Vereadores aprovam relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Mercado da Família e responsabilizam ex-secretário e diretores por desvios no programa
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Mercado da Família apresentou ontem o relatório final das investigações sobre o desvio de recursos na Prefeitura de Ponta Grossa. Os vereadores incluíram toda a cúpula da Secretaria de Abastecimento, que atuou entre 2013 e 2014, no rol de responsáveis pelo desvio de R$ 727 mil do programa municipal.
Os ex-diretores financeiros do Abastecimento, Márcio Ribeiro Ferreira – o ‘Chokito’ – e Robson Lendzion foram apontados pela CPI como responsáveis diretos pelos desfalques de denunciados por peculato – apropriação ou desvio de recursos públicos em proveito próprio ou alheio.
Além dos dois, a CPI pediu a responsabilização solidária da ex-diretora administrativa da pasta, Patrícia Di Mário, da supervisora Edina Vitkoski e também do ex-secretário de Abastecimento Sérgio Zadorosny Filho. O relatório prevê que os três contribuam com o ressarcimento dos cofres públicos.
Em resposta ao Jornal da Manhã, o ex-secretário disse que não comentaria o relatório. “Mas desde o primeiro momento em que tive conhecimento do caso, pedi a sindicância, o levantamento da Controladoria, levei a denúncia aos órgãos competentes e ao próprio presidente da CPI, para auxiliar os trabalhos”, afirmou Serginho.
Advogado de Chokito, Fernando Madureira negou a participação do ex-direto no esquema. “A princípio, as provas apontam somente ao Robson, que foi caracterizado nas imagens sacando o dinheiro da secretaria”, disse. “Quem pediu para colocar a câmera foi o próprio Márcio (Chokito)”, completou.
Já o advogado de Lendzion, Emerson Dickel, ressaltou que durante o período que o mesmo atuou na direção financeira foi identificada uma diferença de R$ 131 mil nos fundos do Abastecimento, enquanto na gestão de Chokito os desvios somaram R$ 595 mil. Dickel também disse que Lendzion se colocou à disposição da CPI para fazer uma acareação com Chokito e assegurou a inocência do ex-diretor. “O Sr. Robson Lendzion não é acusado formalmente de nada. Portanto, inocente até que se prove o contrário”, concluiu.
A reportagem do JM tentou contato com a ex-diretora Patrícia e a servidora Edina, que não foram localizadas até o fechamento desta edição. O relatório da CPI será encaminhado para o Ministério Público (MP).
ABASTECIMENTO
Inquérito pede extinção de pasta
Além da responsabilização da antiga cúpula do Abastecimento, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Mercado da Família incluiu no relatório final uma série de recomendações ao prefeito Marcelo Rangel (PPS), entre elas, a extinção da pasta e reformulação do programa social. Segundo o presidente da CPI, Izaías Salustiano (PSDC), a investigação identificou prejuízos ao Governo Municipal. “Em razão disso, pedimos a extinção imediata da Secretaria de Abastecimento com a transferência do Feira Verde para a Secretaria de Agricultura”, disse. “Considerando que o programa Mercado da Família não tem atingido sua finalidade na plenitude, aliado ao fato de que é uma atividade preponderante à iniciativa privada, pedimos que o Executivo encontre outras formas de atender à população”, completou. De acordo com o relatório, as verbas remanescentes do Abastecimento devem ser remanejadas a outras pastas. Para este ano, o orçamento previsto à secretaria é de R$ 24 milhões.
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Mercado da Família apresentou ontem o relatório final das investigações sobre o desvio de recursos na Prefeitura de Ponta Grossa. Os vereadores incluíram toda a cúpula da Secretaria de Abastecimento, que atuou entre 2013 e 2014, no rol de responsáveis pelo desvio de R$ 727 mil do programa municipal.
Os ex-diretores financeiros do Abastecimento, Márcio Ribeiro Ferreira – o ‘Chokito’ – e Robson Lendzion foram apontados pela CPI como responsáveis diretos pelos desfalques de denunciados por peculato – apropriação ou desvio de recursos públicos em proveito próprio ou alheio.
Além dos dois, a CPI pediu a responsabilização solidária da ex-diretora administrativa da pasta, Patrícia Di Mário, da supervisora Edina Vitkoski e também do ex-secretário de Abastecimento Sérgio Zadorosny Filho. O relatório prevê que os três contribuam com o ressarcimento dos cofres públicos.
Em resposta ao Jornal da Manhã, o ex-secretário disse que não comentaria o relatório. “Mas desde o primeiro momento em que tive conhecimento do caso, pedi a sindicância, o levantamento da Controladoria, levei a denúncia aos órgãos competentes e ao próprio presidente da CPI, para auxiliar os trabalhos”, afirmou Serginho.
Advogado de Chokito, Fernando Madureira negou a participação do ex-direto no esquema. “A princípio, as provas apontam somente ao Robson, que foi caracterizado nas imagens sacando o dinheiro da secretaria”, disse. “Quem pediu para colocar a câmera foi o próprio Márcio (Chokito)”, completou.
Já o advogado de Lendzion, Emerson Dickel, ressaltou que durante o período que o mesmo atuou na direção financeira foi identificada uma diferença de R$ 131 mil nos fundos do Abastecimento, enquanto na gestão de Chokito os desvios somaram R$ 595 mil. Dickel também disse que Lendzion se colocou à disposição da CPI para fazer uma acareação com Chokito e assegurou a inocência do ex-diretor. “O Sr. Robson Lendzion não é acusado formalmente de nada. Portanto, inocente até que se prove o contrário”, concluiu.
A reportagem do JM tentou contato com a ex-diretora Patrícia e a servidora Edina, que não foram localizadas até o fechamento desta edição. O relatório da CPI será encaminhado para o Ministério Público (MP).
ABASTECIMENTO
Inquérito pede extinção de pasta
Além da responsabilização da antiga cúpula do Abastecimento, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Mercado da Família incluiu no relatório final uma série de recomendações ao prefeito Marcelo Rangel (PPS), entre elas, a extinção da pasta e reformulação do programa social. Segundo o presidente da CPI, Izaías Salustiano (PSDC), a investigação identificou prejuízos ao Governo Municipal. “Em razão disso, pedimos a extinção imediata da Secretaria de Abastecimento com a transferência do Feira Verde para a Secretaria de Agricultura”, disse. “Considerando que o programa Mercado da Família não tem atingido sua finalidade na plenitude, aliado ao fato de que é uma atividade preponderante à iniciativa privada, pedimos que o Executivo encontre outras formas de atender à população”, completou. De acordo com o relatório, as verbas remanescentes do Abastecimento devem ser remanejadas a outras pastas. Para este ano, o orçamento previsto à secretaria é de R$ 24 milhões.
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