Rebelião deixa agentes temerosos
Publicado em: 23/04/2013 - 00:00 | Atualizado em: 22/04/2013 - 20:26
Patrícia Biazetto
Após uma rebelião que durou cerca de 20 horas, na Cadeia Pública Hildebrando de Souza, em Ponta Grossa, e que terminou no sábado pela manhã, agentes de cadeia pública ficaram temerosos com relação à falta de segurança no local. O diretor do Cadeião, Bruno Propst, rebate as informações que os agentes fizeram operação tartaruga no último domingo e afirma que vai rever a segurança do local, que está superlotado. Hoje, após as transferências feitas no último sábado, o Cadeião abriga 506 presos, sendo que a capacidade é para 172.
O diretor disse ontem que, no dia após o fim da rebelião, o trabalho voltou ao normal dentro do Cadeião, apesar da desmotivação de alguns agentes de cadeia pública. “Cabe a nós motivá-los e oferecer condições de desenvolverem seus trabalhos normalmente”, frisa. Ele alega que os agentes estão preocupados com o futuro do trabalho, mas que não houve indicativo de greve por parte da categoria. “Eles estão preocupados com a questão de segurança no trabalho, com o ambiente hostil, com a superlotação e a falta de estrutura, mas vamos conversar com os mesmos e rever a questão de segurança, já que cabe a nós minimizarmos os riscos”, reforça.
Ele assegura que os agentes de cadeia pública que foram mantidos reféns durante a rebelião terão acompanhamento psicológico, já que vivenciaram uma situação de crise. “Eles estão com folga compulsória e poderá demorar alguns dias para que eles voltem a trabalhar”, cita.
Um das medidas imediatas após o fim da rebelião foi a transferência de 33 presos no último sábado. Hoje, mais dez serão transferidos, porém o horário ainda não foi definido. “Foram transferidos os detentos já condenados. Devido à falta de vagas na penitenciária, eles concordaram em ir para Curitiba”, comenta. Também foram feitas vistorias nas galerias 3,4 e 6, onde ficavam os presos rebelados. “Essa vistoria será estendida para outras dependências da Cadeia. Devemos estar atentos para evitar que ocorram fugas”, diz.
Segundo Propst, a galeria 6 do Cadeião ficou completamente danificada durante a rebelião e precisou ser interditada. Outros dois cubículos, sendo um do 3 e outro do 4, foram danificados. No último domingo foi permitida visitas em apenas duas galerias. O juiz da Vara de Execuções Penais (VEP), Antônio Acir Hrycyna, diz que a VEP vai agir em duas frentes, sendo que uma delas é devolver alguns presos para suas comarcas de origem e a outra é a revisão penal dos detentos. “A Comissão de Direitos Humanos da OAB vai nos apresentar uma relação com o nome dos presos de fora e que querem voltar para a comarca de origem”, frisa. Segundo ele, os presos têm o direito de permanecer perto de suas famílias. “Ao longo do tempo foram feitas muitas permutas, mas vale lembrar que a volta para a comarca de origem depende de vagas e do juiz de cada cidade”, acrescenta. Já com relação à revisão de processos, o juiz já determinou que o cartório comunique quais são os detentos condenados e se pode ser concedido benefícios. Hoje, a Cadeia Pública Hildebrando de Souza abriga 506 detentos, sendo que a capacidade é para 172.
OAB se programa para mutirão carcerário
O juiz cita ainda que as exigências dos presos na rebelião que durou quase 20 horas foram passíveis de serem aceitas. Foi prolongado o período de visita, bem como o horário do banho de sol. A entrada de sacolas de alimentos também foi permitida mais vezes ao mês. Antes era permitida apenas em duas quintas-feiras por mês, mas agora poderá ser enviada às quintas-feiras. Com relação a insatisfação dos familiares de detentos com a permanência de Bruno Propst na direção do Cadeião, o juiz da VEP reforçou que o mesmo continua no cargo. “O Bruno permanece na Cadeia e tem todo o meu apoio”, frisa. O presidente da Comissão dos Direitos Humanos da OAB, subseção de Ponta Grossa, José da Silva Machado, diz que a comissão está trabalhando no regime de urgência para concluir o levantamento dos presos que querem voltar para suas cidades de origem, já que essa foi uma das exigências da comunidade carcerária. Ele também cita que haverá o mutirão carcerário, envolvendo a OAB, mas que ainda não tem data estipulada.
Após uma rebelião que durou cerca de 20 horas, na Cadeia Pública Hildebrando de Souza, em Ponta Grossa, e que terminou no sábado pela manhã, agentes de cadeia pública ficaram temerosos com relação à falta de segurança no local. O diretor do Cadeião, Bruno Propst, rebate as informações que os agentes fizeram operação tartaruga no último domingo e afirma que vai rever a segurança do local, que está superlotado. Hoje, após as transferências feitas no último sábado, o Cadeião abriga 506 presos, sendo que a capacidade é para 172.
O diretor disse ontem que, no dia após o fim da rebelião, o trabalho voltou ao normal dentro do Cadeião, apesar da desmotivação de alguns agentes de cadeia pública. “Cabe a nós motivá-los e oferecer condições de desenvolverem seus trabalhos normalmente”, frisa. Ele alega que os agentes estão preocupados com o futuro do trabalho, mas que não houve indicativo de greve por parte da categoria. “Eles estão preocupados com a questão de segurança no trabalho, com o ambiente hostil, com a superlotação e a falta de estrutura, mas vamos conversar com os mesmos e rever a questão de segurança, já que cabe a nós minimizarmos os riscos”, reforça.
Ele assegura que os agentes de cadeia pública que foram mantidos reféns durante a rebelião terão acompanhamento psicológico, já que vivenciaram uma situação de crise. “Eles estão com folga compulsória e poderá demorar alguns dias para que eles voltem a trabalhar”, cita.
Um das medidas imediatas após o fim da rebelião foi a transferência de 33 presos no último sábado. Hoje, mais dez serão transferidos, porém o horário ainda não foi definido. “Foram transferidos os detentos já condenados. Devido à falta de vagas na penitenciária, eles concordaram em ir para Curitiba”, comenta. Também foram feitas vistorias nas galerias 3,4 e 6, onde ficavam os presos rebelados. “Essa vistoria será estendida para outras dependências da Cadeia. Devemos estar atentos para evitar que ocorram fugas”, diz.
Segundo Propst, a galeria 6 do Cadeião ficou completamente danificada durante a rebelião e precisou ser interditada. Outros dois cubículos, sendo um do 3 e outro do 4, foram danificados. No último domingo foi permitida visitas em apenas duas galerias. O juiz da Vara de Execuções Penais (VEP), Antônio Acir Hrycyna, diz que a VEP vai agir em duas frentes, sendo que uma delas é devolver alguns presos para suas comarcas de origem e a outra é a revisão penal dos detentos. “A Comissão de Direitos Humanos da OAB vai nos apresentar uma relação com o nome dos presos de fora e que querem voltar para a comarca de origem”, frisa. Segundo ele, os presos têm o direito de permanecer perto de suas famílias. “Ao longo do tempo foram feitas muitas permutas, mas vale lembrar que a volta para a comarca de origem depende de vagas e do juiz de cada cidade”, acrescenta. Já com relação à revisão de processos, o juiz já determinou que o cartório comunique quais são os detentos condenados e se pode ser concedido benefícios. Hoje, a Cadeia Pública Hildebrando de Souza abriga 506 detentos, sendo que a capacidade é para 172.
OAB se programa para mutirão carcerário
O juiz cita ainda que as exigências dos presos na rebelião que durou quase 20 horas foram passíveis de serem aceitas. Foi prolongado o período de visita, bem como o horário do banho de sol. A entrada de sacolas de alimentos também foi permitida mais vezes ao mês. Antes era permitida apenas em duas quintas-feiras por mês, mas agora poderá ser enviada às quintas-feiras. Com relação a insatisfação dos familiares de detentos com a permanência de Bruno Propst na direção do Cadeião, o juiz da VEP reforçou que o mesmo continua no cargo. “O Bruno permanece na Cadeia e tem todo o meu apoio”, frisa. O presidente da Comissão dos Direitos Humanos da OAB, subseção de Ponta Grossa, José da Silva Machado, diz que a comissão está trabalhando no regime de urgência para concluir o levantamento dos presos que querem voltar para suas cidades de origem, já que essa foi uma das exigências da comunidade carcerária. Ele também cita que haverá o mutirão carcerário, envolvendo a OAB, mas que ainda não tem data estipulada.
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