terça-feira, 2 de julho de 2013

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Planilha aponta possível tarifa de ônibus de R$ 2,45

Da RedaçãoFale com o repórter
Publicado em: 02/07/2013 - 00:00 | Atualizado em: 01/07/2013 - 19:59
A tarifa de ônibus de Ponta Grossa poderia custar R$ 2,45. Essa é a conclusão de uma avaliação feita sobre a planilha de custos de 2012 da Viação Campos Gerais (VCG), disponível no site da Prefeitura Municipal de Ponta Grossa. A concessionária de transporte coletivo apontou custos de R$ 4,90 por quilômetro rodado, com todos os impostos cobrados, sendo que no ano são 1,2 milhões de quilômetros. Desse total o combustível representa R$ 0,75 por quilômetro. Com a isenção do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) pelo governo do Estado, o combustível passa a custar R$ 0,66 por quilômetro rodado.
Em contrapartida, o aumento de 10% na folha de pagamento elevou os custos por quilômetro rodado do motorista que passou de R$ 1,06 para R$ 1,17 e o cobrador passou a custar à empresa de R$ 0,58 para R$ 0,64, além do aumento também para pessoal de manutenção e supervisão. O aumento do vale-alimentação, que custava R$ 0,13 por quilômetro rodado, passar a custar R$ 0,19, com o aumento de R$ 120 para R$ 170 no benefício acertado com os funcionários da VCG após a greve. O abono salarial que será pago junto com o 13º dos funcionários não tem grande incidência na planilha, já que o custo por quilômetro rodado passa de R$ 0,231 para R$ 0,239. Por conta de tudo isso, o quilômetro rodado passa a custar à VCG de R$ 4,39 para R$ 4,79.
Porém, se forem reduzido os impostos federais PIS (Programas de Integração Social) e Cofins (Contribuição para Financiamento da Seguridade Social), além do Imposto Sobre Serviços (ISS), cobrado pelo Município, que a VCG teve isenção de 2% pela Prefeitura, a tarifa praticada deveria ser de R$ 2,53, após o cálculo com o Índice de Passageiros por Quilômetro (IPK).
Esses valores não consideram, ainda, a nova lei federal de desoneração da folha de pagamento de funcionários das empresas de transporte público, em que a empresa deixa de recolher 20% sobre os salários, em contrapartida recolhem 2% sobre o faturamento bruto, que da VCG chega a R$ 6,1 milhões. Ao mesmo tempo que passa a recolher cerca de R$ 122 mil a mais, a empresa economiza 20% na folha de pagamento, gasto que não é detalhado na planilha, porém projetado em cerca de R$ 3 milhões, incluindo 13º e férias que não são isentos. Com base nesses valores, levando em conta que a empresa tem 2,4 mil funcionários seria possível baixar, no mínimo, mais R$ 0,08 da tarifa, que resultaria em R$ 2,45.

Números
A assessoria da VCG diz que a planilha avaliada é de 2012, e que os cálculos feitos não estão de acordo com a atual realidade de custos da empresa. “A planilha de 2013 não está fechada, começará a ser finalizada na próxima semana, mas essa avaliação não leva em conta uma série de números e informações atuais”, destaca Cristiane Dresch. Segundo ela, todas as dúvidas da população podem ser esclarecidas através do Conselho Municipal de Transportes. “Fizemos todo empenho para negociar com o sindicato dos funcionários para que a tarifa, pelo menos, fosse mantida no mesmo patamar, mas ainda é prematuro falar em qualquer alteração no valor da tarifa sem ter a planilha de custos 2013 fechada”, enfatiza.
Boxe
Conselho avalia impactos hoje
Depois de vários acontecimentos, protestos, greve de motoristas e cobradores, o Conselho Municipal de Transportes (CMT) realiza, hoje, uma reunião com o objetivo de avaliar os impactos que as últimas mudanças incidem sobre a planilha de custos do transporte coletivo em Ponta Grossa. O encontro acontece a partir das 17 horas, no gabinete do secretário municipal de Planejamento, João Ney Marçal, às 17 horas. De acordo com o presidente do CMT, Carlos de Mário, não há uma avaliação matemática, mas a intenção é conferir os impactos na planilha e garantir que não ocorra aumento na tarifa. “Coma s isenções dos governos federal, estadual e municipal, a intenção é manter os preços inalterados”, confirma De Mário.
Segundo ele, se houver possibilidade de reduções, ainda, na tarifa, será aos usuários que pagam pela bilhetagem eletrônica. “Mas para quem paga em dinheiro não há como baixar a tarifa dos atuais R$ 2,60, porque a diferenciação é indispensável para a otimização do sistema, e se o preço pago em dinheiro for igual ao da bilhetagem eletrônica todo nosso esforço vai por água abaixo”, destaca”. Hoje, para quem paga em dinheiro a tarifa é de R$ 2,60, e para quem utiliza a bilhetagem eletrônica a passagem custa R$ 2,50. “Em Maringá, por exemplo, essa diferenciação chega a R$ 0,30. Queremos dinamizar o sistema e melhorar a segurança e para isso a bilhetagem é essencial”, contabiliza. Atualmente a bilhetagem eletrônica abrange 65% dos usuários, que são 100 mil por dia. “O ideal é que alcancemos 90% dos usuários com a bilhetagem”.

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