sexta-feira, 28 de junho de 2013

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Artigo: A “Capital Cívica do Paraná” acordou
Márcio Pauliki
Acompanhamos nestes últimos dias uma onda de protestos em todo o país com uma ampla pauta de reivindicações, entre elas, melhorias em diversas áreas como a saúde, a educação e um transporte público com uma tarifa justa e um serviço de qualidade. Apesar das reivindicações heterogêneas, os protestos dão recados claros à classe política e ao Poder Público: a insatisfação com os serviços públicos prestados, com a corrupção e com os governos.
As redes sociais se transformaram em um espaço que retratam a insatisfação da população que exige mudanças, a exemplo do momento histórico que vivenciamos, quando os protestos, que se limitavam à internet, ganharam as ruas.
As manifestações pacíficas são legítimas, democráticas e já conquistaram importantes avanços, como a redução da tarifa do transporte coletivo em várias cidades brasileiras e, no caso específico de Ponta Grossa, conhecida como “A Capital Cívica do Paraná”, impediram o arquivamento da Comissão Processante contra a vereadora Ana Maria, que foi acusada de forjar o próprio sequestro para não votar na eleição da Mesa Executiva da Câmara Municipal, no último dia 1º de janeiro.
Apesar disso, o principal clamor das ruas de Ponta Grossa, dos trabalhadores, estudantes e empresários, que tem sido um transporte público de qualidade com o fim do monopólio, ainda não foi alcançado e o Poder Público não se mostra sensível a este problema enfrentado diariamente pela população, de terminais alagados e sucateados, falta de linhas, indisponibilidade de horários, ônibus lotados e greve dos trabalhadores pela má remuneração.
O momento é oportuno para a discussão da implantação do “Bilhete Único”, proposta que foi apresentada por mim nas últimas eleições municipais, recebendo a aprovação da população pelo benefício tarifário que representa, sendo copiada pelos demais candidatos no segundo turno. Além da redução da tarifa concedida para quem utiliza a bilhetagem eletrônica, referente à isenção do ICMS do óleo diesel pelo governo do Estado, a desoneração devido o corte de impostos federais PIS/Cofins, em vigor desde o último dia 1º, e do ISSQN, aprovado pela Câmara Municipal, ainda não foram aplicadas e resultam em uma redução de aproximadamente R$ 0,15 na tarifa. Defendo que esta redução precisa ser revertida em favor dos usuários e não da empresa.
O meu contato com a população nas ruas, no comércio, nos bairros, nas unidades de saúde e nos terminais de transporte coletivo tem sido frequente. Aonde eu vou, ouço das pessoas reclamações sobre o alto preço da tarifa do transporte coletivo e um serviço de má qualidade. Por isso, creio que a falta de sensibilidade do Poder Público em dar uma solução a este problema, é porque os nossos governantes estão mais preocupados em cuidar dos próprios interesses do que cuidar das pessoas que deles mais precisam.
Por estas, e muitas outras reinvindicações, vamos continuar lutando pacificamente, fazendo com que os nossos governantes ouçam o clamor que vem das ruas. A voz que emana do povo merece respeito.
Márcio Pauliki é empresário e coordenador regional do PDT.

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