quinta-feira, 18 de julho de 2013

VOTO FACULTATIVO - PLANTAODACIDADE,COM.BR VEICULOU

Sandro Alex defende voto facultativo
Assessoria
O deputado federal Sandro Alex (PPS-PR) está encabeçando a defesa do fim do voto obrigatório em todas as eleições do país. O parlamentar faz parte do grupo de trabalho que trata da reforma política na Câmara e fez a proposta na primeira reunião do colegiado, realizada nesta quarta-feira (17). Os deputados Miro Teixeira (PDT-RJ) e Esperidião Amin (PP-SC), que também compõem a comissão, apoiaram a iniciativa.
“O que vimos nas ruas foi a população dizendo ‘nenhum deles (políticos) me representa’, e nós temos o dever de garantir que o voto é um direito do cidadão, que pode exercê-lo ou não”, declarou o parlamentar. Segundo ele, a maioria da população pede que o voto seja facultativo.
“Temos que começar a reforma política pelo lado de fora, ou seja, pelo que interessa à sociedade, pelos seus direitos que devem ser exercidos na plenitude, não pelo que interessa aos políticos. As democracias modernas fazem isso, e o Brasil tem que dar esse passo”, disse.
Sandro Alex argumenta que não cabe mais a justificativa de que o fim do voto secreto vai ser prejudicial ao país com o objetivo de evitar a mudança. “O exemplo está nas ruas, a população se manifestando mais, demonstrando que está politizada”.
Para o deputado do PPS paranaense, se o voto deixar de ser obrigatório até mesmo a compra de votos será mais difícil. “Hoje existe uma obrigação de a pessoa ir à urna, quando isso, na verdade, é um direito”.
Regras viciadasApesar da complexidade dos temas da reforma e da falta de consenso em torno deles, Sandro Alex acredita que desta vez as alterações deverão se tornar realidade porque há pressão das ruas por mudanças nas “regras viciadas da política”. Há muitos anos o Congresso tenta fazer a reforma, sem sucesso.
“Temos que fazer o debate, colocar em votação e pedir à sociedade que referende esse trabalho”, disse o deputado. Ele ressalvou que tem posições divergentes até mesmo do partido, como por exemplo o financiamento público de campanha. No entender de Sandro Alex, é preciso retirar dinheiro do processo eleitoral, e não colocar nela mais dinheiro do contribuinte. A proposta do deputado é que as doações de empresas sejam proibidas, ficando liberadas apenas colaborações de pessoas físicas até um limite determinado.
Sandro Alex defende que o grupo de trabalho da Câmara busque um entendimento em torno de propostas que diminuam a corrupção e o caixa dois nas campanhas, o fortalecimento da representação política nas regiões, nos municípios e nos estados – “e para isso nosso partido defende o voto distrital” –, o fim da reeleição com mandato de cinco anos, dentre outras propostas. Para o deputado, é necessário caminhar rumo ao que o constituinte de 1988 determinou. “Nossa Constituição seguia o caminho que hoje, percebe-se, é o mais correto”.
O deputado lembrou que o PPS defende a admissão de candidaturas avulsas e fim de coligações nas eleições proporcionais. Afirmou ainda que o portal da Câmara abrirá espaço para a participação popular nos debates. “Já pedi também ao líder do partido, Rubens Bueno, que providencie a disponibilização, no nosso portal (www.pps.org.br), de um link sobre reforma política para que o povo de todo o Brasil dê sua colaboração”.   

Nenhum comentário:

Postar um comentário