Sexo casto, você já ouviu falar?
Por Carol Patrocínio | Preliminares – seg, 23 de jun de 2014 07:52 BRT
Ontem, o programa Fantástico exibiu uma matéria sobre centros de cura espiritual. Ao fim da reportagem, eles falaram muito rapidamente sobre o sexo casto, performado por pessoas da igreja gnóstica. O assunto deve ter deixado muita gente curiosa - assim como me deixou. Como assim sexo casto?
A ideia da religião é de que o sexo é de extrema importância à vida e à salvação do espírito. Mas ele também é uma energia que não deve ser desperdiçada. O resumo é que a sexualidade deve ser levada a sério e que os abusos, como inúmeros parceiros, masturbação, adultério, e as negações, como o celibato, são prejudiciais. Esses religiosos acreditam na Transmutação Sexual, que é a crença de que as energias sexuais devem ser acumuladas.Leia também:
Tenha orgasmos mais longos e intensos com o sexo tântrico
Qual a diferença entre orgasmo e ejaculação?
Por que ela não goza como nos filmes?
Chegar ao orgasmo ou ejacular não é permitido. Sim, você leu certo: você não pode gozar durante o sexo casto. Os casais devem ser heterossexuais (mais uma religião que dita orientação sexual, que surpresa!), nenhuma das partes pode estar com nenhum tipo de enfermidade (resfriado conta, viu!) e a mulher não pode estar grávida ou menstruada (como se isso fosse uma enfermidade).
Método Diana
Esse é o primeiro passo do sexo gnóstico. Há contato físico como carícias, beijos, toques e massagens, mas nada de penetração – o que é uma boa ideia até para quem não quer seguir o sexo casto, já que é bem interessante conhecer as outras sensações físicas que não o orgasmo pela penetração.
A ideia aí é acumular energia sexual e trabalhar virtudes como a paciência, descobrir o corpo do outro e a si mesmo. Para acompanhar e potencializar essas técnicas são utilizados mantras – alguns exemplos: -IAO (vocalização das letras juntas ou separadas a cada respiração), Yam Dram Hum (cada sílaba numa respiração e prolongando a letra M), Krim (prolongando as letras R e M) e ARIO (prolongando todas as letras), que dizem ser o mantra mais poderoso de todos.
Quando o casal estiver quase gozando, os toques devem parar. Então cada um deita de um lado e continuam os mantras até que sintam-se tranquilos e controlados.
Que mal tem?
O sexo casto, que é bastante parecido com o sexo tântrico, por si só e ignorando as questões de orientação sexual – já que elas não são escolhas, mas a natureza dos indivíduos – é extremamente interessante. O sexo não se resume a penetração e talvez praticar esse tipo de exercício sexual, que pode ser levado como um jogo de carícias e excitações, possa ajudar casais que perderam o interesse entre si.
Para a mulher, chegar ao orgasmo por meio das preliminares (que nada mais são do que carícias, beijos e toque nos lugares que a excitam) é muito mais fácil e eficiente do que por meio da penetração.
Para o homem, conhecer outras áreas erógenas do seu corpo é sempre libertador e abre o leque de maneiras de sentir prazer.
O órgão mais sexual do nosso corpo é a pele, com suas terminações nervosas, e ela cobre todo nosso corpo. Isso quer dizer que há muito a descobrir. Toda prática sexual consensual exercida entre dois adultos e que não agrida a integridade física ou moral de ninguém é interessante. Que tal testar?
Você tem alguma dúvida sobre sexo? Manda para mim no preliminarescomcarol@yahoo.com.br e siga-me no Twitter (@carolpatrocinio).
Nenhum comentário:
Postar um comentário