LUÍS FERNANDO WILTEMBURG
ENVIADO ESPECIAL A FRANCA
ENVIADO ESPECIAL A FRANCA
Enquanto o frio persistir, o clero manterá suspenso o abraço da paz de Cristo, a oração do pai-nosso feita de mãos dadas e a entrega da hóstia na boca em algumas cidades como Aparecida, Taubaté e Franca. Em São Paulo, as medidas não foram adotadas pela igreja.
O Estado concentra 90% das mortes por H1N1 do país --55 dos 61 óbitos. O vírus é transmitido pela saliva e secreções e se propaga com mais facilidade no frio.
Edson Silva/Folhapress | ||
Fiéis rezam o pai-nosso sem dar as mãos na catedral de Nossa Senhora da Conceição, em Franca |
"O santuário é um pouco mais abafado e recebe gente do Brasil todo, inclusive de locais com ocorrência mais frequente de H1N1", disse o prefeito do santuário, João Batista de Viveiros.
A maior preocupação, porém, é a entrega da hóstia na boca. Evitar o contato da mão do padre com a saliva de várias pessoas é prioridade.
Apesar da aceitação das regras, Viveiros conta que já houve o caso de uma religiosa que expôs um vídeo na internet em protesto.
Edson Silva/Folhapress | ||
O monsenhor José Geraldo Segantin, pároco da Catedral de Franca, durante a comunhão sem que haja entrega da hóstia na boca |
Na diocese da cidade, o monsenhor Irineu Batista da Silva disse que agora o ofertório fica no altar. Os folhetos que auxiliam os fiéis a acompanhar as diversas missas do dia foram suspensos.
Em Franca, que confirmou o primeiro caso de H1N1 na última terça-feira, a mudança divide fiéis. Andréa Randi Nascimento concorda com as regras. "O que sinto pelo próximo é de coração e não precisa do gesto", afirmou.
A aposentada Maria Antonio Bahia, 67, discorda. "Quando se tem fé, nenhuma enfermidade te pega."
Nenhum comentário:
Postar um comentário