Com base em edições anteriores, a estimativa da Copel é que o horário de verão contribua para reduzir em 4,5% os níveis máximos de demanda por energia elétrica entre às 18h e às 21h. Isso corresponde a dispensar a injeção de 200 megawattts de potência no sistema elétrico estadual durante as horas de intenso consumo simultâneo. Tal valor equivale à demanda máxima de uma cidade como Maringá.
Redução da demanda
Ao contrário do que muita gente pensa, a principal finalidade do horário de verão não é reduzir o consumo de eletricidade, mas distribuir de maneira mais racional a elevação da demanda das diversas classes consumidoras durante o horário de ponta, aliviando as condições de operação de instalações como usinas geradoras, subestações e linhas de transmissão.
Embora exista redução nos níveis de consumo, ela é da ordem de 0,5%, em decorrência da maior disponibilidade de iluminação natural, o que permite reduzir o tempo de uso de lâmpadas.
A lógica do horário de verão é simples. O adiantamento dos relógios em uma hora durante o período do ano em que os dias são mais longos altera as curvas máximas de demanda no final do dia, oferecendo uma folga operacional às unidades geradoras. Por exemplo, a ativação dos sistemas de iluminação pública – cujas lâmpadas são acionadas automaticamente ao escurecer, independentemente da hora do dia – só acontece depois de encerrado o expediente na maior parte dos escritórios e indústrias e de superado o momento de maior demanda nas residências.
No entanto, a forte demanda de energia entre às 14h e às 17h nos últimos verões – causada pela popularização e maior uso de equipamentos de refrigeração – tem sido responsável por deslocar o pico de consumo de energia para este horário nos meses mais quentes. Como o horário de verão tem efeito apenas nos consumos ao fim do dia, ao longo da tarde é importante que as pessoas façam uso racional de ar-condicionado e demais equipamentos elétricos.
HistóricoEsta será a 41a vez que o horário de verão será adotado no País. A história da medida no Brasil começou na década de 30, pelas mãos do então presidente Getúlio Vargas. Sua versão de estreia durou quase meio ano, em vigor de 3 de outubro de 1931 até 31 de março de 1932.
Nos 35 anos seguintes, a medida foi instituída em nove oportunidades – em 1932, de 1949 a 1952, em 1963 e de 1965 a 1967. Depois de muito tempo esquecido, o horário de verão ressurgiu em 1985, por decreto do presidente José Sarney, sendo adotado desde então.
Em 2008, foi editado o Decreto 6558, que estabeleceu regras duradouras para a aplicação do horário de verão, como a área de abrangência e época para início e término. Assim, ficou determinado que o horário de verão será aplicado nos estados do Sul, Sudeste e Centro-Oeste do País, incluindo o Distrito Federal, com início sempre no terceiro domingo de outubro e encerramento no terceiro domingo de fevereiro do ano seguinte – a menos que este seja o domingo de Carnaval. Nesse caso, o final do horário de verão fica adiado para o final de semana seguinte, como acontecerá em 2016.
Nenhum comentário:
Postar um comentário