quarta-feira, 20 de março de 2013

MÉDICA DO HOSP. EVANGÉLICO E LIBERADA PELA JUSTIÇA - GAZETADOPOVO.COM.BR VEICULOU A MATÉRIA A SEGUIR POSTADA

Curitiba

Justiça aceita pedido da defesa e liberta médica Virgínia


A ex-diretora de UTI do Hospital Evangélico é acusada de envolvimento na morte de pacientes da unidade. Ela está detida no CT-I, em Curitiba

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20/03/2013 | 15:24 | Felippe Aníbal

A Justiça determinou, na tarde desta quarta-feira (20), que a médica Virgínia Helena Soares de Souza seja posta em liberdade. O pedido havia sido apresentado pela defesa ao longo da última semana. Presa desde o dia 19 de fevereiro, Virgínia é acusada de envolvimento em uma série de mortes de pacientes na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Evangélico de Curitiba.
O pedido da defesa de Virgínia foi atendido pelo juiz Daniel Surdi de Avelar, da 2ª Vara do Tribunal do Juri. Há um mês, no início das investigações, a médica foi detida temporariamente. Uma semana depois, no entanto, a Justiça havia convertido a prisão em preventiva.
Em nota encaminhada por sua assessoria de imprensa, o advogado Elias Mattar Assad, que defende a médica, disse que "não é a primeira vez que a ignorância aprisiona a ciência, nem será a última que a ciência libertará a ciência". O defensor acrescentou que, com a liberdade de Virgínia, vai "mobilizar meios científicos" para tomar medidas com vistas a trancar a ação penal.
Até as 15 horas, Virgínia ainda não havia sido posta em liberdade. Ela está detida no Centro de Triagem I, em Curitiba.
Mortes em UTI
Na última semana, a Justiça aceitou denúncia criminal oferecida pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR) contra oito profissionais de saúde que são ou foram ligados ao Evangélico. Eles são acusados – cada um, a seu tempo – de envolvimento em sete mortes ocorridas na UTI Geral do hospital, entre 2006 e janeiro deste ano.
Dos denunciados, a única que permanece presa é a médica Virgínia Helena Soares de Souza.
Segundo a denúncia do MP-PR, os profissionais da saúde abreviaram a vida dos pacientes com o objetivo de “girar a UTI”, ou seja, de abrir novas vagas no centro médico. Segundo o documento, os acusados agiariam como se tivessem o poder de decretar quais pacientes teriam o direito a permanecer vivos no centro médico.
Além de Virgínia, também foram denunciados por homicídio os médicos Maria Israela Cortez Boccato; Edison Anselmo da Silva Júnior; e Anderson de Freitas; e as enfermeiras Patrícia Cristina de Goveia Ribeiro e Lais da Rosa Groff.
Outras duas pessoas foram denunciadas pelo crime de formação de quadrilha - a fisioterapeuta Carmencita Emília Minozzo e o enfermeiro Claudinei Machado Nunes – mas elas não chegaram a ser presas.

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