EUA fazem advertência de viagem à Venezuela por violência e escassez
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O Departamento de Estado americano fez uma advertência nesta quinta-feira (7) a seus cidadãos para que evitem viajar à Venezuela devido à violência e à escassez de alimentos e remédios no país sul-americano.Em nota, as autoridades americanas afirmam que crimes violentos, como homicídios, latrocínios e sequestros, "são endêmicos em todo o país (...), inclusive em áreas que geralmente são vistas como seguras".
Federico Parra/AFP | ||
Opositores protestam em frente a tribunal em Caracas onde seria julgado o ex-prefeito Leopoldo López |
O documento lembra que o país tem a segunda maior taxa de homicídios do mundo —menor só que a de Honduras. A advertência é feita por tempo indeterminado, diferindo da maioria dos alertas de viagem americanos.
Outro ponto citado pelo Departamento de Estado é a instabilidade política provocada pelo desabastecimento no país e o conflito entre o governo do presidente Nicolás Maduro e seus adversários políticos.
"Os protestos políticos podem ocorrer espontaneamente e espera-se que tenham espaço com maior frequência nos próximos meses em Caracas e outras regiões do país."
SERVIÇOS CONSULARES
As autoridades americanas indicaram também que as restrições impostas pelo governo, que impede a entrada de novos funcionários dos EUA, dificultam os serviços que a embaixada pode oferecer a seus cidadãos.
A advertência atualiza um alerta de setembro do ano passado. Em maio, os Estados Unidos suspenderam a emissão de vistos a venezuelanos devido à falta de funcionários no consulado de Caracas.
No ano passado, Maduro ordenou reduzir o número de funcionários diplomáticos e consulares norte-americanos credenciados na Venezuela em retaliação a sanções impostas por Washington a altos funcionários chavistas.
A implementação da ordem, porém, não chegou a ser cobrada, e a embaixada americana continuou funcionando em relativa normalidade.
EUA e Venezuela mantêm relações diplomáticas, mas não enviam embaixadores às respectivas representações desde 2010. Apesar das tensões, empresas norte-americanas ainda importam grandes quantidades de petróleo venezuelano.
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