Três incêndios ambientais mobilizam bombeiros
Publicado em: 09/10/2012 - 00:00 | Atualizado em: 08/10/2012 - 19:56
Fábio Matavelli |
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De quatro a seis hectares do Parque Vila Velha foram consumidos pelo fogo |
O calor e o tempo seco contribuíram ontem para a ocorrência de incêndios ambientais em Ponta Grossa. Três queimadas de porte médio foram atendidas pelo 2º Grupamento de Bombeiros na cidade, uma delas na área do Parque Estadual de Vila Velha.
Na unidade de conservação, o fogo atingiu vegetação nativa, nas proximidades da Lagoa Dourada e na divisa com uma fazenda. Segundo a assessoria de imprensa do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) – responsável pelo Parque – foram queimados de quatro a seis hectares, aproximadamente.
O empenho de bombeiros e funcionários da unidade pode ter colaborado para que o fogo não se alastrasse, assim como o vento. “Nossa preocupação foi conter na área de vegetação mais baixa para impedir que o incêndio se alastrasse para a área mais densa. O vento também virou”, explicou o aspirante Gustavo Emmanuel Gonçalves Fogaça, do Corpo de Bombeiros. Seis funcionários do IAP e seis bombeiros trabalharam no combate.
O incêndio começou por volta de 16h45 e foi totalmente controlado por volta de 18h30. “Vila Velha já foi atingida por incêndios de grandes proporções, então, nós tentamos controlar o quanto antes para evitar novos desastres”. Além de destruir a vegetação, o fogo e a fumaça atrapalham os motoristas que trafegam pela BR-376.
Ainda não se sabe o que provocou o incêndio no Parque Vila Velha, que começou nas proximidades da linha do trem. Por conta disso, informou a assessoria do IAP, existe a suspeita de que possa ter sido provocado por uma faísca do trilho. Também não estão descartadas as hipóteses de combustão natural ou incêndio criminoso.
Ainda na tarde desta segunda-feira, os bombeiros atenderam a outros dois incêndios ambientais. Na Fazenda Modelo do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), na região do Botuquara, o fogo consumiu uma área de vegetação nativa. Segundo Fogaça, quatro bombeiros e um caminhão de combate a incêndio atuaram nessa ocorrência.
O outro foco atingiu uma plantação de trigo no Núcleo Santa Luzia. “Foi uma área grande, mas os funcionários da fazenda usaram um trator para ajudar a apagar o fogo”, informou o aspirante.
Prevenção é melhor maneira de evitar as queimadas
O Corpo de Bombeiros alerta que, em tempos secos, a melhor maneira de evitar os incêndios ambientais é com a prevenção. De fácil ocorrência, quando a área está muito seca, qualquer lixo jogado pelo homem pode acarretar em um grande desastre. Cigarros, fósforos, lançamentos de foguetes e balões, fogueiras e queimadas inadequadas de detritos também são elementos iniciais para queimada.
A criação de aceiros (faixa livre de vegetação), a frequente limpeza do mato, o cuidado com produtos inflamáveis, a conscientização populacional, a prática de desrama (retirada de ramos), o fácil acesso à captação de água e a elaboração de um plano preventivo são medidas essenciais para que a extinção do fogo se torne mais rápida e consequentemente menos catastrófica.
Enganam-se aqueles que pensam que as consequências causadas pelos incêndios são apenas ambientais. Além da diminuição de biodiversidade, do desequilíbrio ambiental e da erosão do solo, a propagação do fogo ainda gera problemas econômicos e humanos.
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