Após 80 anos desmontado, BMW participa de corrida de calhambeques
Peças foram trazidas para o país de navio em 1932 por imigrante alemão.
Competição entre colecionadores aconteceu no domingo em Franca (SP).
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“Até os colecionadores ficaram surpresos de ver um carro desses aqui, com todas as peças originais. Quando soube da corrida, quis que ele ficasse pronto a tempo. É uma boa oportunidade para resgatar o antigomobilismo”, diz o proprietário, o publicitário André Barros, que não revela quanto gastou pela raridade.
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Barros conta que o calhambeque já passou por três donos desde que chegou ao país de navio há 80 anos, mas nunca havia sido montado. Por isso, o publicitário não consegue esconder a alegria de colocar em funcionamento um carro tão antigo, principalmente por ser o primeiro modelo no mundo a ter o para-choque arredondado.“Comprei as peças dele há um ano e meio e agora ele finalmente voltou a andar. Esse carro é um marco na história da BMW. Um dos exemplares está no museu da empresa na Alemanha”, explica.
1936 (Foto: Marina Sola/G1)
Mas o Dixi Ihle não era o único veículo que o publicitário exibia com orgulho durante o evento. O colecionador ainda levou para a corrida um Renault NN Torpedo fabricado em 1924 que, de acordo com ele, também é peça única no país.
“Gosto de coisas raras e exóticas, então comprei esse carro há uns oito anos. Ele estava montado, mas não andava porque faltava uma peça. Era pequena e fiz questão de comprar logo para vê-lo funcionando”, diz Barros.
Coleção
Aos 31 anos, Barros afirma que herdou a paixão por automóveis antigos do pai, que também colecionava calhambeques. A primeira raridade da família foi comprada quando o publicitário tinha 11 anos. "A partir daí, passei a me dedicar pelo hobbie aos finais de semana. Meu foco é garantir que eles continuem rodando, afinal, são automóveis, não autoparados”, brinca.
Atualmente, Barros diz ter uma coleção suficiente para abrir um museu. Questionado, não revelou, mais uma vez, a quantidade de veículos e o valor de cada um deles. "É uma questão de segurança. Mas a verdade é que eles não têm preço, são peças únicas e de valor inestimável.”
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