terça-feira, 16 de julho de 2013

O regimento da Assembleia diz que, caso nenhum candidato consiga obter metade dos votos mais um, é necessário haver segundo turno entre os dois candidatos mais votados - no caso, entre Miró e Camargo. - GAZETADOPOVO.COM.BR VEICULOU

Miró questiona eleição de Camargo como conselheiro do TC

Deputado derrotado na disputa vai enviar, ainda nesta terça-feira, um requerimento para que o setor jurídico da Alep se pronuncie sobre a legalidade do pleito. Entedimento é de que Camargo não obteve o número de votos necessários para se eleger

16/07/2013 | 15:19 | Amanda Audi atualizado em 16/07/2013 às 17:40

O deputado Plauto Miró (DEM) vai enviar ainda nesta terça-feira (16) um requerimento para que o setor jurídico da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) se pronuncie sobre a legalidade da eleição de Fábio Camargo (PTB) para o cargo de conselheiro do Tribunal de Contas do Paraná (TC-PR). A afirmação foi feita pelo deputado derrotado na disputa em pronunciamento na Alep no início da tarde.
Momentos após a eleição, nesta segunda-feira (15), ele e outros deputados questionaram se o número de votos obtidos por Camargo seriam o suficiente para que ele fosse eleito. O regimento da Casa diz que o escolhido para o cargo deve ter votos de metade dos presentes mais um. Durante a eleição 54 deputados registraram presença no painel eletrônico, o que implicaria em o eleito receber 28 votos. Camargo obteve 27 votos.
Fabio Camargo renuncia ao cargo de deputado
Fabio Camargo renunciou oficialmente ao cargo de deputado estadual nesta terça-feira (16). Ele apresentou um requerimento formal para a Assembleia Legislativa em que diz que deixa o posto para assumir o cargo de conselheiro do Tribunal de Contas do Paraná (TC-PR). O expediente foi lido pelo presidente da Casam Valdir Rossoni (PSDB) durante sessão plenária. Camargo foi procurado pela reportagem, mas não respondeu até as 18h30 desta terça-feira. No lugar de Camargo, que deve ser empossado no TC em até 30 dias, deve assumir Antonio Salles Belinati (PP), atual diretor comercial da Sanepar e filho do ex-prefeito de Londrina Antonio Belinati. Ele é o segundo suplente da chapa pela qual Camargo se elegeu deputado. O primeiro suplente é Bernardo Ribas Carli (PSDB), que já exerce mandato na Assembleia.
Os dois deputados que concorriam à eleição se abstiveram de votar, o que equivaleria ao voto em branco. “Eu me abstive do voto mas estava presente, e o Camargo também. Minha preocupação é que o entedimento é de que teria segundo turno e não teve”, disse Miró.
O deputado Fabio Camargo está sendo procurado desde o meio da tarde desta terça-feira para comentar o caso, mas até as 17h40 não foi localizado pela reportagem.
Regra
O regimento da Assembleia diz que, caso nenhum candidato consiga obter metade dos votos mais um, é necessário haver segundo turno entre os dois candidatos mais votados - no caso, entre Miró e Camargo.
Ca­­­margo teve 27 votos, Miró recebeu 22. O advogado Tarso Cabral Violin recebeu dois votos e o contador Paulo Drabik, um – além das duas abstenções. Logo após a contagem dos votos, o presidente da Assembleia, Valdir Rossoni (PSDB), anunciou que o petebista havia vencido o pleito e era o escolhido para a vaga de conselheiro. “A minha preocupação é que venha a ser questionada a eleição e possa virar uma grande discussão em tribunais, como foi na eleição de Maurício Requião. É um jeito que buscamos para que a eleição esteja protegida.
Miró afirmou que a resposta do setor Jurídico será lida em sessão na Assembleia.

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