terça-feira, 21 de maio de 2013

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Secretário de Saúde bate-boca com Júlio Küller

Em uma clara manobra da base de situação para ‘fritar’ o secretário municipal de Saúde, Erildo Müller, durante a sessão de ontem da Câmara Municipal, os vereadores governistas realizaram uma série de críticas à área. Após a manifestação dos vereadores, Müller foi convocado à Câmara pelo líder do governo, vereador George Luiz de Oliveira (MD), para prestar esclarecimentos e devolveu as críticas recebidas por parte dos vereadores. O momento mais tenso da discussão foi quando o vereador Júlio Küller (PSD) passou a questionar Müller, fazendo duras críticas à sua atuação no comando da pasta.
Küller rebateu Müller que havia dito logo no início da sua explanação que desde o início do atual governo as entidades ligadas à área da saúde precisam apresentar um plano de aplicação para receber recursos porque “ninguém sabia o que era feito com o dinheiro”. Segundo o vereador, o secretário estaria “completamente desinformado”. “O Tribunal de Contas proíbe qualquer repasse de dinheiro sem que haja um plano de aplicação. Isso não é novo e é mais uma desculpa no atraso dos repasses”, criticou Küller. Müller afirmou que os recursos para as entidades aguardam liberação da Secretaria Municipal de Gestão Financeira e Assuntos Jurídicos para pagamento.
O vereador lembrou que o convênio do Município com o Consórcio Intermunicipal de Saúde já vem de gestões anteriores. “O Consórcio é aquilo que existia no passado, é velho. Pergunto para Vossa Senhoria o que foi feito na gestão nestes cinco meses de governo?”, questionou Küller.
Müller rebateu Küller, alegando que o Consórcio “não funcionava no passado e continua capenga no presente”. “Temos feito esforços para que o Consórcio não seja só um contratante de serviços, mas que possa realizar os atendimentos em uma sede própria para receber mais recursos”, disse o secretário. “Na atenção básica, foi aprovado pela Câmara a construção de cinco novas Unidades Básicas de Saúde, doze reformas e está na Secretaria Municipal de Administração o processo de contratação de médicos, profissionais para a implantação de dez novas equipes do Programa Saúde da Família, quatro equipes do Núcleo de Apoio a Saúde da Família (NASF) e quatro academias da saúde. Estamos com equipes em cada Unidade de Saúde para acompanhar o processo de trabalho, porque hoje a média é de nove consultas por dia em cada unidade, quando um profissional de oito horas deveria produzir de 32 a 40 consultas por dia. Ficou mais fácil nestes últimos anos mandar para os Centros de Atenção à Saúde (CAS) do que atender nas unidades. No ano passado, todas as unidades de saúde atenderam 46 mil consultas, enquanto os CAS atenderam 190 mil. Temos cinco mil consultas por mês no Hospital Municipal e 100 crianças por noite no Hospital da Criança porque a opção do governo anterior foi hospitalar, que é equivocada”, relatou e comparou o secretário as ações.
BATE-BOCA – “O que o senhor traz não é novidade pra ninguém. Nós sabemos onde está o problema da saúde. O projeto de construção e reformas das Unidades de Saúde é do governo anterior e este governo vai colocar em prática. Vamos construir mais cinco postos de saúde e não temos médicos e enfermeiros. Mais uma vez o senhor prima pela construção e obras. Não tem novidade secretário. Não tem investimento. Com cinco meses chega de dizer que o problema vem do governo passado. Entristece-me muito porque sou um dos que mais defendo o governo. Porém, tem coisas que são indefensáveis e não tem mais o que fazer. O que os vereadores querem é agilidade, menos conversa e mais trabalho”, criticou Küller.
Müller rebateu dando a entender que as críticas de Küller tinham outro propósito, promovendo um bate-boca com o vereador. “Está havendo, de propósito, algumas colocações vereador, eu sei o porquê, só que não vou falar em público porque dá retaliação. Eu acho que não faço barganhas com situações que não são de…”, acusou o secretário, sendo interrompido por Küller. “Eu exijo mais respeito de Vossa Senhoria. Não venha aqui desrespeitar o vereador. Eu lhe fiz uma pergunta e se o senhor não quer responder, fique calado”, disse o vereador. “Não estou lhe desrespeitando. Exijo respeito também”, retrucou o secretário.
CONSÓRCIO DE SAÚDE – No início da fala do secretário, o líder do governo, vereador George de Oliveira, fez questionamentos sobre o projeto que promove alteração na lei que autoriza o Município integrar o Consórcio Intermunicipal de Saúde, enviado pelo Executivo à Câmara Municipal, onde o anexo do contrato de rateio não está preenchido, faltando dados e informações como, por exemplo, os valores, a forma do repasse e a dotação orçamentária das despesas. “Quero lembrar o secretário municipal de Saúde que existe um vereador chamado George Luiz de Oliveira, que é o líder do governo e está aqui como seu aliado para defender o governo municipal, mas esta minuta desafia a inteligência de qualquer vereador e qualquer pessoa. Uma coisa que é para ajudar a minimizar os problemas de saúde do Município sem nenhum esclarecimento”, criticou o líder do governo.
Müller disse que trabalha pautado na transparência. “Não temos nada a esconder na Secretaria de Saúde. Conheço cada um dos vereadores. Todos somos autoridades constituídas – por voto ou cargo de confiança – e temos que nos respeitar mutuamente”, cobrou o secretário.
Sobre a proposta, Müller relatou que o Consórcio tem uma contribuição per capita de R$ 0,35 por habitante/mês. “Ponta Grossa possui 314 mil habitantes. A contribuição mensal para o Consórcio é de R$ 109,9 mil. De acordo com este repasse, existe uma tabela de procedimentos que o Consórcio faz a contratação de prestadores na área privada, que ofertam consultas e exames especializados disponibilizados com uma cota para as Prefeituras”, explicou.
Müller também criticou a mudança feita na atual gestão da responsabilidade dos pagamentos da Secretaria Municipal de Saúde para a Secretaria Municipal de Gestão Financeira e Assuntos Jurídicos, o que torna os processos mais demorados e resultam em um acúmulo.

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