Aniele Nascimento/Agência de Notícias Gazeta do Povo
Como parte do ato, funcionários da estatal bloquearam a rua
Coronel Dulcídio, em frente à sede da empresa Protesto de funcionários da Copel termina em confusão no Batel
PM foi chamada para liberar o trânsito na rua Coronel Dulcídio
e usou spray de pimenta para dispersar os manifestantes; via permanece
bloqueada
22/11/2012 | 08:43 | Gazeta do Povo, com informações de Aniele Nascimento atualizado em 22/11/2012 às 11:10
A interdição começou por volta das 8h50 desta quinta-feira (22), quando os funcionários bloquearam a via na altura da esquina com a rua Comendador Araújo, em frente à sede da empresa na capital. Eles protestavam na frente por reajuste salarial maior do que o oferecido pela estatal.
Aniele Nascimento/Agência de Notícias Gazeta do Povo
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Empregados da estatal usaram cartazes e narizes de palhaço para
protestar por um reajuste salarial maior
Apesar de considerar legítimo o direito da manifestação dos funcionários, a diretora de gestão corporativa da Copel, Yara Eisenbach, afirmou à Gazeta do Povo que, devido às condições econômicas e financeiras da companhia, será impossível atender às reivindicações que estão sendo feitas. “Nós estamos achando desproporcional chamar a nossa proposta de indecorosa. A Copel é uma empresa que respeita muito os seus empregados e também os remunera muito bem.”
De acordo com Yara, hoje, além dos respectivos salários, os trabalhadores da companhia recebem uma série de benefícios que incrementam o valor total recebido mensalmente, o que, comparado a outras empresas do setor, significa “uma valorização muito grande”.
A diretora ressaltou ainda que a população pode ficar tranquila, porque o protesto não vai atingir os serviços de energia elétrica no estado.
Paralisação
O ato no Batel faz parte da paralisação das atividades dos empregados, que ocorre nesta quinta-feira. Segundo a representação dos trabalhadores, trata-se de uma “paralisação de advertência” contra o que chamaram de “proposta indecorosa” da empresa e do governo, seu principal acionista. Os empregados querem um reajuste salarial de 8,5% – o que representa um aumento real de pouco menos de 3%. A estatal, no entanto, ofereceu somente o repasse da inflação em 12 meses, de 5,58%.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Engenheiros do Paraná (Senge-PR), Ulisses Kaniak, estima-se que 70% dos trabalhadores não estejam nos seus postos de serviço nesta quinta-feira e que cerca de 300 pessoas estejam participando da manifestação em frente à sede da empresa.
Além disso, segundo o diretor, um balanço inicial informou que 200 funcionários estão parados em Cascavel, e outros 150 em Londrina e também em Maringá. “Estamos mantendo mesmo só o essencial”, afirmou.
Segundo comunicado conjunto dos 15 sindicatos que representam 99% dos mais de 9 mil empregados da empresa, esta será a primeira parada nos serviços em 23 anos. Os representantes dos trabalhadores afirmam que vão seguir a lei, mantendo pelo menos 30% do quadro da empresa trabalhando.
A paralisação foi aprovada por 73,5% dos votos válidos em assembleias realizadas pelos funcionários em todo o estado.
Outro lado
Às 9h45, a reportagem da Gazeta do Povo entrou em contato com a Copel, que disse que apenas uma pessoa está autorizada a falar pela empresa neste caso, mas ela não poderia falar no momento.
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