Assessoria
A coluna de fatos históricos ‘Aconteceu!’, alimentada semanalmente pelo Museu Histórico Desembargador Edmundo Mercer Junior em parceria com a Assessoria de Comunicação da Prefeitura, preparou para esta semana mais uma relíquia da história de Tibagi: a chegada do primeiro carro. Tal acontecimento comemora em 2013 seus 95 anos de história.
Em 12 de janeiro de 1918, quando as ruas eram trafegadas apenas por carroças e carroções, chegou o primeiro carro de molas de tração animal, o phaeton, de propriedade de Padre Ferrúcio. “Uma novidade na época, pois todos queriam dar uma volta pelo centro da cidade”, conta o pesquisador e diretor do Museu, Nery Aparecido de Assunção.
O novo veículo da cidade tinha também de se adaptar ao código de postura do município, vigente na época, que determinava: “ninguém pode possuir carro, carroça, carrinho, automóvel ou outro qualquer veículo para passageiros ou cargas sem obter e atualizar anualmente, nos meses de novembro e dezembro, licença da Prefeitura. Os veículos deveriam possuir placa, sob pena de 20$000 a 60$000 de multa”, informava o código.
A legislação regia que o condutor do veículo automóvel passasse por exame perante aos dois peritos nomeados pelo prefeito, mostrando-se habilitado a exercer a função de ‘chofer’ sem perigo para segurança pública.
A carteira de habilitação expedida pela prefeitura deixava claro que “nenhum carro, carroça, carrinho ou outro veículo, poderá transitar no quadro urbano da cidade sem antes verificar o perfeito funcionamento dos breques ou freios. Não disparar, podendo seguir a trote dos animais apenas nas ruas desimpedidas. Não estalar chicote, nas vias públicas, evitando causar incômodo, não atravessar na via pública, quando tiver que fazer carga e descarga”, apontava o documento. “Trazer à noite duas lanternas acesas colocando-as na parte da frente”, advertia.
Ainda trazia outras orientações aos condutores. “Dos veículos: não correr com velocidade superior a 15 quilômetros por hora nas ruas e outras vias públicas centrais e a 20 quilômetros em todas as outras. Conservar a noite, acesos os dois faróis grandes na frente e os pequenos atrás. Reduzir a velocidade ao mínimo possível sempre que se aproximar de esquinas ou de outros veículos, bem como qualquer transeunte, dando sinais apropriados e tomando as providências necessárias para uma parada imediata”, apontava a ‘carta’.
Pé de bodePor volta de 1924, Ernesto Kugler Sobrinho surge com um Ford, o famoso ‘pé de bode’ onde mais uma vez se tornou atração na cidade. “Os tibagianos faziam de tudo para tirar uma foto com o veículo e até dar uma voltinha”, descreve Assunção.
Nery relata também que quando o veículo chegou perto da balsa, foi momento de espanto para as pessoas que estavam próximas. “Contam os antigos que um senhor exclamava: ‘é coisa de outro mundo onde já se viu um carro não ter cavalo’”, recorda.
Alta velocidadeNa história automobilística de Tibagi, o registro do dia em que o carro atingiu a marca ‘impressionante’ de 60 km/h. A comitiva era do senador Afonso Camargo, na visita que fez à Tibagi em 1929 com o mais famoso chofer de praça, o senhor Joanino Gobbo, da cidade de Ponta Grossa. Era o motorista preferido de Edmundo Mercer, Toca Mercer, que chegou em Tibagi todo entusiasmado. “Ele contava que Joanino pegou 60 km na chapada da Bocaina. Essa velocidade para a época era extraordinária”, assinala o pesquisador. A comitiva estacionou seus veículos em frente ao Grande Hotel, onde foi atração para os tibagianos que queriam tirar fotos com as crianças e familiares junto aos automóveis.
PioneirosO primeiro carro Ford, conhecido como Ford de Bigode, teve Pedro Pitela como o primeiro proprietário em Tibagi. Já o primeiro táxi foi de Francisco Alves dos Santos ‘Quiquito’, que com 26 anos iniciou a carreira de taxista tendo carteira de habilitação para dirigir automóvel e transporte de carga.
Na década de 50 a frota de veículos e caminhões aumentou e a Prefeitura de Tibagi adquiriu o primeiro caminhão que teve como motorista João Taques Martins, mais conhecido como ‘João Bigode’.
Os padres Redentoristas utilizavam um veículo ‘Rural’ para fazer trabalhos nas capelas do interior.
FrotaDe acordo com informações do Departamento de Trânsito (Detran) do Paraná, em 2012, Tibagi registrava 5.589 veículos emplacados no município. A maior parte em automóveis com 3.207, outros 891 motocicletas, 578 caminhonetes, 303 caminhões, entre outros tipos.
Aconteceu!Para valorizar o acervo do Museu e divulgar os acontecimentos que fizeram história em Tibagi, toda semana o diretor Nery Assunção, em parceria com a Assessoria de Comunicação da Prefeitura, desenvolve textos que relatam fatos marcantes na coluna Aconteceu!, no site (www.tibagi.pr.gov.br).
O Museu Histórico oferece trabalhos desenvolvidos em pesquisas e exposições temporárias. Permanece aberto de terça à sexta-feira das 8 horas às 11h30 e das 13 horas às 17h30. Sábados e domingos, a visitação pode ser feita das 9 horas às 11h30 e das 13h30 às 17 horas. Para agendamento, o telefone é (42) 3916-2189. A entrada é franca.
Texto: Assessoria de ComunicaçãoPesquisa: Nery Aparecido AssunçãoFonte: Acervo Museu Histórico / Livro: Teu Nome é Historia, Nylzamira Cunha Bejes
Em 12 de janeiro de 1918, quando as ruas eram trafegadas apenas por carroças e carroções, chegou o primeiro carro de molas de tração animal, o phaeton, de propriedade de Padre Ferrúcio. “Uma novidade na época, pois todos queriam dar uma volta pelo centro da cidade”, conta o pesquisador e diretor do Museu, Nery Aparecido de Assunção.
A legislação regia que o condutor do veículo automóvel passasse por exame perante aos dois peritos nomeados pelo prefeito, mostrando-se habilitado a exercer a função de ‘chofer’ sem perigo para segurança pública.
A carteira de habilitação expedida pela prefeitura deixava claro que “nenhum carro, carroça, carrinho ou outro veículo, poderá transitar no quadro urbano da cidade sem antes verificar o perfeito funcionamento dos breques ou freios. Não disparar, podendo seguir a trote dos animais apenas nas ruas desimpedidas. Não estalar chicote, nas vias públicas, evitando causar incômodo, não atravessar na via pública, quando tiver que fazer carga e descarga”, apontava o documento. “Trazer à noite duas lanternas acesas colocando-as na parte da frente”, advertia.
Ainda trazia outras orientações aos condutores. “Dos veículos: não correr com velocidade superior a 15 quilômetros por hora nas ruas e outras vias públicas centrais e a 20 quilômetros em todas as outras. Conservar a noite, acesos os dois faróis grandes na frente e os pequenos atrás. Reduzir a velocidade ao mínimo possível sempre que se aproximar de esquinas ou de outros veículos, bem como qualquer transeunte, dando sinais apropriados e tomando as providências necessárias para uma parada imediata”, apontava a ‘carta’.
Pé de bodePor volta de 1924, Ernesto Kugler Sobrinho surge com um Ford, o famoso ‘pé de bode’ onde mais uma vez se tornou atração na cidade. “Os tibagianos faziam de tudo para tirar uma foto com o veículo e até dar uma voltinha”, descreve Assunção.
Nery relata também que quando o veículo chegou perto da balsa, foi momento de espanto para as pessoas que estavam próximas. “Contam os antigos que um senhor exclamava: ‘é coisa de outro mundo onde já se viu um carro não ter cavalo’”, recorda.
PioneirosO primeiro carro Ford, conhecido como Ford de Bigode, teve Pedro Pitela como o primeiro proprietário em Tibagi. Já o primeiro táxi foi de Francisco Alves dos Santos ‘Quiquito’, que com 26 anos iniciou a carreira de taxista tendo carteira de habilitação para dirigir automóvel e transporte de carga.
Na década de 50 a frota de veículos e caminhões aumentou e a Prefeitura de Tibagi adquiriu o primeiro caminhão que teve como motorista João Taques Martins, mais conhecido como ‘João Bigode’.
Os padres Redentoristas utilizavam um veículo ‘Rural’ para fazer trabalhos nas capelas do interior.
FrotaDe acordo com informações do Departamento de Trânsito (Detran) do Paraná, em 2012, Tibagi registrava 5.589 veículos emplacados no município. A maior parte em automóveis com 3.207, outros 891 motocicletas, 578 caminhonetes, 303 caminhões, entre outros tipos.
Aconteceu!Para valorizar o acervo do Museu e divulgar os acontecimentos que fizeram história em Tibagi, toda semana o diretor Nery Assunção, em parceria com a Assessoria de Comunicação da Prefeitura, desenvolve textos que relatam fatos marcantes na coluna Aconteceu!, no site (www.tibagi.pr.gov.br).
O Museu Histórico oferece trabalhos desenvolvidos em pesquisas e exposições temporárias. Permanece aberto de terça à sexta-feira das 8 horas às 11h30 e das 13 horas às 17h30. Sábados e domingos, a visitação pode ser feita das 9 horas às 11h30 e das 13h30 às 17 horas. Para agendamento, o telefone é (42) 3916-2189. A entrada é franca.
Texto: Assessoria de ComunicaçãoPesquisa: Nery Aparecido AssunçãoFonte: Acervo Museu Histórico / Livro: Teu Nome é Historia, Nylzamira Cunha Bejes
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