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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
Atualizado às 14h01.
A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, disse nesta quarta-feira que é responsável pelos fatores que levaram à morte do embaixador dos Estados Unidos na Líbia, Christopher Stevens, em 11 de setembro.O diplomata e outros três membros do corpo diplomático foram mortos em uma emboscada de extremistas no consulado americano em Benghazi, no leste líbio. O ataque aconteceu no primeiro dia de protestos violentos de islâmicos contra os Estados Unidos por causa de um vídeo que parodiava o profeta Maomé.
A morte de Stevens foi o primeiro assassinato de um diplomata americano em 24 anos, o que gerou críticas dos republicanos ao governo do presidente Barack Obama por falhar na segurança das representações diplomáticas americanas.
Fotomontagem/Efe/AFP/Reuters | ||
Hillary Clinton, secretária de Estado dos EUA, passa por sabatina sobre ataque a consulado em Benghazi |
"Ninguém é mais comprometido em fazer isso bem. Estou determinada a deixar mais seguro e forte o Departamento de Estado e nosso país. Para mim, isso é uma questão pessoal", disse.
Com tom emotivo, ela disse que seguiu de perto os desdobramentos do ataque. "Eu estava ao lado do presidente Obama na chegada dos caixões dos funcionários. Eu abracei mães, pais, irmãs e irmãos, filhos e filhas".
Mesmo tendo assumido a responsabilidade, a secretária disse que não recebeu nenhum pedido de aumento da segurança da missão americana na Líbia antes do ataque. O painel independente que investigou o caso afirmou que Stevens havia requisitado o aumento do efetivo dias antes do ataque.
Ela ainda explicou que esses pedidos eram geridos pelos profissionais de segurança e não passavam por sua mão. "Os pedidos de segurança são geridos pela divisão de segurança do departamento. Eu não vejo essas requisições, elas não chegam até mim, não sou eu quem as aprova ou nega".
RELATÓRIO
A secretária ainda disse que aplicará as 29 recomendações para melhorar a segurança do corpo diplomático, feitas por grupos de trabalho do Departamento de Estado. O informe dizem que os Estados Unidos deveriam ter reforçado a segurança após o vazio provocado pela saída do ditador Muammar Gaddafi, em 2011.
Na terça (22), a porta-voz da instituição, Victoria Nuland, disse que as recomendações foram aceitas e começaram a ser aplicadas. As medidas deverão continuar sob a administração de John Kerry, o substituto de Hillary.
Tentando justificar o ataque, ela comentou que a situação na Líbia não foi um caso isolado, mas que é uma realidade de todo o norte da África. Como exemplos, citou a guerra no Mali e o sequestro de funcionários de um campo de gás na Argélia, neste mês.
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