sexta-feira, 29 de julho de 2016

OUTROS TEMPOS - OUTRAS POLÍTICAS - BASTANTE POLÊMICA - UM ÍCONE DA HISTÓRIA POLÍTICA DE PONTA GROSSA

Ponta Grossa perde o ex-prefeito Luiz Carlos Zuk
Da Redação
Ponta Grossa foi surpreendida, na noite desta quinta-feira, com a notícia do falecimento, em Balneário Camboriú, do ex-vereador, ex-prefeito e ex-deputado estadual Luiz Carlos Zuk (72 anos), uma das principais lideranças políticas da história do Município, um dos deputados mais atuantes e um dos prefeitos mais realizadores da cidade.
Zuk deixa a lamentar seu falecimento a esposa Peggy Gutmann Stanislawczuk. Foi pai de dois filhos, Luiz Carlos Zuk Júnior e João Henrique Zuk, ambos já falecidos, os dois em diferentes acidentes de trânsito.
O corpo será velado nesta sexta-feira, a partir das 09 horas, na Capela São Francsico.
Zuk, como era mais conhecido, despontou na política no final da década de 60. Jovem liderança, bastante popular, se elegeu vereador em 1968, sendo reeleito em 1972. Em 1974, chegou à Assembleia Legislativa. Em 76 foi eleito prefeito, governando a cidade por quatros. Renunciou ao cargo para tentar o retorno à Assembleia.
Luiz Carlos ZukNasceu em Ponta Grossa, no dia 23 de maio de 1944, filho de João Lira Stanislawczuk e Mercedez Vaz, ambos de saudosa memória. O pai, imigrante polonês nascido em Lublin em 1909, veio para o Brasil em 1917. Implantou no município de Ponta Grossa, interior do Paraná, uma das primeiras fábricas de balas e bolachas e fundou a Cerâmica Guarany, pioneira na fabricação de telhas, tijolos e goivas no Estado.
Fundou a Sociedade Polonesa Renascença, em Ponta Grossa, para o congraçamento dos descendentes poloneses da cidade e da região. Cursou Economia e Administração na Faculdade de Ciências Econômicas, Geografia na Universidade Estadual de Ponta Grossa e Direito na Faculdade de Direito de Curitiba.
Zuk em campanha a prefeito (1976)
Desfile da vitória, ao lado do vice, Rumeu Ribas
Prefeito (veja, aqui, o especial)
Foi Zuk quem construiu os prédios da Prefeitura e Câmara Municipal, Fórum, Quartel da Polícia Militar, ginásios de esportes (na Praça Getúlio Vargas, o Ginásio Estanislau Stanislawzuk, hoje conhecido como "Zukão"; e, na Rua Balduíno Taques, o Ginásio de Esportes Oscar Pereira). Construiu escolas, centros sociais, e conquistou extensão de rede de energia elétrica e saneamento básico. É de seu governo a implantação do Projeto Cura, incorporação do ICPU e IBTU, ampliação da rede de telecomunicações, asfalto em ruas e estradas distritais, calçamentos poliédricos, construção do Teatro Municipal e polos culturais, postos de saúde e módulos policiais, descentralização do Corpo de Bombeiros entre várias outras realizações.
Na Assembleia, foi 5º secretário da Mesa Executiva e membro das Seguintes Comissões: Orçamento, Agricultura, Indústria e Comércio, Obras Públicas, Transportes e Comunicação, Terras, Imigração e Colonização, Segurança Pública, Redação , Tomada de Contas, Turismo, Fiscalização , Mercosul e Direitos Humanos e Cidadania.
Conquistou conquistou os núcleos residenciais Santa Paula, Santa Terezinha, Santa Luzia, Santa Maria, Rio Verde, Bôrtolo Borsato e David Federmann, entre outros.

Zuk e Romeu entram para a posse

A posse de Luiz Carlos Zuk prefeito
Zuk criou o PRODEIN (Programa de Desenvolvimento Industrial), através do qual conquistou várias novas indústrias, como a Geroma do Brasil e a Paraná Refrigerantes (fabricante da Coca-Cola).
São de seu governo, a transferência da CPT para a Telepar, a contratação da uma empresa (Vega Sopave, de São Paulo) para os trabalhos de limpeza e coleta do lixo urbano e a implantação do meio expediente na Prefeitura Municipal, no horário das 12 às 18 horas, que permanece até hoje.
Eleito prefeito pelo MDB, atendendo convite do então governador Ney Braga, filiou-se ao PDS, pelo qual concorreu a deputado estadual, em 1982, não obtendo sucesso. Voltou a disputar a Prefeitura em 1988, pelo PDT, não logrando êxito, novamente.
Em 90, conquistou a condição de suplente de deputado estadual.
Em 1992, concorreu ao cargo de vice-prefeito, na chapa de Djalma de Almeida César, que foi derrotado por Paulo Cunha Nascimento. Em 93, assumiu uma cadeira na Assembleia Legislativa. Foi reeleito em 1994, com 25.819 votos. Reeleito novamente em 1998, então com 17.959 votos, ainda pelo PDT.
Quatro anos depois, pelo mesmo partido, buscou sua permanência na Assembleia Legislativa, mas, sem sucesso, com 17.296 votos. Ultimamente, encontrava-se afastado da política.

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