Nascido em Ponta Grossa, Douglas busca taça para conterrâneos
- Eduardo Luiz Klisiewicz
Texto publicado na edição impressa de 02 de maio de 2015
Ausente na primeira partida da final do Paranaense por suspensão, o atacante Douglas será a grande novidade do Operário para o jogo decisivo com o Coritiba neste domingo (3), às 16 horas, no estádio Couto Pereira. Nascido em Ponta Grossa e xodó da torcida, o piá criado nos campinhos de terra do bairro Santa Maria tem a chance de se consagrar, aos 29 anos, como artilheiro do time que levou o Fantasma ao seu primeiro título estadual.
Para isso, Douglas nem precisa jogar bem. A vantagem obtida pelo Operário no primeiro jogo (2 a 0) dá à sua equipe o direito de levantar o caneco mesmo com empate ou qualquer derrota por um gol de diferença.
Com oito gols no Paranaense, Douglas já é vice-artilheiro do Estadual. Depois de superar a desconfiança do torcedor, hoje é um dos maiores ídolos da turma operariana. “Quando ele chegou não conhecia ele direito. Lembrava que tinha jogado no Grêmio. Mas chegou, fez os gols e joga honrando muito a camisa, pois é da cidade. Isso faz toda diferença”, afirma Lucas dos Santos, 23 anos, integrante da Torcida Trem Fantasma.
O assédio até assusta. “Vivemos um momento surreal”, garante a esposa de Douglas, Denise de Oliveira, sobre o carinho da torcida. No primeiro jogo da final, a ideia era assistir das arquibancadas, mas não teve jeito tamanha a procura por atenção, fotos e até autógrafos. Até a avó precisa “fugir” de alguns torcedores. “Me param na rua perguntando se eu sou a avó do jogador famoso. Pedem até camisa”, diverte-se dona Rosa Oliveira.
Depois de iniciar no futsal do Clube Verde de Ponta Grossa e passar pelo Paraná, foi no América-MG que Douglas se profissionalizou. Lá, ainda com 18 anos, chegou a deixar uma das estrelas da seleção brasileira no banco de reservas. “Ele o admira muito e o tem como referência na carreira, mas o Fred já foi banco do Douglas”, diz a orgulhosa esposa.
Depois passou pelo Grêmio, três clubes de Portugal (destaque para o Vitória de Guimarães), até retornar ao Brasil. No Criciúma sofreu com lesões, jogou no Novo Hamburgo (onde conheceu o atual técnico do Operário, Itamar Schulle) e foi ao Tupi. Jogar no Operário, contudo, é a realização de um sonho de criança e do seu João “Bolinha”, pai do jogador, falecido há 17 anos. “Parece que foi coisa do pai dele, que falou com Deus e pediu para ele se reencontrar para o futebol aqui em Ponta Grossa”, diz a esposa, casada com ele há sete anos e mãe de Davi, de três, o primeiro filho do casal.
Essa realização citada por Denise fortaleceu as raízes do jogador na cidade. Propostas de outros times, inclusive aquelas que em outros tempos balançariam qualquer jogador, já foram recusadas em prol do Operário e da grande final. “Ele só vai ouvir qualquer coisa depois da final. Ele está muito focado em conquistar o título”, garante.
Mesmo não sendo mais um menino, nessa hora nem um salário melhor seduziu o jogador. “Aqui somos muito bem tratados. O clube paga direitinho, tudo em dia, e já disse que quer ficar com ele para a Série D. Se for para ficar aqui, ótimo”, completa.
Para isso, Douglas nem precisa jogar bem. A vantagem obtida pelo Operário no primeiro jogo (2 a 0) dá à sua equipe o direito de levantar o caneco mesmo com empate ou qualquer derrota por um gol de diferença.
Com oito gols no Paranaense, Douglas já é vice-artilheiro do Estadual. Depois de superar a desconfiança do torcedor, hoje é um dos maiores ídolos da turma operariana. “Quando ele chegou não conhecia ele direito. Lembrava que tinha jogado no Grêmio. Mas chegou, fez os gols e joga honrando muito a camisa, pois é da cidade. Isso faz toda diferença”, afirma Lucas dos Santos, 23 anos, integrante da Torcida Trem Fantasma.
Depois de iniciar no futsal do Clube Verde de Ponta Grossa e passar pelo Paraná, foi no América-MG que Douglas se profissionalizou. Lá, ainda com 18 anos, chegou a deixar uma das estrelas da seleção brasileira no banco de reservas. “Ele o admira muito e o tem como referência na carreira, mas o Fred já foi banco do Douglas”, diz a orgulhosa esposa.
Depois passou pelo Grêmio, três clubes de Portugal (destaque para o Vitória de Guimarães), até retornar ao Brasil. No Criciúma sofreu com lesões, jogou no Novo Hamburgo (onde conheceu o atual técnico do Operário, Itamar Schulle) e foi ao Tupi. Jogar no Operário, contudo, é a realização de um sonho de criança e do seu João “Bolinha”, pai do jogador, falecido há 17 anos. “Parece que foi coisa do pai dele, que falou com Deus e pediu para ele se reencontrar para o futebol aqui em Ponta Grossa”, diz a esposa, casada com ele há sete anos e mãe de Davi, de três, o primeiro filho do casal.
Essa realização citada por Denise fortaleceu as raízes do jogador na cidade. Propostas de outros times, inclusive aquelas que em outros tempos balançariam qualquer jogador, já foram recusadas em prol do Operário e da grande final. “Ele só vai ouvir qualquer coisa depois da final. Ele está muito focado em conquistar o título”, garante.
Ponta Grossa respira o Fantasma
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| Jonathan Campos/Gazeta do Povo
Jonathan Campos/Gazeta do Povo
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