domingo, 24 de junho de 2012

noticia da folha.com.br - NAO É POSSIVEL QUE ESSES DITADORES VÄO PREJUDICAR O POVO PARAGUAIO POR CAUSA DO SAFADO QUE FOI DEPOSTO.

Paraguai será suspenso do Mercosul e da Unasul
 
NATUZA NERY
JÚLIA BORBA
DE BRASÍLIA

Atualizado às 18h45.
O Brasil e as demais nações da América do Sul decidiram suspender o Paraguai do Mercosul (Mercado Comum do Sul) e da Unasul (União de Nações Sul-Americanas) até as eleições presidenciais previstas para abril do ano que vem.
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A ideia, costurada neste fim de semana, é uma resposta ao impeachment-relâmpago do presidente Fernando Lugo ocorrido na sexta-feira (22). Os vizinhos querem desencorajar processos semelhantes em outros parceiros da região.

Marcos Brindicci - 22.jun.2012/Reuters
Fernando Lugo (centro), presidente deposto do Paraguai, caminha no Palácio Presidencial antes de ser deposto
Fernando Lugo (centro), presidente deposto do Paraguai, caminha no Palácio Presidencial antes de ser deposto

O encontro que decidirá o destino imediato do Paraguai está marcado para a próxima sexta, durante reunião do Mercosul, na Argentina. O Paraguai deve ficar de fora, embora seu novo chanceler já tenha dito que quer ir e explicar a crise em seu país.
Não se sabe quais efeitos do isolamento paraguaio do Mercosul e da Unasul, mas espera-se que a suspensão pressione o atual governo.
RITO SUMÁRIO
Após a reunião no Palácio da Alvorada, o Itamaraty divulgou uma nota condenando o "rito sumário" que culminou com o impeachment e convocou, para consultas, o embaixador do Brasil em Assunção, Eduardo dos Santos.
Na diplomacia, quando isso ocorre, é sinal de reprovação. Não foi usada a palavra "golpe" no comunicado do Ministério de Relações Exteriores porque o processo ocorreu dentro da lei.
Santos pode permanecer em Brasília até o fim da gestão Franco.
O Palácio do Planalto determinou que o Brasil só adote decisões coletivas e no âmbito de organismos multilaterais.
CONSENSO
Segundo a agência de notícias Reuters, uma autoridade do alto escalão do governo brasileiro diz que o país têm mantido contato com autoridades de outras nações da região e que há consenso para a suspensão do Paraguai.
"O ponto é transformar este novo governo [paraguaio] em um pária [indivíduo que a sociedade repele]", disse o funcionário brasileiro, que falou sob condição de anonimato.
A meta é garantir que nada parecido aconteça em outros paises da região, como Bolívia e Peru. "É uma reação institucional que mostrará aos outros as consequências negativas de uma medida agressiva como esta".
RELAÇÃO ROMPIDA
Segundo a autoridade, o embaixador brasileiro em Assunção, chamado de volta a Brasília para consultas, não deve retornar ao Paraguai.
O Brasil não pretende romper completamente suas relações com o vizinho por conta da usina hidrelétrica binacional de Itaipu.
Na quarta, os presidentes da Unasul se reunirão em Lima para debater situação política do país.
UNASUL
Integram a Unasul Argentina, Bolívia, Brasil, Colômbia, Chile, Equador, Guiana, Paraguai, Peru, Uruguai, Suriname e Venezuela.
O bloco reúne quase 400 milhões de habitantes --cerca de 68% da população do continente-- e tem um PIB somado de US$ 2,3 bilhões (cerca de R$ 4,7 bilhões).
Com Reuters

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