época pelo hospital sobre a morte das crianças, já que ela não teve acesso ao corpo das meninas e não participou do enterro das mesmas. A exumação foi acompanhada pelo médico legista
Lauro Schoenberger Filho, pelo advogado da família Luis Carlos Simionato Junior, pelo diretor do Serviço Funerário Municipal e Cemitérios, José Ricardo Martins, entre outros.
A mãe das crianças conta que em 1979 veio visitar o sogro, em Ponta Grossa e trouxe as duas meninas juntas, que se chamavam Serli Ferreira e Sueli de Jesus Ferreira. As crianças, segundo ela, ficaram resfriadas e foram hospitalizadas no antigo Hospital Infantil Getúlio Vargas, por aproximadamente 22 dias. Como tinha outros filhos a espera da mesma em Cândido de Abreu, a mulher voltou para a cidade, deixando no hospital os contatos dela e do sogro. Porém, num determinado dia ela escutou, via rádio, que uma das meninas teria falecido. Neuza veio para Ponta Grossa e, no hospital, foi comunicada sobre a morte de Serli Ferreira, mas não teve acesso ao corpo da criança. Já a segunda filha, chamada de Sueli de Jesus Ferreira, faleceu dias após e, conforme afirma a mãe, a família também não foi avisada. “A notícia da morte surpreendeu toda a família, já que ninguém foi avisado e dias antes meu sogro esteve visitando as meninas no hospital”, relata a mulher.
Ontem ainda a mãe das crianças teve acesso à Certidão de Óbito das crianças. Neusa contesta as informações contidas na certidão, já que, segundo ela, as gêmeas teriam 3 meses de idade quando morreram e não um mês conforme consta no documento. Na certidão de Sueli de Jesus Ferreira aparece que ela morreu no dia 03 de agosto de 1979, mas no livro de anotação do coveiro da época foi registrado que o sepultamento aconteceu no dia 6 de agosto de 1979, na cova número 3827. Sueli foi enterrada como indigente. Já na Certidão de Óbito de Serli Aparecida Ferreira consta que ela morreu no dia 30 de julho de 1979. O sepultamento ocorreu no dia seguinte, no Hospital Vicentino, cova número 3820. A causa morte diagnostica em ambos os casos foi broncopneumonia. “Não entendemos como uma delas foi enterrada como indigente, se ela tinha família”, lamenta a mãe.
Exumação
Na cova de Serli Aparecida Ferreira foi encontrado ontem, durante a exumação, alguns pequenos pedaços e ossos e roupas, além de um plástico que devia revestir o caixão. O material foi encaminhado para laboratório para a realização de exame de DNA. Já na cova de Sueli de Jesus Ferreira foi encontrado apenas um par de sapatinhos de bebê. Como ela foi enterrada como indigente, acredita-se que o corpo foi colocado diretamente na terra. O advogado que vai acompanhar o caso, Luis Carlos Simionato, encaminhou o material ontem mesmo para o laboratório para a realização do exame do DNA. “Vamos esperar o confronto do material com o da mãe das crianças. Se der negativo, vamos entrar com pedido de indenização contra a atual administração do hospital”, diz.
Filhos apóiam iniciativa da mãe
Os outros filhos de Neusa Pinheiro Ferreira também acompanharam a exumação. Edinaldo Ferreira espera que a história seja esclarecida. “É uma angústia que acompanha a minha mãe a vida inteira e precisa de um ponto final”, diz. Já Sirlene Ferreira, 40 anos, que ajudou a cuidar das gêmeas na época, também afirma que as crianças tinham três meses quando adoeceram e não um mês conforme consta na Certidão de Nascimento. Na saída do Cemitério Vicentino, uma sacola com uma etiqueta com o escrito ‘ Serli Silva’ chamou a atenção de quem acompanhou a exumação. A sacola estava jogada em frente ao cemitério e ninguém viu quem a deixou no local.
Fábio Matavelli |
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Em uma das covas foram encontrados ossos e roupas; já em outro apenas um par de sapatinhos de bebê; material será encaminhado para laboratório |
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