O Grupo Reviver atua no tratamento dos doentes, realizando aulas de música, artesanato e atividade com brinquedos para atendimento de jovens
A Associação Reviver de Portadores do Vírus da HIV, conhecida por Grupo Reviver é uma entidade que atende a comunidade soro positivo da cidade. A instituição atua desde 1995, com atendimentos psicológico, assistencial e social aos portadores da Aids. A equipe conta com 20 funcionários contratados e mais 13 voluntários para o atendimento a 138 crianças e 150 adultos infectados pela doença. As famílias dos doentes também recebem atendimento.O Grupo Reviver atua no tratamento dos doentes, realizando aulas de música, artesanato e atividade com brinquedos para atendimento infantil e aos adolescentes que frequentam a entidade. As crianças ficam no Reviver em período de contraturno, comparecendo as escolas de ensino regular. “O local é uma casa de instrução para os portadores da Aids e não somos uma escola, [...] só queremos que eles reaprendam a viver”, afirma a Cláudia Hey Silva. A instituição oferece alimentação e aulas de informática para os portadores da classe adulta e infantil.
Segundo os dados do Ministério da Saúde (MS), somente no Paraná em 2013 foram registrados 700 novos casos de pessoas infectadas pelo HIV. Os dados do MS apontam que houve mais de 12 mil mortes causadas pela doença durante o período de 1996 até 2012. Destas mortes pelo HIV, 624 ocorreram apenas no estado do Paraná.
Muito embora exista uma massificação das campanhas de conscientização, o número de pessoas infectadas vem crescendo em Ponta Grossa. De acordo com um relatório da Organizações das Nações Unidas (ONU), divulgado em agosto, somente nos últimos três anos, quase 250 pessoas foram diagnosticadas com a doença na cidade.
O relatório aponta que, ao todo, são 990 adultos em tratamento em Ponta Grossa. A maioria dos casos registrados na cidade é em homens entre 30 e 49 anos. “Eu sempre falo que Aids pega uma vez e é para sempre. É um tratamento muito difícil. É um caso muito sério para ser discutido”, diz a agente da ação social Reviver, Débora Lee.
“Inicialmente quando você descobre o vírus, não deve desistir de viver”, declara uma das mulheres atendida pela instituição. O Grupo Reviver sobrevive com uma renda oriunda do convênio com a Fundação Proamor, da Prefeitura Municipal de Ponta Grossa. A verba é no valor de R$ 22 mil anuais, para custear despesas com manutenção do local e os gastos com funcionários. “Trabalhamos como uma casa de convivência e fortalecimento para as pessoas ultrapassarem o preconceito e o estigma social, com relação a doença”, afirma a assistente social do Grupo Reviver, Cláudia Hey Silva.
A renda per capita por criança é R$ 150,00 e, por isso, a estimativa da instituição vai além do convênio com a Fundação Proamor. A instituição conta com mais um benefício anual de R$ 56.000,00, com origem do projeto aprovado pela Conselho Municipal de Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA). “Sobrevivemos também com bazar, doações e complementando com eventos solidários, para arrecadar fundos e manter a instituição”, relata a diretora voluntária do Grupo Reviver, Vera Regina Taborda.
Segundo Vera, a diretoria inteira e os cargos da presidência não têm direito à remuneração, apenas os funcionários contratados recebem salários, sendo responsáveis pelo atendimento com os pacientes. O Grupo Reviver chegou há 86% da capacidade máxima de atendimento que pode oferecer aos portadores do vírus em Ponta Grossa.
A entidade atende crianças portadoras da aids de 6 à 16 anos. “Eu deixo meu filho aqui e tenho certeza do atendimento bom e o cuidado que o pessoal têm com as crianças”, afirma outra mulher, com um filho de 10 anos portador do vírus, que é um dos alunos da instituição.
Atendimento psicológico
Instituição é referência na região
A assistente social do Reviver, Claudia Hey, afirma que a instituição atende Ponta Grossa e outros municípios da região. Ela declara que além do trabalho de atendimento a instituição realiza um serviço de prevenção, realizando palestras em municipios próximo da cidade. “Temos pessoas infectadas que recentemente descobriram a doença, por isso fazemos esse trabalho em grupo. Contamos com essa troca de experiências para melhorar a autoestima e o convívio social”, aponta o psicólogo do Grupo Reviver, Marcos Vinicius Barszcz.
o quÊ>> Número de vagasO grupo reviver afirma que há 20 vagas em aberto para crianças e adolescentes portadoras do vírus. O endereço da instituição para quem deseja realizar uma doação é rua Manoel Soares do Santos, 585 – Vila Liane, ou pode ligar para o telefone (42) 3238-4158. O horário de funcionamento da instituição é das 8h00 às 17h00.
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