quinta-feira, 22 de outubro de 2015

MULHER NO FUTEBOL - r7.com veiculou

Mulher na presidência é destaque em novato da Série B

Tupi garantiu o acesso para 2016 em jogo tenso contra o ASA de Arapiraca
Do R7
Torcedores cercaram o ônibus do Tupi na comemoraçãoMARCELO RIBEIRO/TRIBUNA DE MINAS/ESTADÃO CONTEÚDO
O Tupi fez história na última segunda-feira (19) ao derrotar o ASA, por 2 a 1, em Arapiraca, e garantir o acesso para a Série B do Campeonato Brasileiro de 2016. Em mais de 100 anos de tradição do Galo Carijó, esta é a maior conquista da história do time mineiro.
“Foi uma festa muito linda, a ficha ainda está caindo”, revela a presidente do Tupi, Myrian Fortuna. “Depois do jogo ninguém conseguiu se acalmar com tanta adrenalina. Os poucos torcedores, que para nós parecia uma multidão, que foram de Juiz de Fora para Alagoas comemoraram muito na porta do hotel”.
Após fazer uma brilhante campanha na primeira fase, onde a equipe esteve no G4 durante toda fase classificatória, o Tupi bateu o ASA em duas partidas válidas pelas quartas de final e garantiu, além do acesso, a classificação para a semifinal da Série B. Na próxima fase o Galo Carijó enfrenta o Londrina; Brasil de Pelotas e Vila Nova fazem o outro duelo.
Mas, a batalha do Tupi não foi nada fácil. “O jogo estava carregado de tensão”, lembra a presidente mineira. “Saíram algumas inverdades na imprensa local que acabou criando um clima nervoso para a partida. Disseram que nós não gostávamos de nordestinos”.
De fato, o clima foi bastante quente. Depois da vitória por 2 a 1 em Arapiraca, os jogadores do time mineiro não puderam tomar banho porque faltou água no vestiário da equipe. Curiosamente o restante do Estádio Coaracy Fonseca não sofreu com o mesmo problema.
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Presidente (à esq.) posa ao lado da Musa do Galo CarijóReprodução
Única entre as feras
Myriam Fortuna é única mulher presidente de um clube nas primeiras divisões do Campeonato Brasileiro. Antes de exercer a posição de mandatária em seu time do coração trabalhou como nutricionista e diretora social do clube. Já são 10 anos trabalhando no Galo.
“Um ex-treinador me mandou uma mensagem nesta semana dizendo que não se esquecia dos recados que eu deixava quando era nutricionista para os jogadores na mesa de café da manhã. Isso é bacana. Acho que este aspecto feminino traz um lado mais humano para o futebol. O Tupi é um time humano, somos uma família. Os jogadores me chamam de ‘mãezona’”.
Para o ano que vem os planos da diretoria ainda não começaram. Antes o Tupi segue na busca pelo título da Terceira Divisão. Questionada se o clube pensa em medalhões como Adriano ou Ronaldinho Gaúcho para a Série B, Myriam desconversou. “Respeito todos estes jogadores, mas vamos com calma. Primeiro temos a fase decisiva pela frente e o Londrina é um adversário duríssimo. Depois nós pensamos no ano que vem. O objetivo é manter os jogadores que estão conosco”.
As semifinais da Série C do Campeonato Brasileiro começam neste sábado (24) quando o Tupi receberá o Londrina em Juiz de Fora. Vila Nova e Brasil se enfrentarão na segunda (26) no Serra Dourada.

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