domingo, 31 de março de 2013

DOMÉSTICAS - NOVA LEI - UMA VOZ CONSCIENTE QUE APLAUDE - SITE uol.com.br

"Vai haver aumento de custos, mas é um pleito justo", diz empregador
Publicidade
DE SÃO PAULO

O funcionário público federal José Agostinho Galeão de Barros Filho, 40 anos, nunca teve empregada doméstica até o nascimento de seu primeiro filho, Pedro, hoje com três anos.
Como sua esposa, Tatiana, também trabalha, foi preciso contratar essa profissional para auxiliar nas atividades domésticas.
Sem registro, cuidador de idosos pretende buscar novos direitos
Folha responde a 70 dúvidas de leitores sobre a PEC das domésticas
A necessidade aumentou com o nascimento do segundo filho, Bernardo, há um ano.
Hoje, por um salário de R$ 1,5 mil, benefícios e uma ajuda de custo de R$ 250 para o transporte, eles mantém uma empregada por dez horas por dia, de segunda a sexta-feira.
Formado em direito, Barros diz que pretende fazer as contas para se adequar às novas regras trabalhistas para domésticos, como o pagamento de horas extras.
Mas tem dúvidas. Ele não sabe, por exemplo, se o horário de almoço pode ser configurado como hora trabalhada caso a doméstica faça a refeição na residência da família, acompanhando as crianças.
Nesse caso, seria devido duas horas extras por dia à profissional. Caso contrário, apenas uma --já que uma hora seria destinado ao horário de almoço.
Segundo advogados, apesar de ser feito no local de trabalho, o horário de almoço não é contado como período de trabalho, desde que o empregado doméstico realmente tire o período para almoçar e não "trabalhe" durante o almoço, servindo aos demais e colocando os pratos na mesa, por exemplo.
"Vai haver um aumento de custos, mas acredito que seja um pleito justo e legítimo desses trabalhadores, que tinham um status inferior ante os demais trabalhadores no país", diz ele.
Ele pretende conversar com a empregada sobre um possível desconto, em seu salário, do valor pago de condução. Atualmente, não há desconto.
Adriano Vizoni/Folhapress
José Agostinho Galvão de Barros Filho, 40 anos, ao lado da esposa e filhos, Tatiana, Pedro (à esquerda) e Bernardo (no colo da mãe)
José Agostinho de Barros Filho, 40 anos, ao lado da esposa e filhos, Tatiana, Pedro (à esquerda) e Bernardo (no colo da mãe)

Nenhum comentário:

Postar um comentário