Gabriel Sartini | Ponta
Grossa | 22/11/2014 às 09:34h
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Ações são divulgadas em
grupos no WhatsApp e no Facebook. Medida não é considerada crime, mas atrapalha
fiscalizações, além de ser tida “má fé” pelas autoridades do setor
Uma atitude mais que comum entre os motoristas de Ponta Grossa tem sido
motivo de preocupação por parte de autoridades policias. Grupos no Facebook e no
WhatsApp divulgam com frequência a localização de blitz de trânsito realizadas
em Ponta Grossa – existem até mesmo grupos específicos para esse fim. Mesmo não
sendo considerada crime, a atitude atrapalha as operações policiais, coloca em
risco os próprios cidadãos e é classificada como “má fé” pelas autoridades.Durante essa semana, duas grandes blitz foram realizadas pela Polícia Militar na cidade – uma na região da Nova Rússia e outra em Vila Oficinas. Antes mesmo de passarem pelo local, vários motoristas já sabiam das operações conjuntas entre a Polícia Militar e a Receita Federal. Para o delegado chefe da 13ª Subdivisão Policial de Ponta Grossa, Danilo Cesto, as atitudes de divulgação não podem ser consideradas crime, mas são má fé por parte do cidadão. “Não existe uma tipificação no código penal em que se possa enquadrar isso como crime. Mas tal atitude é prejudicial à própria sociedade”, argumenta Danilo.
O comandante do Pelotão de Choque da Polícia Militar em Ponta Grossa, 1º Tenente Aurélio de Santa Clara, também aponta para uma atitude “autodestruitiva” dos cidadãos, já que eles mesmos são os prejudicados e conta que o hábito é antigo no Brasil. “A Polícia está na rua fazendo o trabalho para defender a população. Quando o próprio cidadão denuncia a presença da autoridade em uma fiscalização, quem sai prejudicado é ele mesmo. Um carro irregular que não é preso pode muito bem causar um acidente metros depois do local da blitz e matar alguém. Isso já acontecia antes da chegada da internet”, explica.
Má fé causa prejuízo financeiro
Além da falta de efetividade das ações anunciadas nas redes sociais, também existe prejuízo financeiro. Danilo Cesto lembra que o uso de viaturas consomem recursos para o estado. “Quando a sociedade mina o trabalho das forças policias é como se estivéssemos jogando dinheiro fora. Toda vez que uma blitz é denunciada, um cidadão de má índole pode estar escapando da Justiça”, explicou Danilo.
Informações do Jornal da Manhã.
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