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Produtividade da soja no Paraná cai a 49 sacas/ha

Postado em 26 de fevereiro de 2014

Calor e falta de chuvas fizeram temperatura subir para 70ºC no solo em algumas regiões do Paraná.

Jonathan Campos / Gazeta do Povo

Autor: Cassiano Ribeiro

O clima quente e seco deve “torrar” cerca de 7 sacas (60 quilos) de soja da média de produtividade do Paraná neste ano, aponta a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do estado (Seab). Em relatório divulgado nesta quarta-feira (26), o órgão revisou para baixo o rendimento das lavouras na temporada 2013/14, que está sendo colhida, confirmando a expectativa de quebra de mais de 2 milhões de toneladas anunciada ontem. O rendimento médio da oleaginosa é calculado em 2.951 quilos por hectare, o equivalente a pouco mais de 49 sacas por hectare, bem abaixo dos 3.366 quilos por hectare previstos no final de janeiro, quando a onda de altas temperaturas e a estiagem estavam começando a agir sobre o campo.
A média atual, apesar de estar longe do potencial identificado para este ano, ainda é superior à registrada no ciclo 2011/12, o último em que houve quebra na produção estadual, também por falta de chuva e calor expressivo. Naquele ano, o rendimento médio do Paraná ficou em 2.464 quilos por hectare, o equivalente a 41 sacas por hectare.

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Com a redução no índice de produtividade, a colheita paranaense é projetada em 14,4 milhões de toneladas, contra 16,4 milhões de toneladas previstos inicialmente. Em relação ao resultado do ano passado, a quebra é de 1,3 milhão de toneladas.
No caso do milho, a Seab também cortou ligeiramente o índice médio de produtividade. Agora, o rendimento do cereal é calculado em 8.222 quilos por hectare (137 sacas/ha), contra 8.394 quilos (140 sacas) por hectare estimados anteriormente e ante 8.129 quilos (135 sacas) alcançados no ano passado.
Colheita
Na última semana, a colheita no Paraná evoluiu 10 pontos porcentuais, a mesma média das semanas anteriores, e alcança 42% da área de soja até o momento, conforme a Seab. Os índices de condições das lavouras, por outro lado, cresceu. As plantações em estado considerado “ruim” são agora 14% do total cultivado com a oleaginosa. Na semana passada, o índice era de 7%. Maior parte da área (48%) ainda está em boas condições.
A retirada da soja e milho de verão permite ainda que o plantio da segunda safra do cereal continua acelerado em relação à esta época do ano passado e a frente da média dos últimos anos. Conforme a Seab, as sementes de milho já foram lançadas em 57% da área total a ser ocupada pelo grão que será colhido no inverno.