Fique de olho nas leis do ABS e do Airbag
Saiba o que irá mudar no seu carro e como usar corretamente os sistemas
Airbags serão obrigatórios em todos os carros novos produzidos a partir de 2014
Mas o pessoal do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) não está de braços cruzados e implementou duas resoluções que ajudarão diminuir significantemente esses números.
A 312/2009 estabelece a obrigatoriedade do uso do sistema antitravamento das rodas (ABS). E a 311/2009 diz que o airbag frontal (equipamento suplementar de retenção e complementar ao cinto de segurança) deve ser obrigatório para o condutor e para o passageiro dianteiro. Autoesporte conferiu com especialistas quando essas normas entrarão em vigor e mostra a importância delas. Veja:
ABS
Segundo André Horta, analista de Segurança Viária do Centro de Experimentação e Segurança Viária (Cesvi Brasil), o ABS é usado para impedir o travamento das rodas em caso de uma frenagem de pânico. “Com o sistema, o veículo mantém a dirigibilidade e o motorista consegue desviar do obstáculo. Sem ele, o carro não obedece aos comandos e pode bater”.
É por essa importância que o Contran exigiu o seu uso nos veículos novos com até oito assentos, e nos de carga de até 3,5 toneladas. A regra vale tanto para os nacionais quanto para os importados.
“As montadoras estão cumprindo um cronograma para a instalação do sistema. A partir de 1° de janeiro de 2010, 8% da produção de cada automóvel ganhou ABS. Esse percentual subiu para 15% em janeiro de 2011 e passará para 30% no início de 2012 e 60% no ano seguinte até a totalidade da frota em 2014. Quanto aos veículos maiores [algumas picapes médias e caminhões leves], todos devem estar equipados a partir de janeiro de 2013. Em 2014, os automóveis e comerciais leves que não tiverem o ABS instalado não poderão ser licenciados”, conta Horta.
O analista ressalta que não basta ter o sistema no veículo. É preciso orientar as pessoas de como usá-lo corretamente. “Em frenagens de emergência, o motorista deve pressionar o pedal e manter a pressão sobre ele com a máxima força. Ele sentirá um tremor que é característico do ABS, pois a ação do sistema provoca uma rápida variação da pressão nos freios para que as rodas não travem. Muitos condutores aliviam a pressão no pedal, mas estão errados. O correto é mantê-la até que se atinja a velocidade adequada para o desvio do obstáculo com segurança ou a parada total do carro”, explica.
Airbag
“Para facilitar a adequação das montadoras, o cronograma de implementação do airbag é igual ao do ABS. Ele também é obrigatório nos veículos novos de passageiros com até oito assentos e nos de carga de até 3,5 toneladas, nacionais e importados”, afirma Harley Bueno, diretor de Segurança Veicular da AEA (Associação Brasileira de Engenharia Automotiva).
Ele explica que o equipamento se enquadra nos sistemas de segurança passiva, ou seja, nos que oferecem proteção ao ocupante do carro depois da ocorrência da colisão. “A resolução do Contran exige o uso apenas do airbag frontal que evita ou minimiza lesões na cabeça e tórax, mas há também os laterais, instalados nos bancos ou nas portas e que são projetados para proteger o tórax e o quadril, e os de cabeça”.
Com o uso do airbag, chance de sobrevivência de passageiro em acidentes graves sobe de 45% para 51%
Mas o efeito do airbag pode ser prejudicial caso não seja utilizado com o cinto de segurança. Bueno explica que o ocupante pode morrer por causa do forte impacto da bolsa. Ele adianta: “A AEA tem determinado instruções para o uso correto do Airbag e do ABS. Elas estarão no manual de proprietário dos modelos até 2014”.
Diesel E não é só para evitar acidentes que novas normas estão passando a valer. A deterioração da qualidade do ar nos centros urbanos levou o Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) a criar, em 1986, o Programa de Controle da Poluição do Ar por veículos Automotores (Proncove). Desde então, a implantação gradativa de fases do programa tem obrigado a indústria automobilística a lançar mão de tecnologias que diminuam as emissões dos modelos colocados no mercado. No caso dos veículos pesados, movidos a Diesel, o programa entrará em uma nova fase em janeiro. A partir dela, as emissões dos modelos brasileiros serão iguais aos dos europeus. De acordo com Confederação Nacional do Transporte (CNT), para atender os padrões dessa etapa, os fabricantes deverão acrescentar sistemas que tratem os gases antes de serem lançados na atmosfera. |
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