Milícia afirma que 137 reféns morreram durante atentado no Quênia
Do UOL, em São Paulo
Segundo os terroristas, o presidente queniano, Uhuru Kenyatta, e seu governo "devem ser considerados responsáveis pela perda das vidas de 137 reféns nas mãos dos mujahedines".
Ontem, Kennyata disse que 61 pessoas morreram em mãos dos terroristas, além de seis agentes de segurança e cinco milicianos. O total seria de 72 mortes.
Kennyata, porém, afirmou que esse número deve subir, já que "diversos corpos ainda estão dentro do centro comercial".
Entre os mortos estão cidadãos dos Estados Unidos, China, Holanda, Reino Unido e um sobrinho do presidente queniano.
Segundo os dados divulgados na segunda-feira pela Cruz Vermelha, também há cerca de 60 desaparecidos com os quais não foi possível o contato desde o início do atentado e ao menos 175 feridos.
Britânico preso
Um britânico está entre os detidos pelo ataque, anunciou o governo do Reino Unido.A porta-voz não informou se o detido é homem ou mulher. Fontes da diplomacia queniana afirmaram ontem que havia uma cidadã britânica entre os terroristas, dando a entender, sem citar o nome, que seria Samantha Lewthwaite, de 29 anos, conhecida como "a viúva branca". Ela é filha de um militar britânico e viúva de um dos autores dos atentados de Londres em 2005.
A Al-Shabab, entretanto, afirmou que nenhuma mulher de nacionalidade britânica participou do ataque ao shopping.
Assalto a shopping
Por volta das 12h (6h no horário de Brasília) de sábado (21) , um grupo de homens e mulheres armados invadiu o Westgate, shopping center frequentado por estrangeiros e quenianos de alto poder aquisitivo.O local estava cheio, e os terroristas atiraram granadas e dispararam rifles automáticos nas pessoas, poupando apenas os muçulmanos. Posteriormente, lideranças do Al-Shabab assumiram a autoria do ataque.
Desde sábado um número desconhecido de militantes mantinha "cerca de 30" reféns no local, segundo Kennyata. (Com agências internacionais)
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