terça-feira, 21 de julho de 2015

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Operação Rondon visa transformação social dos Campos Gerais
Assessoria

Com a expectativa de colocar em prática conhecimentos teóricos e de acumular novas experiências, estudantes e professores da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) e mais seis instituições parceiras partiram, neste domingo (19), para Operação Rondon UEPG, nos municípios de Arapoti, Ibaiti, Piraí do Sul, São José da Boa Vista, Tibagi e Ventania. A abertura oficial da operação, no auditório do Campus Central, reuniu rondonistas, autoridades universitárias e militares e familiares dos estudantes. No dia 29, as equipes retornam para compartilhar as vivências dos 10 dias de operação, em nova solenidade no auditório do Campus Central.
A Operação Rondon é uma ação da Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Culturais (Proex), coordenada pelo NER-UEPG (Núcleo Extensionista Rondon da UEPG), com a participação de IES parceiras e outras Instituições públicas e privadas. No seu desenvolvimento, proporciona aos municípios a oportunidade de receber professores e alunos universitários de várias áreas do conhecimento que desejam contribuir com a comunidade e com as lideranças locais, trabalhando voluntariamente para melhorar as condições de vida de bem-estar da população e a qualidade e eficiência da administração municipal.
A operação envolve 120 universitários da UEPG e das seis instituições parceiras (Faculdade Sagrada Família - FASF, Centro de Ensino Superior dos Campos Gerais - Cescage, Sociedade Educacional Amélia – Secal, Universidade Tecnológica Federal do Paraná - UTFPR, Universidade Estadual do Oeste do Paraná - Unioeste e Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC).  Cada equipe é composta por 20 estudantes (10 da UEPG e 10 da instituição parceira) e mais dois coordenadores. Durante 10 dias eles vão desenvolver ações que tragam benefícios para as comunidades visitadas, nas áreas da cultura, direitos humanos, justiça, educação, saúde, comunicação, tecnologia, produção, meio ambiente e trabalho.
Ao registrar a alegria estampada no rosto de cada um dos rondonistas, o coordenador do NER-UEPG, Mario Cezar Lopes, destacou que a realização da Operação Rondon se constitui em antigo sonho, alimentado por professores e alunos que participaram de operações do Projeto Rondon nacional, promovido pelo Ministério da Defesa. Disse que, dessa forma, a UEPG atende aos anseios de dezenas de estudantes que se candidatam anualmente ao Projeto Rondon, cuja participação é limitada a apenas oito estudantes e dois professores. “O que fazer com os alunos que ficam”, completou.
Para o professor Mario Cezar Lopes que acumula a participação em 11 operações do Projeto Rondon, as instituições envolvidas e os municípios vão marcar nas suas histórias essa primeira edição da Operação Rondon. Disse que não é fácil realizar um evento deste porte e, nesse aspecto, frisa a importância da participação das prefeituras, no apoio logístico aos rondonistas (transporte, alimentação e alojamento), assim como das instituições parceiras, abrindo aos seus alunos a oportunidade de conhecer e sentir a realidade de comunidades carentes. “Rondon é uma palavra mágica, marcada pelo pioneirismo e que significa conhecer e entender o Brasil na prática”, diz o coordenador do NER-UEPG.
ParceriasA pró-reitor de Extensão e Assuntos Culturais, Marilisa do Rocio Oliveira, também se refere à Operação Rondon como a realização de um sonho, agradecendo às inúmeras pessoas que contribuíram para sua concretização. Disse que durante a operação não haverá distinção entre UEPG ou outra instituição. “Todos farão parte de uma equipe com a missão de transformar a realidade das pessoas dessas comunidades”. Manifestou sua expectativa em torno das mudanças que poderão ocorrer a partir dessa primeira experiência. “A extensão tem muito a contribuir com a formação dos nossos alunos”, disse, ao pontuar a Operação Rondon como um grande passo para a inserção da extensão nos currículos dos cursos de graduação.
O coordenador de Extensão, professor André Luis Trentin Scremin, disse que a Faculdades Cescage aderiu em 100% à iniciativa da UEPG, pela oportunidade aberta às demais instituições de ensino superior de Ponta Grossa, de também contribuírem para levar conhecimento e cidadania às comunidades da região. “Que vocês consigam transmitir esses conhecimentos da melhor forma possível; voltem inovados, com novas metas”, disse, reiterando que nesse processo, mais do que ensinar, todos estarão aprendendo.
Nessa mesma linha, a diretora da FASF, irmã Edites Bet, afirmou que a Operação Rondon vai agregar valores à formação dos alunos. “Valores, experiências e riquezas pessoais e institucionais”, disse, agradecendo a oportunidade aberta para que os alunos da Faculdade Sagrada Família também pudessem participar dessa riqueza, ensinar e agregar conhecimento. O coordenador do curso de Jornalismo da Secal, professor Helton Costa, falou sofre o espírito rondonista e a disposição das pessoas em doar parte do seu tempo para compartilhar e multiplicar o conhecimento. “Seremos parceiros da UEPG a qualquer momento”, disse.
Leonardo de Souza, do curso de Engenharia da Produção da UTPFR, vai atuar como monitor da equipe designada para Arapoti. Ele destaca o grande impacto dessa operação, tantos para os rondonistas como para a comunidades assistidas. Disse que é importante para que os estudantes reflitam um pouco mais sobre o que é viver numa comunidade carente. “Estejam abertos ao novo, à mudança e às transformações que vão acontecer, disse. Antônio Carlos dos Anjos, da Udesc, disse que os alunos devem viver esses 10 dias de operação com intensidade. “Não adianta falar, tem que viver”.
O general da 5ª Brigada de Cavalaria Blindada, Edson Henrique Ramires, declarou como de extrema importância a realização da Operação Rondon para os estudantes que terão sua formação profissional completada pela formação humana. “Nesse convívio com realidades diferentes vocês vão ajudar, mas também serão ajudados”, disse. “O Exército está sempre em condição de apoiar iniciativas como essa”, comentou, afirmando que grande parte das ações militares são integradoras. Assim se colocou à disposição da UEPG para nos anos seguintes dar apoio ainda maior à Operação Rondon, que leva o nome de um militar, Marechal Cândido Mariano da Silva Rondon, sertanista, humanista, responsável por levar o telégrafo ao interior do país e pela integração dos indígenas à sociedade. “Para nós é um orgulho ver que essa missão continua em cada um dos nossos estudantes”.
Ser rondonistaNa abertura da Operação Rondon, Adriane de Castro Martinez Martins, coordenadora da equipe da Unicentro, fez uma exposição sobre “O Ser Rondonista”. Professora do curso de Odontologia, ela acumula participação em três operações do Projeto Rondon, no Pará, Rondônia e Sergipe. A partir dessas experiências, lembrou que, na sua primeira fase, o Projeto Rondon tinha um caráter mais assistencialista. Hoje tem como objetivo maior levar o conhecimento, fazer com que as comunidades pensem e possam produzir e se conduzir pelos próprios meios.
Ela enumera uma série de atributos de um rondonista, que devem nortear a participação dos estudantes durante os 10 dias que estarão na Operação Rondon. O primeiro é ‘enxergar’, ver aquilo que é real, abri os olhos para outras maneiras de ver as coisas; depois ‘improvisar’, buscar soluções, ter espírito inovador; ‘conhecer’, estar aberto para conhecer a realidade daquele local; ‘extrapolar’, a partir da interdisciplinaridade das ações, não ficar fechado no seu mundo, abrir espaço de diálogo com a comunidade e fazer aquilo que não se costuma fazer.
Ele segue falando sobre a necessidade de se cultuar o ‘companheirismo’. “Lá vocês serão a equipe do Rondon e todos devem colaborar com seus colegas. Isso é primordial para nosso crescimento”. Continua falando que todos devem ‘incorporar’ costumes e hábitos da comunidade para se inserir na sua realidade; devem ‘desafiar’, superar desafios. “Não podemos achar que não podemos fazer”. Devem ‘amar’ a comunidade que os acolhe e voltar impregnados desse amor; ‘marcar’ essas pessoas e ser marcados por elas, voltar modificados; e por último ‘construir’ um conhecimento novo, que vai ser único, que a escola não tem como fornecer. “Vocês vão levar esse conhecimento para o resto de suas vidas”, finalizou.
A apresentação da Banda do 13º Batalhão de Infantaria Blindado foi um dos pontos altos da abertura da Operação Rondon. Além da execução do Hino Nacional, a banda animou os rondonistas a entrarem no clima da Operação. Após a solenidade no auditório do Campus Central, as equipes almoçaram no Restaurante Universitário, partindo em seguida para os seis municípios que aderiram ao projeto.

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