Procon quer avaliação sobre conjunto habitacional Ibirapuera
Publicado em: 29/04/2014 - 00:00 | Atualizado em: 28/04/2014 - 20:16
Procon, construtora Menin e Caixa Econômica se reuniram ontem para analisar situação do talude no residencial. Fonte: Fábio Matavelli |
O Órgão de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) fará uma análise sobre a situação do conjunto residencial Jardim Ibirapuera, em Oficinas. De acordo com o coordenador do Procon, Davison Silva, um processo administrativo será aberto contra a construtora Menin Engenharia de São Paulo, responsável pelas obras. "Os moradores alegam que o terreno encontra-se com um talude que não estava previsto no projeto. Eles afirmam que se soubessem que o barranco continuaria depois da entrega das casas, não teriam comprado os imóveis", explica.
João Ricardo Cordeiro alega que comprou o imóvel por R$ 85 mil e que por conta resolveu remover o talude localizado atrás de sua casa. "Isso está me custando aproximadamente R$ 1 mil. No projeto era previsto que esse talude seria retirado e agora temos que fazer por conta", alega.
Silva comenta também que o processo contra a construtora também será feito, porque as informações do anúncio do residencial teriam sido enganosas. "O barranco deveria ter sido retirado do local antes mesmo da entrega das casas. Vamos entrar em contato com a Defesa Civil para que uma avaliação seja feita sobre os riscos que os moradores correm com a presença deste talude", alega.
O empreendimento foi financiado pela Caixa Econômica Federal através do programa Minha Casa Minha Vida do governo federal. Na tarde de ontem, o gerente regional da Caixa, Júlio César Goginski, esteve reunido no residencial com os engenheiros da construtora, o Procon e os moradores para intermediar uma possível negociação.
"A nossa ideia é de que a construtora esclareça tudo o que foi feito. A Caixa não tem o que questionar com a presença dos taludes. O corte de terra realizado no terreno foi tecnicamente aceito pela Caixa. Nosso foco foi então trazer a construtora para conversar com os moradores. Com relação ao acabamento das casas, isso nós podemos cobrar da Menin Engenharia para que seja feito", explica Júlio César.
O engenheiro da construtora Menin Engenharia e responsável pelas obras, Gustavo Braga, informou ontem que a existência do talude já estava prevista no projeto das casas. "As ruas possuem desníveis diferentes. O que nós fizemos foi entregar as casas com a segurança de que poderia dar uma chuva forte que não afetaria os moradores. O muro de arrimo também não estava prevista no projeto. Além disso, consta no manual do proprietário que eles resolvessem remover o talude, que fizessem de maneira correta e com a supervisão de um engenheiro", diz.
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