Publicado em: 21/03/2013 - 00:00 | Atualizado em: 20/03/2013 - 18:12
Patrícia Biazetto
Um coletor de lixo da Ponta Grossa Ambiental (PGA) – empresa responsável pela coleta na cidade – morreu atropelado pelo caminhão da empresa enquanto trabalhava, na última terça-feira, por volta das 21 horas. O acidente ocorreu na Rua Rui Barbosa, próximo ao Ginásio Borell Du Vernay, na região Central.
Conforme informações apuradas pelo DC, a vítima Eduardo Felipe dos Santos, 22 anos de idade, subiu na traseira do caminhão e tirou as luvas para beber água. Neste instante, o caminhão voltou a rua em marcha ré e o coletor acabou se desequilibrando no momento que tentava colocar as luvas, em função trepidação na rua. O colega que estava ao lado também teria se desequilibrado, mas se jogou para a lateral do caminhão. Já Santos caiu embaixo do rodado e morreu na hora.
Para retirar o corpo que estava embaixo do rodado foi necessária a utilização de um ‘macaco’ para erguer o caminhão. Fazia apenas quatro meses que a vítima trabalhava na PGA. A família foi avisada minutos após o acidente. O corpo foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML), mas foi liberado para a família somente por volta das 6 horas de ontem. O fato causou indignação na família de Santos. O irmão da vítima, José Alves dos Santos, diz que a família foi avisada que não tinha médico no IML naquele momento para fazer a necropsia e que a mesma estaria em Palmeira. “O corpo deu entrada no IML perto das 22 horas, mas só foi liberado por volta das 6h20 de hoje [ontem]. Foi um descaso num momento de dor”, desabafa. Além disso, ele diz que um funcionário fechou as portas do IML e a família teve que esperar do lado de fora. “Ficamos um tempo lá fora e fomos embora. Voltamos de novo por volta das 4 horas, mas somente perto das 6h20 é que recebemos o corpo do meu irmão”, lamenta.
Para Santos, o fato de a família ser humilde agravou a espera. “Sempre ouvíamos falar da demora em liberar corpo, mas também sabemos que as pessoas com uma situação financeira melhor não esperam tanto tempo”, critica. A vítima foi velada em casa, na Rua Lúcio Alves da Silva, em Olarias. Dezenas de colegas da empresa, amigos e familiares acompanharam o velório, entre elas a esposa da vítima e o filho de apenas um ano e meio de idade.
O corpo foi sepultado às 16h30 no cemitério Parque Campos Gerais, no bairro Jardim Carvalho. “Tivemos pouco tempo para nos despedirmos do meu irmão”, diz. Apesar da fatalidade, o irmão da vítima diz que a empresa ofereceu apoio financeiro e jurídico para a família. “Eles [PGA] nos deram todo o apoio até agora, mas queremos saber como aconteceu o acidente, já que os caminhões não podem andar na marcha ré”, diz.
APOIO
O diretor-presidente da PGA, Marcos Borsato, esteve ontem no velório de Eduardo Felipe dos Santos. Visivelmente emocionado, Borsato disse ao DC que esse foi o primeiro acidente com morte registrado pela empresa e que haverá uma investigação dos fatos. Reforçou que há um treinamento rigoroso na empresa no que se refere à segurança dos funcionários, mas que o mesmo será revisto e aprimorado. Questionado a respeito do fato de o caminhão estar trafegando na marcha ré, Borsato diz que não vai questionar o fato para não agravar ainda mais a situação.
IML alega déficit de pessoal
O diretor do Instituto Médico Legal (IML), em Ponta Grossa, Igor Azevedo Tostes, disse ontem ao DC que mensalmente o IML faz em torno de 60 necropsias e que há um déficit de pessoal para atender a demanda. Com relação à demora na liberação do corpo da vítima do atropelamento, o médico considera um tempo normal, já que há diversos procedimentos para a liberação do corpo, que envolve necropsia, documentação, entre outros. “Reconheço que temos uma limitação e trabalhamos com ela para tentar prestar melhor atendimento à população”, defendeu. Ele considerou desagradável o fato de a família ter que permanecer ao lado do fora do IML, mas alegou que não há efetivo suficiente para permanecer 24 horas na sede. Hoje, são apenas três médico trabalham no Plantão do necrotério do IML em Ponta Grossa, que atende 32 municípios.
Um coletor de lixo da Ponta Grossa Ambiental (PGA) – empresa responsável pela coleta na cidade – morreu atropelado pelo caminhão da empresa enquanto trabalhava, na última terça-feira, por volta das 21 horas. O acidente ocorreu na Rua Rui Barbosa, próximo ao Ginásio Borell Du Vernay, na região Central.
Conforme informações apuradas pelo DC, a vítima Eduardo Felipe dos Santos, 22 anos de idade, subiu na traseira do caminhão e tirou as luvas para beber água. Neste instante, o caminhão voltou a rua em marcha ré e o coletor acabou se desequilibrando no momento que tentava colocar as luvas, em função trepidação na rua. O colega que estava ao lado também teria se desequilibrado, mas se jogou para a lateral do caminhão. Já Santos caiu embaixo do rodado e morreu na hora.
Para retirar o corpo que estava embaixo do rodado foi necessária a utilização de um ‘macaco’ para erguer o caminhão. Fazia apenas quatro meses que a vítima trabalhava na PGA. A família foi avisada minutos após o acidente. O corpo foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML), mas foi liberado para a família somente por volta das 6 horas de ontem. O fato causou indignação na família de Santos. O irmão da vítima, José Alves dos Santos, diz que a família foi avisada que não tinha médico no IML naquele momento para fazer a necropsia e que a mesma estaria em Palmeira. “O corpo deu entrada no IML perto das 22 horas, mas só foi liberado por volta das 6h20 de hoje [ontem]. Foi um descaso num momento de dor”, desabafa. Além disso, ele diz que um funcionário fechou as portas do IML e a família teve que esperar do lado de fora. “Ficamos um tempo lá fora e fomos embora. Voltamos de novo por volta das 4 horas, mas somente perto das 6h20 é que recebemos o corpo do meu irmão”, lamenta.
Para Santos, o fato de a família ser humilde agravou a espera. “Sempre ouvíamos falar da demora em liberar corpo, mas também sabemos que as pessoas com uma situação financeira melhor não esperam tanto tempo”, critica. A vítima foi velada em casa, na Rua Lúcio Alves da Silva, em Olarias. Dezenas de colegas da empresa, amigos e familiares acompanharam o velório, entre elas a esposa da vítima e o filho de apenas um ano e meio de idade.
O corpo foi sepultado às 16h30 no cemitério Parque Campos Gerais, no bairro Jardim Carvalho. “Tivemos pouco tempo para nos despedirmos do meu irmão”, diz. Apesar da fatalidade, o irmão da vítima diz que a empresa ofereceu apoio financeiro e jurídico para a família. “Eles [PGA] nos deram todo o apoio até agora, mas queremos saber como aconteceu o acidente, já que os caminhões não podem andar na marcha ré”, diz.
APOIO
O diretor-presidente da PGA, Marcos Borsato, esteve ontem no velório de Eduardo Felipe dos Santos. Visivelmente emocionado, Borsato disse ao DC que esse foi o primeiro acidente com morte registrado pela empresa e que haverá uma investigação dos fatos. Reforçou que há um treinamento rigoroso na empresa no que se refere à segurança dos funcionários, mas que o mesmo será revisto e aprimorado. Questionado a respeito do fato de o caminhão estar trafegando na marcha ré, Borsato diz que não vai questionar o fato para não agravar ainda mais a situação.
IML alega déficit de pessoal
O diretor do Instituto Médico Legal (IML), em Ponta Grossa, Igor Azevedo Tostes, disse ontem ao DC que mensalmente o IML faz em torno de 60 necropsias e que há um déficit de pessoal para atender a demanda. Com relação à demora na liberação do corpo da vítima do atropelamento, o médico considera um tempo normal, já que há diversos procedimentos para a liberação do corpo, que envolve necropsia, documentação, entre outros. “Reconheço que temos uma limitação e trabalhamos com ela para tentar prestar melhor atendimento à população”, defendeu. Ele considerou desagradável o fato de a família ter que permanecer ao lado do fora do IML, mas alegou que não há efetivo suficiente para permanecer 24 horas na sede. Hoje, são apenas três médico trabalham no Plantão do necrotério do IML em Ponta Grossa, que atende 32 municípios.
Fábio Matavelli |
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Eduardo Felipe dos Santos, 22 anos, morreu na última terça-feira após cair embaixo do rodado do caminhão de lixo |
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