Ivan Amorim/ Gazeta do Povo
Saudosismo alimenta novo clássico do café
Itamar Bellasalma, campeão pelo Maringá em 77, e Neneca, goleiro londrinense no título de 81, veem pouca semelhança no duelo atual com o passado vitorioso das duas cidades
06/04/2014 | 00:02 | Gustavo Ribeiro, enviado especial
Roberto Custódio/Jornal de Londrina
O goleiro Neneca destaca a qualidade técnica do Londrina campeão paranaense de 1981
Treinadores confiam em jogo ‘igual’
É consenso entre os treinadores de Londrina e Maringá que o primeiro jogo da final hoje, às 16 horas, no Estádio do Café, será marcado pelo equilíbrio. Tanto que ninguém sequer jogou o favoritismo para o outro lado para tentar tirar a responsabilidade pela vitória. Reflexo das campanhas da dupla: a Zebra somou 26 pontos até agora e o Tubarão 25.“Precisamos ter consciência de que o adversário possui um time muito forte e qualificado”, analisa o técnico do Londrina, Cláudio Tencati, que espera um fechamento diferente em relação ao ano passado, quando a equipe ficou em terceiro lugar no Estadual.
Jogando fora de casa, o Maringá vai tentar arrancar pelo menos um empate para levar alguma vantagem para o Estádio Willie Davids no próximo domingo. “A nossa estratégia é sair no contra-ataque. Se no final estiver empatado, vamos cadenciar o jogo. Vai ser um jogo muito difícil”, projeta.
Quase a mesma situação do Londrina de 1981, que foi passando pelos adversários da capital com facilidade. Na final encontrou exatamente o Grêmio Maringá. Uma vitória no Willie Davids por 3 a 2 e outra no Café por 2 a 1 deu o segundo título estadual ao Tubarão – o tri veio em 1992.
Em campo, em 81, estava o goleiro Neneca. “Aquele time era muito diferente desse de hoje. Tinha mais qualidade, mais jogadores decisivos. Olha só, tinha Carlos Henrique, Carlos Alberto Garcia, Paulinho, Nivaldo, Zé Dias… Era sensacional”, recorda. Se as equipes de hoje não são insinuantes como as de antigamente, só o fato de voltarem a decidir um título depois de 22 anos é motivo de comemoração – a última final com times do interior foi em 1992, quando o LEC bateu o União Bandeirante.
“É gratificante ver esse fortalecimento do interior. E chegaram com méritos. O interior fica muito esquecido quando não tem título e agora o próprio campeonato fica mais competitivo e atraente para os torcedores”, comenta Itamar, que até hoje é reconhecido e parabenizado pelas ruas de Maringá.
Os dois são muito ligados às cidades onde foram campeões. Até por isso cada um faz um prognóstico para a decisão com uma parcialidade flagrante. “Vai ser um jogo difícil, com certeza. Mas acho que o Londrina vem fazendo um bom final de campeonato e está mais inteiro”, projeta Neneca. Do outro lado, Itamar joga o favoritismo para Maringá. “A cidade está precisando disso e seria bonito o Maringá vencer. É uma equipe com bons jogadores e tem tudo para vencer.”
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