sábado, 21 de setembro de 2013

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Compradores de Imóveis alegam ser vítimas de golpe

Edilene SantosFale com o repórter
Publicado em: 21/09/2013 - 00:00 | Atualizado em: 20/09/2013 - 20:38
Fábio Matavelli
Não bastasse não ter acesso à cópia do contrato, Patrick de Lara Correia percebeu que sua assinatura havia sido falsificada


Futuros moradores do Condomínio Duetto, na Vila Margarida, em Ponta Grossa, o casal de namorados Patrick de Lara Correia e Stefany Heimburg denunciam quase terem caído num golpe. Na semana passada, eles foram chamados para receber as chaves da casa, vendida ao casal pela Construtora Baú, mas foram surpreendidos com a exigência do pagamento de R$ 3 mil. Além disso, pessoas que se diziam representantes da construtora apresentaram um documento no qual estaria especificado o destino do valor solicitado, mas a assinatura constante não era de Patrick. Havia até erro de ortografia na assinatura: ao invés de Correia, estava escrito Corria.
Diante dessa situação, o casal procurou por um advogado, que constatou as supostas irregularidades. Leandro Ferreira do Amaral pretende entrar com duas ações na Justiça: uma na esfera criminal por falsificação de assinatura em documento público e outra na área cível, por danos morais.
Patrick, que trabalha como auxiliar administrativo, relatou que assinou o contrato de compra do imóvel junto à construtora em junho, mas que não ficou com nenhuma cópia do documento. Dias atrás, a Caixa Econômica Federal autorizou o financiamento e ele já pagou a primeira parcela, além do valor da entrada.
No dia em que ele foi buscar as chaves, o auxiliar administrativo solicitou cópia do contrato e fez vários questionamentos em relação à assinatura e à cobrança dos R$ 3 mil. “Os representantes da construtora não quiseram me entregar o documento e ainda me intimidaram, dizendo que se eu quisesse pagar o valor pedido iriam vender a casa para outra pessoa”, afirma. Patrick acabou indo embora sem as chaves e procurou, no mesmo dia, a delegacia para registrar boletim de ocorrência. Logo depois, segundo ele, recebeu um telefonema da Baú informando que ele poderia passar pegar as chaves em outra data e sem precisar pagar a quantia. “Voltei hoje [ontem] e ainda não me deram as chaves”, lamenta.
Na semana passada, Patrick encontrou-se com outros futuros moradores que também teriam passado pela mesma situação. O advogado acredita que algumas pessoas tenham até pagado o valor exigido. “Eles estão aplicando golpes nas pessoas, aproveitando-se da sede que elas têm de pegar as chaves. Só que esses golpistas estão enriquecendo de forma ilícita”, diz.
Patrick comprou o imóvel pelo programa Minha Casa, Minha Vida, no valor total de R$ 93,5 mil.
Outro lado
A reportagem do DC entrou em contato com a Baú Construtora, que tem sede em Curitiba. No entanto, a secretária informou que o diretor, Norberto Baú, não sabia de nenhuma denúncia e que, por isso, não iria se pronunciar.

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