Assessoria
A cerimônia de formatura da primeira turma do curso de Medicina da UEPG, nesta sexta-feira (10 julho), no Teatro do Colégio Marista Pio XII, às 20h, marca mais uma data significativa na história dos 65 anos de ensino superior da UEPG. Com presença na comissão de implantação do curso, na chefia do Departamento e na coordenação de Medicina da UEPG, César Roberto Busato considera que o impacto da formação da primeira turma tem a ver com a vontade da população de Ponta Grossa em ter uma escola de medicina. “O que os 31 formandos representam para a UEPG, a cidade e região é a vitória de uma ideia que ganhou corpo na década de 70 – e que, finalmente em 2000, surgiu como algo conquistado com a assinatura do governador Jaime Lerner, e, em seguida, como frustração quando, em 2003, Roberto Requião suspende o curso da instituição”.
O professor César Busato recorda que o ato que fechou o curso não afetou os ânimos da população que fez campanha para a volta da escola de medicina. Como enfatiza, a comoção repercutiu até que, em 2006, o então governador Roberto Requião autorizou que se fizessem estudos para a implantação do curso de Medicina na UEPG. “Finalmente, em 2009, o curso foi aprovado e, então, iniciou-se a primeira turma. “Acho que essa luta aumenta a vontade da população de ver a primeira turma de medicina vivendo sua festa de formatura”.
Para Busato, trata-se da aspiração de uma comunidade que sempre teve a preocupação em contar com um curso de medicina de qualidade. Diz que: “com os resultados obtidos em seis anos, estamos tranquilos quanto aos profissionais que o curso da UEPG coloca para atuar na área da saúde”. Isso porque, como frisa, são formandos com qualidade de atuação não só em nível do curso e de apresentações, como em concursos públicos a que tem se submetidos, o que demonstra que estão aptos a se dedicar a uma vida de estudos e ações humanas na saúde.
Sonho em realidadeRicardo Zanetti Gomes (foto), coordenador do curso, diz: “Nós já entramos no futuro do curso. Iniciamos com o processo de planejamento, estamos finalizando o de implantação do curso e, para o futuro, o que se busca é a qualidade crescente de suas atividades”. O professor observa que a implantação teve algumas dificuldades, mas como o processo de planejamento do curso foi bem executado tanto do ponto de vista pedagógico quanto administrativo e de recursos financeiros pode-se vislumbrar momentos positivos à frente. “O tamanho do curso, a quantidade de profissionais envolvidos e a estrutura que foi necessária para o Hospital Universitário são pontos minimizados por esse preparo e pelo fato do curso ter sido implantado em uma instituição com mais de meio século de experiência no ensino superior. O que se vislumbra, agora, é a ênfase em melhorar o curso e a capacitação dos alunos em termos de pós-graduação que já tem projeto de mestrado para implantação na UEPG”.
A professora Fabiana Postiglione Mansani, diretora do Setor de Ciências Biológicas e da Saúde, assinala que 2015 é o ano para se viver um sonho que virou realidade. “Muitas coisas foram feitas em meio às dificuldades iniciais que tivemos ao longo da implantação do curso. Com o apoio do Colegiado, Departamento e Setor, conseguimos finalizar esta primeira etapa com a primeira turma se formando”. Fabiana ressalta que tudo começou, em 1963, com o primeiro decreto para a Faculdade de Medicina em Ponta Grossa. Num salto no tempo, a professora cita 2003, quando o caminho em direção ao curso começou com a sua documentação, e o momento em que o então vice-governador Orlando Pessuti, em 2007, assinou o decreto de reabertura dos trabalhos para a volta do curso.
Expansão, pacote e MestradoCom relação ao cenário do curso, hoje, Fábio Postiglione Mansani (foto), chefe do Departamento de Medicina da UEPG, posiciona como o principal ponto o amadurecimento de nosso hospital escola e o trabalho para a expansão das atividades do curso. Trata-se de projetos para o futuro que têm em seu conjunto a continuidade das adequações necessárias ao curso e ao seu próprio currículo, segundo Fábio. “O objetivo nosso é trazer para a UEPG todas as atividades relacionadas ao curso que, hoje, estão distribuídas em outros espaços”. Outro ponto que destaca como importante é a continuidade da busca pelo pacote que veio quando o curso foi aprovado, em 2007. Neste aspecto, a professora Fabiana frisa que, em 2008, o Governo do Paraná através da Seti, diz: “o curso está aprovado, vocês podem começar”. A professora explica que junto com a aprovação do curso veio o aporte financeiro de 15 milhões e 95 vagas para professores.
Fabiana prossegue, dizendo que “o pacote, na época, veio com a orientação de que o valor seria delegado durante os seis primeiros anos do curso, ou seja, no período de formação da primeira turma”. Como relata Ricardo Zanetti, o curso conta, atualmente, com 58 professores concursados e, em torno de 24 professores colaboradores. O que aponta para 13 vagas em aberto. Mas, segundo ele, deve-se atentar que os colaboradores deverão ser substituídos por professores efetivos. Neste aspecto, destaca a importância da implantação do mestrado em Ciências da Saúde de cunho interdisciplinar. “É significativo porque, aí, completamos outro ciclo onde habilitamos os nossos alunos a poderem fazer parte do quadro docente do curso, ou seja, trazer de volta egressos”.
Correção de rumos e satisfaçãoSobre o profissional formado em Medicina pela UEPG, César Busato diz que saem com conhecimentos básicos para exercer uma medicina ambulatorial que supra as necessidades da população carente desse serviço. “Naturalmente, quando se precisa de um atendimento especializado, eles estão aptos a iniciar um curso de pós-graduação em qualquer especialidade que pretendam. Podem sair daqui para fazer cirurgia plástica, ou seja, para fazer qualquer especialidade que vão se dar muito bem na residência e na formação”. Para o professor, os objetivos projetados para o curso foram plenamente atingidos e, na medida em que se desenvolviam surgiam novos desafios. “Quando tudo parecia seguir de forma positiva e firme percebíamos pontos que precisavam sofrer correções de rumo, ou seja, melhorar em muitas direções”.
Ainda acerca da questão, César Busato enfatiza que o sexto ano serviu para dar rumos a serem seguidos na formação das demais turmas do curso. Entende que, à medida que os anos vão passando, as novas turmas chegam melhores direcionadas. Ou seja, num crescente em relação a essa experiência inicial que nem sempre tinha melhores condições, como na falta de alguns laboratórios e melhor estrutura do próprio Hospital Universitário. “As próximas turmas virão com mais possibilidades e a pós-graduação vai vir para completar o atendimento que a UEPG pretende dar nessa área”.
A professora Fabiana destaca o momento da formatura da primeira turma como de satisfação em ver que o curso começou com professores da casa e com suporte de médicos que abraçaram a ideia e se integraram à docência. “Eles tomaram posse da ideia e ajudaram a montar o curso. A minha satisfação é ver que o grupo veio para fazer com que o curso avance sempre na busca da melhor formação para seus alunos”.
Formação e Saúde PúblicaPara Fábio Mansani, o momento da formatura não é o ápice de um sonho somente dos alunos e dos professores do curso da UEPG, mas também da comunidade de uma cidade. “Tudo começou em 1968, com a publicação da criação da Faculdade de Medicina pelo então governador Paulo Pimentel. A cidade também lutou por 40 anos para ter seu curso de medicina”. Por isso, segundo o professor, a celebração dessa conquista. Mas, alerta que se trata de momento que aumenta a responsabilidade da equipe que atua no curso em direção de seu necessário amadurecimento.
“Precisamos preparar com qualidade nossos egressos, os médicos que saem da UEPG, para que possam enfrentar as necessidades que as ações da saúde impõem hoje no atendimento à população”. Fábio Mansani alerta que nossa saúde pública está ainda engatinhando, ressaltando que “apresentamos deficiências em todos os pontos e a grande responsabilidade que temos é a de preparar os nossos alunos para que levem a atenção à saúde a essa população tão necessitada de uma assistência médica de qualidade. Hoje há deficiência muito grande na saúde pública não só na quantidade, mas na qualidade dos serviços prestados à população”.
Ressaltando que a base do curso é formada na saúde pública e que se desenvolve dentro dessas comunidades, Ricardo Zanetti observa que os alunos de medicina da UEPG são precocemente inseridos nos serviços públicos, isto é, desde o primeiro ano e permanecem até o sexto ano. “São orientados dentro de diretrizes curriculares que focam a formação do generalista para o atendimento à saúde coletiva. Porém, há a necessidade de prepará-los também para outras possibilidades no exercício da medicina. Prepará-los para seguirem em direção da continuidade de seus estudos nas especialidades e aí entra a pós-graduação que estamos trabalhando em nível de mestrado para o preparo também à docência. Então, a UEPG não mais se contenta em apenas formá-los, mas em possibilitar a eles outras opções na área”.
Investimentos, humanização e sucessoDesde a implantação do curso houve o compromisso da inserção da área da saúde pública ou da saúde da família, como assinala Fabiana Mansani (foto). A professora observa que isso fez com que alunos tivessem a formação em estar sempre próximo da atenção ao paciente, ao longo dos seis primeiros anos do curso. Para que o curso possa melhorar constantemente em seus objetivos, Fábio Mansani aponta como importante a continuidade de investimentos do Governo do Paraná. “Temos ainda carências que precisam ser resolvidas tanto na parte humana como estrutural. O investimento que vem para o curso de Medicina acaba incrementando todos os outros cursos da área da saúde, e o crescimento do Hospital Universitário. E ainda temos novos cursos a serem implantados na área como Fisioterapia e Física Médica”.
Ao pontuar a satisfação com a formatura da primeira turma do curso, César Busato explica que, quando da criação do curso de medicina ocorreu uma capacitação pedagógica feita pela professora Neuza Postiglione Mansani – tanto para professores quanto alunos. A ação se voltou à humanização e ao atendimento aos pacientes. “Só há um jeito de atender ao paciente: bem e com humanidade”. Ricardo Zanetti salienta a importância da primeira turma para o curso. Os alunos são elementos importantes na história seguida pelo ciclo do curso. Eles nos motivaram em seus anseios e mostraram para nós rapidamente o que deveríamos corrigir para que chegássemos ao momento em que estamos agora. Dessa forma, colaboraram ativamente para que o sucesso do curso seja marcado em uma data – 10 de julho de 2015.
Formandos e homenageadosA cerimônia de colação de grau dos formandos da primeira turma do Curso de Medicina da UEPG registra a presença dos professores Delcio Caran Bartucci Filho (Paraninfo), Marcelo Derbli Schafranski (Patrono), José Koehler (homenageado como Nome de Turma e primeiro chefe do curso de Medicina), Ana Paula Ditzel (Paraninfa Espiritual), além de homenagens especiais aos professores Gilberto Baroni e Êrika Rodrigues, ao agente universitário Oscar Neri Matos e ao médico residente Jivago Sabatini.
O reitor da UEPG Carlos Luciano Sant’Anna Vargas preside a solenidade de formatura que reúne os 31 graduandos que participam do momento histórico na trajetória de seis anos do curso. A formanda Patrícia Rechetello Cavalheiro é a oradora da turma, enquanto Joelmir Colman presta o juramento em seu nome e na representação dos demais concluintes do curso de Medicina da UEPG.
Alexandre Bueno Merlini, Ana Lucia de Oliveira Prestes, Anne Caroline Hungaro, Beatriz Zampar, Camila Gabriella da Costa Belonci, Carolina Sartini Stocco, Cassim de Souza Anderle, Claudio Marciano Grabicoski, Dayana Talita Galdino, Douglas Squizatto Leite, Elaine Cristina Miglorini, Ewelyn Adriane Chaves de Araujo, Geisiela Araceli Campanerutti, Henrique Álvaro Hoffmann, Jissa Jeanete Luciano, Joelmir Colman, Josue Abrão Maftum, Juliana da Silva Geraldino, Lucas Kraeski Krum, Lucilene Fagundes da Silva Martins, Maria Fernanda Gauer, Mariana Sandri Schumacher, Matheus Kiszka Scheffer, Natalia Fabiane Ridão Curty, Natasha Lure Bueno de Camargo, Patricia Rechetello Cavalheiro, Rebecca Saray Marchesini Stival, Rodrigo Gomes Penha, Taysa Katelline Danilau Ostroski, Thiago Teza Merini, Tiago Francisco Meleiro Zubiolo, Vanessa Bertolli Lange.
O momento histórico do curso vai registrar também a participação dos professores Miguel Arcanjo de Freitas Junior, pró-reitor de Graduação; Silviane Buss Tupich, pró-reitor de Recursos Humanos; Fabiana Postiglione Mansani, chefe do Departamento de Medicina; e Ricardo Zanetti Gomes, coordenador do curso de Medicina. Também participam do evento Everton Augusto Krum, diretor geral do Hospital Universitário Regional dos Campos Gerais; Carlos Henrique Camargo, vice-coordenador do Curso de Medicina; César Roberto Busato, primeiro coordenador do Curso de Medicina; Jesiel Gilson Nikosky, conselheiro do Conselho Regional de Medicina do Paraná; José Artur Sgarbi, presidente da Associação Médica de Ponta Grossa; familiares e convidados.
A foto registra a aula inaugural de Medicina da UEPG, em 2009 | Veja, aqui, a história do Curso de Medicina da UEPG (da suspensão pelo ex-governador Roberto Requião, à reabertura) |
O professor César Busato recorda que o ato que fechou o curso não afetou os ânimos da população que fez campanha para a volta da escola de medicina. Como enfatiza, a comoção repercutiu até que, em 2006, o então governador Roberto Requião autorizou que se fizessem estudos para a implantação do curso de Medicina na UEPG. “Finalmente, em 2009, o curso foi aprovado e, então, iniciou-se a primeira turma. “Acho que essa luta aumenta a vontade da população de ver a primeira turma de medicina vivendo sua festa de formatura”.
Para Busato, trata-se da aspiração de uma comunidade que sempre teve a preocupação em contar com um curso de medicina de qualidade. Diz que: “com os resultados obtidos em seis anos, estamos tranquilos quanto aos profissionais que o curso da UEPG coloca para atuar na área da saúde”. Isso porque, como frisa, são formandos com qualidade de atuação não só em nível do curso e de apresentações, como em concursos públicos a que tem se submetidos, o que demonstra que estão aptos a se dedicar a uma vida de estudos e ações humanas na saúde.
Sonho em realidadeRicardo Zanetti Gomes (foto), coordenador do curso, diz: “Nós já entramos no futuro do curso. Iniciamos com o processo de planejamento, estamos finalizando o de implantação do curso e, para o futuro, o que se busca é a qualidade crescente de suas atividades”. O professor observa que a implantação teve algumas dificuldades, mas como o processo de planejamento do curso foi bem executado tanto do ponto de vista pedagógico quanto administrativo e de recursos financeiros pode-se vislumbrar momentos positivos à frente. “O tamanho do curso, a quantidade de profissionais envolvidos e a estrutura que foi necessária para o Hospital Universitário são pontos minimizados por esse preparo e pelo fato do curso ter sido implantado em uma instituição com mais de meio século de experiência no ensino superior. O que se vislumbra, agora, é a ênfase em melhorar o curso e a capacitação dos alunos em termos de pós-graduação que já tem projeto de mestrado para implantação na UEPG”.
A professora Fabiana Postiglione Mansani, diretora do Setor de Ciências Biológicas e da Saúde, assinala que 2015 é o ano para se viver um sonho que virou realidade. “Muitas coisas foram feitas em meio às dificuldades iniciais que tivemos ao longo da implantação do curso. Com o apoio do Colegiado, Departamento e Setor, conseguimos finalizar esta primeira etapa com a primeira turma se formando”. Fabiana ressalta que tudo começou, em 1963, com o primeiro decreto para a Faculdade de Medicina em Ponta Grossa. Num salto no tempo, a professora cita 2003, quando o caminho em direção ao curso começou com a sua documentação, e o momento em que o então vice-governador Orlando Pessuti, em 2007, assinou o decreto de reabertura dos trabalhos para a volta do curso.
Expansão, pacote e MestradoCom relação ao cenário do curso, hoje, Fábio Postiglione Mansani (foto), chefe do Departamento de Medicina da UEPG, posiciona como o principal ponto o amadurecimento de nosso hospital escola e o trabalho para a expansão das atividades do curso. Trata-se de projetos para o futuro que têm em seu conjunto a continuidade das adequações necessárias ao curso e ao seu próprio currículo, segundo Fábio. “O objetivo nosso é trazer para a UEPG todas as atividades relacionadas ao curso que, hoje, estão distribuídas em outros espaços”. Outro ponto que destaca como importante é a continuidade da busca pelo pacote que veio quando o curso foi aprovado, em 2007. Neste aspecto, a professora Fabiana frisa que, em 2008, o Governo do Paraná através da Seti, diz: “o curso está aprovado, vocês podem começar”. A professora explica que junto com a aprovação do curso veio o aporte financeiro de 15 milhões e 95 vagas para professores.
Fabiana prossegue, dizendo que “o pacote, na época, veio com a orientação de que o valor seria delegado durante os seis primeiros anos do curso, ou seja, no período de formação da primeira turma”. Como relata Ricardo Zanetti, o curso conta, atualmente, com 58 professores concursados e, em torno de 24 professores colaboradores. O que aponta para 13 vagas em aberto. Mas, segundo ele, deve-se atentar que os colaboradores deverão ser substituídos por professores efetivos. Neste aspecto, destaca a importância da implantação do mestrado em Ciências da Saúde de cunho interdisciplinar. “É significativo porque, aí, completamos outro ciclo onde habilitamos os nossos alunos a poderem fazer parte do quadro docente do curso, ou seja, trazer de volta egressos”.
Correção de rumos e satisfaçãoSobre o profissional formado em Medicina pela UEPG, César Busato diz que saem com conhecimentos básicos para exercer uma medicina ambulatorial que supra as necessidades da população carente desse serviço. “Naturalmente, quando se precisa de um atendimento especializado, eles estão aptos a iniciar um curso de pós-graduação em qualquer especialidade que pretendam. Podem sair daqui para fazer cirurgia plástica, ou seja, para fazer qualquer especialidade que vão se dar muito bem na residência e na formação”. Para o professor, os objetivos projetados para o curso foram plenamente atingidos e, na medida em que se desenvolviam surgiam novos desafios. “Quando tudo parecia seguir de forma positiva e firme percebíamos pontos que precisavam sofrer correções de rumo, ou seja, melhorar em muitas direções”.
Ainda acerca da questão, César Busato enfatiza que o sexto ano serviu para dar rumos a serem seguidos na formação das demais turmas do curso. Entende que, à medida que os anos vão passando, as novas turmas chegam melhores direcionadas. Ou seja, num crescente em relação a essa experiência inicial que nem sempre tinha melhores condições, como na falta de alguns laboratórios e melhor estrutura do próprio Hospital Universitário. “As próximas turmas virão com mais possibilidades e a pós-graduação vai vir para completar o atendimento que a UEPG pretende dar nessa área”.
A professora Fabiana destaca o momento da formatura da primeira turma como de satisfação em ver que o curso começou com professores da casa e com suporte de médicos que abraçaram a ideia e se integraram à docência. “Eles tomaram posse da ideia e ajudaram a montar o curso. A minha satisfação é ver que o grupo veio para fazer com que o curso avance sempre na busca da melhor formação para seus alunos”.
Formação e Saúde PúblicaPara Fábio Mansani, o momento da formatura não é o ápice de um sonho somente dos alunos e dos professores do curso da UEPG, mas também da comunidade de uma cidade. “Tudo começou em 1968, com a publicação da criação da Faculdade de Medicina pelo então governador Paulo Pimentel. A cidade também lutou por 40 anos para ter seu curso de medicina”. Por isso, segundo o professor, a celebração dessa conquista. Mas, alerta que se trata de momento que aumenta a responsabilidade da equipe que atua no curso em direção de seu necessário amadurecimento.
“Precisamos preparar com qualidade nossos egressos, os médicos que saem da UEPG, para que possam enfrentar as necessidades que as ações da saúde impõem hoje no atendimento à população”. Fábio Mansani alerta que nossa saúde pública está ainda engatinhando, ressaltando que “apresentamos deficiências em todos os pontos e a grande responsabilidade que temos é a de preparar os nossos alunos para que levem a atenção à saúde a essa população tão necessitada de uma assistência médica de qualidade. Hoje há deficiência muito grande na saúde pública não só na quantidade, mas na qualidade dos serviços prestados à população”.
Ressaltando que a base do curso é formada na saúde pública e que se desenvolve dentro dessas comunidades, Ricardo Zanetti observa que os alunos de medicina da UEPG são precocemente inseridos nos serviços públicos, isto é, desde o primeiro ano e permanecem até o sexto ano. “São orientados dentro de diretrizes curriculares que focam a formação do generalista para o atendimento à saúde coletiva. Porém, há a necessidade de prepará-los também para outras possibilidades no exercício da medicina. Prepará-los para seguirem em direção da continuidade de seus estudos nas especialidades e aí entra a pós-graduação que estamos trabalhando em nível de mestrado para o preparo também à docência. Então, a UEPG não mais se contenta em apenas formá-los, mas em possibilitar a eles outras opções na área”.
Investimentos, humanização e sucessoDesde a implantação do curso houve o compromisso da inserção da área da saúde pública ou da saúde da família, como assinala Fabiana Mansani (foto). A professora observa que isso fez com que alunos tivessem a formação em estar sempre próximo da atenção ao paciente, ao longo dos seis primeiros anos do curso. Para que o curso possa melhorar constantemente em seus objetivos, Fábio Mansani aponta como importante a continuidade de investimentos do Governo do Paraná. “Temos ainda carências que precisam ser resolvidas tanto na parte humana como estrutural. O investimento que vem para o curso de Medicina acaba incrementando todos os outros cursos da área da saúde, e o crescimento do Hospital Universitário. E ainda temos novos cursos a serem implantados na área como Fisioterapia e Física Médica”.
Ao pontuar a satisfação com a formatura da primeira turma do curso, César Busato explica que, quando da criação do curso de medicina ocorreu uma capacitação pedagógica feita pela professora Neuza Postiglione Mansani – tanto para professores quanto alunos. A ação se voltou à humanização e ao atendimento aos pacientes. “Só há um jeito de atender ao paciente: bem e com humanidade”. Ricardo Zanetti salienta a importância da primeira turma para o curso. Os alunos são elementos importantes na história seguida pelo ciclo do curso. Eles nos motivaram em seus anseios e mostraram para nós rapidamente o que deveríamos corrigir para que chegássemos ao momento em que estamos agora. Dessa forma, colaboraram ativamente para que o sucesso do curso seja marcado em uma data – 10 de julho de 2015.
Formandos e homenageadosA cerimônia de colação de grau dos formandos da primeira turma do Curso de Medicina da UEPG registra a presença dos professores Delcio Caran Bartucci Filho (Paraninfo), Marcelo Derbli Schafranski (Patrono), José Koehler (homenageado como Nome de Turma e primeiro chefe do curso de Medicina), Ana Paula Ditzel (Paraninfa Espiritual), além de homenagens especiais aos professores Gilberto Baroni e Êrika Rodrigues, ao agente universitário Oscar Neri Matos e ao médico residente Jivago Sabatini.
O reitor da UEPG Carlos Luciano Sant’Anna Vargas preside a solenidade de formatura que reúne os 31 graduandos que participam do momento histórico na trajetória de seis anos do curso. A formanda Patrícia Rechetello Cavalheiro é a oradora da turma, enquanto Joelmir Colman presta o juramento em seu nome e na representação dos demais concluintes do curso de Medicina da UEPG.
Alexandre Bueno Merlini, Ana Lucia de Oliveira Prestes, Anne Caroline Hungaro, Beatriz Zampar, Camila Gabriella da Costa Belonci, Carolina Sartini Stocco, Cassim de Souza Anderle, Claudio Marciano Grabicoski, Dayana Talita Galdino, Douglas Squizatto Leite, Elaine Cristina Miglorini, Ewelyn Adriane Chaves de Araujo, Geisiela Araceli Campanerutti, Henrique Álvaro Hoffmann, Jissa Jeanete Luciano, Joelmir Colman, Josue Abrão Maftum, Juliana da Silva Geraldino, Lucas Kraeski Krum, Lucilene Fagundes da Silva Martins, Maria Fernanda Gauer, Mariana Sandri Schumacher, Matheus Kiszka Scheffer, Natalia Fabiane Ridão Curty, Natasha Lure Bueno de Camargo, Patricia Rechetello Cavalheiro, Rebecca Saray Marchesini Stival, Rodrigo Gomes Penha, Taysa Katelline Danilau Ostroski, Thiago Teza Merini, Tiago Francisco Meleiro Zubiolo, Vanessa Bertolli Lange.
O momento histórico do curso vai registrar também a participação dos professores Miguel Arcanjo de Freitas Junior, pró-reitor de Graduação; Silviane Buss Tupich, pró-reitor de Recursos Humanos; Fabiana Postiglione Mansani, chefe do Departamento de Medicina; e Ricardo Zanetti Gomes, coordenador do curso de Medicina. Também participam do evento Everton Augusto Krum, diretor geral do Hospital Universitário Regional dos Campos Gerais; Carlos Henrique Camargo, vice-coordenador do Curso de Medicina; César Roberto Busato, primeiro coordenador do Curso de Medicina; Jesiel Gilson Nikosky, conselheiro do Conselho Regional de Medicina do Paraná; José Artur Sgarbi, presidente da Associação Médica de Ponta Grossa; familiares e convidados.
Nenhum comentário:
Postar um comentário