Vereadores aprovam ‘socorro’ financeiro à Prefeitura de PG
Patricia Biazetto
28/10/2014 às 00:00 - Atualizado em 28/10/2014 às 00:00
José Aldinan Oliveira
Apesar das críticas de alguns vereadores, projetos que vão socorrer o Executivo foram aprovados
Em sessão extraordinária, realizada ontem na Câmara de Vereadores de Ponta Grossa, foram aprovados dois projetos de lei que autorizam a Prefeitura a abrir créditos adicionais para custear despesas com a folha de pagamento do funcionalismo, como também para o pagamento de auxílio aos médicos vinculados ao Programa Mais Médicos. Os projetos foram alvos de críticas de alguns parlamentares que acreditam que falta planejamento e organização do Executivo.
O projeto de lei nº 392/14, autoriza o Poder Executivo a abrir um crédito adicional suplementar no valor de R$ 10,29 milhões para custear despesas com a folha de pessoal da Prefeitura. Alguns vereadores- apesar de terem votado favoravelmente ao projeto de lei - demonstraram preocupação com a gestão do prefeito Marcelo Rangel.
O vereador Antonio Laroca Neto (PDT) criticou Rangel e disse que o governo está desorganizado e sem planejamento. "O governo está trabalhando com a perspectiva de incremento de receita e isso me preocupa", pontuou. Outro parlamentar que se manifestou foi o ex-líder do Governo na Câmara e vereador George de Oliveira (PMN). "Tenho dúvidas se o governo tem esse dinheiro nos cofres para pagar o funcionalismo, mas não podemos pensar em prejudicar a categoria. Tenho informações que se não aprovarmos esse projeto o funcionalismo corre o risco de receber o salário atrasado", reforçou.
Já o vereador Pietro Arnaud (PTB) comentou ter a mesma preocupação dos demais colegas, mas tentou acalmá-los citando que a Prefeitura está enfrentando 'sequestros' em função de processos trabalhistas. "Infelizmente, os demais parlamentares deveriam estar informados sobre isso. Fico assustado com a quantidade de 'sequestros' por conta do FGTS que não foram pagos em gestões anteriores", explicou. O vereador Antonio Aguinel (PC do B) também demonstrou solidariedade ao funcionalismo público. "Temos que ser favoráveis ao projeto para que o funcionalismo não fique sem salários", falou Aguinel.
Na defesa da administração municipal, o vereador Izaias Salustiano (PSDC) citou que na última quinta-feira foram bloqueados dos cofres da Prefeitura cerca de R$ 890 mil para pagar processos trabalhistas e que a dívida da Prefeitura com precatórios somam R$ 79 milhões. "É uma realidade difícil, principalmente neste período de fim de ano, que tem ainda o pagamento do décimo terceiro salário. Temos que pensar o princípio da continuidade dos serviços públicos essenciais", defendeu.
Saúde
Vereadores também aprovaram, em sessão extraordinária, o projeto de lei nº 390/14, que autoriza o Poder Executivo a abrir crédito adicional especial no valor de R$ 240 mil, com o objetivo de ordenar recursos a Secretaria Municipal de Saúde, por intermédio do Fundo Municipal de Saúde, para a manutenção das atividades do Programa Mais Médico e em custeio ao pagamento de auxílio aos médicos vinculados ao programa, em cumprimento às obrigações e contrapartidas exigidas do Município.
Nenhum comentário:
Postar um comentário