O número de desempregados na Espanha aumentou em 365.900 pessoas no primeiro trimestre deste ano, chegando a 5.639.500, o que representa um índice médio de 24,44% da população ativa e um novo recorde.
Segundo a Enquete de População Ativa (EPA) publicada nesta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), no primeiro trimestre do ano a ocupação diminuiu em 374.300 pessoas, a 17.433.200 trabalhadores, com uma taxa de atividade de 59,94%.
O número de famílias espanholas com todos seus membros desempregados foi de 1.728.400, 153.400 mais que no trimestre anterior. Segundo estes dados, já nos três primeiros meses do ano foi superado o índice de desemprego previsto pelo governo em seu quadro macroeconômico para 2012, situado em 24,3%.
A situação também piorou entre os estrangeiros, com 67.400 novas pessoas sem trabalho na comparação com o trimestre anterior, até somar 1.293.100, elevando o índice de desemprego neste coletivo a 36,95%.
Entre os dados divulgados na EPA, destaque ainda para o descenso nos trabalhadores entre 25 e 29 anos de idade, tanto homens como mulheres. Na Espanha, o índice de desemprego entre os mais jovens é o dobro do nível médio. Por setores, a situação está pior sobretudo em serviços, agricultura, indústria e construção.
A Espanha supera em muitos pontos a média de desemprego da União Europeia, que é de 10,2% - 10,8% nos países da zona do euro -, segundo os últimos dados do escritório de estatística europeu, a Eurostat, divulgados em 2 de abril. Na Europa, o país é seguido pela Grécia, onde o desemprego é de 21%, e Portugal, que tem índice de 15%.
O Banco da Espanha confirmou em 23 de abril que a economia do país está novamente em recessão, com uma queda de 0,4% no primeiro trimestre do ano e uma previsão de contração de 1,7% ao longo do ano.
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