Hugo Harada / Gazeta do Povo
Banda Gentileza é uma das atrações da Virada deste ano
Caldeirão maior, mistura mais rala
Corrente Cultural “engorda” na quantidade de atrações e espaços
e ganha tentáculos no interior do estado, mas oferece programação de menor apelo
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Publicado em 31/10/2012 | Luigi Poniwass
Além disso, a Virada Cultural, maratona que encerra a programação nos dias 10 e 11 de novembro, ganhou um novo palco – instalado na Boca Maldita – e se expandiu neste ano para quatro cidades do interior do estado: Cianorte, Maringá, Campo Mourão e Foz do Iguaçu.
Descentralização
Interior recebe artistas que não passam por CuritibaOs braços da Corrente Cultural no interior – que começam este ano por Cianorte, Maringá, Campo Mourão e Foz do Iguaçu – vão promover artistas locais e o intercâmbio entre talentos regionais, mas as praças ainda vão receber atrações nacionais que não vão passar pela capital. Cianorte e Campo Mourão, por exemplo, terão shows de Renato Teixeira (a primeira no dia 10, às 21h30, e a segunda no dia 11, às 15 horas), enquanto Maringá poderá ver Sandra de Sá no dia 11, às 15 horas.
“Essa questão da programação sempre vai ser um olhar particularizado”, argumentou Beto Lanza, superintendente da Fundação Cultural de Curitiba, na entrevista coletiva de lançamento do evento ontem. “A ideia é oferecer tantas possibilidades que cada indivíduo monte a sua própria curadoria das atrações. Cada um faz o seu recorte da programação, e eu posso dizer o meu: Cauby Peixoto e Ângela Maria, que para mim é imperdível.”
De fato, será um privilégio ver dois ícones da era de ouro do rádio cantando juntos e de graça na Boca Maldita, mas eles dificilmente vão atrair tanta gente quanto Paulinho da Viola, Pato Fu, Ultraje a Rigor ou Jair Rodrigues.
Não que as atrações desta edição sejam desprezíveis – muito pelo contrário. Mas elas vão requerer um certo garimpo entre as centenas de opções: a abertura oficial da Virada, por exemplo, será a estreia da exposição Degas – Coleção Masp, às 11 horas do dia 10, no Museu Oscar Niemeyer; no cinema, merecem atenção as mostras de terror Cine Terror Pop: Terror Espanhol dos Anos 70, no Instituto Cervantes, Madrugada Sangrenta, na Cinemateca, e Midnight Movies, no Auditório Brasílio Itiberê. E assim por diante.
O jeito é vasculhar a programação no site, ou pegar o mapinha e a edição especial do guia Curitiba Apresenta em 150 locais espalhados pela cidade, como bares, hotéis, Ruas da Cidadania e pontos turísticos como o Mercado Municipal e o Passeio Público, e traçar o seu roteiro.
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