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Fiascos recentes fazem Felipão começar nova "família Scolari" sem homens de confiança

 

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• Sergio Moraes/Reuters
  Scolari foi apresentado na quinta-feira como novo técnico da seleção brasileira

Em sua vitoriosa primeira passagem pela seleção, Felipão emplacou a "Família Scolari" apoiado em um começo de trabalho com um grupo cheio de jogadores que já haviam passado pelas suas mãos. Dez anos depois, o técnico retorna à equipe nacional sem poder dar a largada com a segurança do mesmo artifício.
A segunda "Família Scolari" começa sem filhos, já que nos últimos anos o novo treinador da seleção passou fora do país e no comando do Palmeiras, em um trabalho de pouco destaque, a despeito do título da Copa do Brasil. O gaúcho deixou o Palestra Itália após duas temporadas sem conviver com nenhum 'selecionável', num time que despencou até a Série B do Brasileiro.

EVOLUÇÃO DA FAMÍLIA SCOLARI

SEIS FILHOS Felipão estreia contra o Uruguai em Montevidéu, em jogo das eliminatórias. Derrota por 1 a 0 em 1º de julho de 2001. Jogadores que já haviam atuado com Scolari em clubes: Marcos, Cris, Roque Júnior, Emerson, Jardel e Euller

OITO FILHOS Seleção de Felipão estreia na Copa América de 2011 em 12 de julho, com derrota por 1 a 0 para o México. Jogadores que já haviam atuado com Scolari em clubes: Marcos, Cris, Roque Júnior, Roger, Emerson, Alex, Geovanni e Jardel

DOIS FILHOS Era Scolari termina na final da Copa de 2002, com vitória sobre a Alemanha por 2 a 0 em Yokohama. Jogadores que já haviam atuado com Scolari em clubes: Marcos e Roque Júnior

Assim, Felipão não tem como repetir a medida de sua primeira estreia na seleção. O treinador gaúcho debutou em julho de 2001 como substituto de Emerson Leão com derrota para o Uruguai por 1 a 0 em Montevidéu, pelas eliminatórias. No compromisso, usou seis atletas que já haviam atuado sob seu comando em clubes.
Duas semanas depois Felipão partiu para a Copa América da Colômbia, estreando com nova derrota por 1 a 0, desta vez para o México. Nesta partida o treinador utilizou oito jogadores que já haviam passado por suas mãos (Grêmio, Palmeiras e Cruzeiro).
Mas, à medida que a Copa de 2002 foi se aproximando, Felipão acabou retendo no grupo apenas seus jogadores de clube mais confiáveis, aqueles que conseguiram dar alguma resposta jogando de amarelo. Foram os casos específicos do goleiro Marcos e do zagueiro Roque Júnior, integrante de sua linha de três defensores no Mundial.
Antes da Copa, Scolari ainda perdeu Emerson, volante que começara a jogar com o técnico na equipe principal do Grêmio em meados dos anos 90. Titular, o atleta ficou fora do Mundial em razão de uma lesão em um treino poucos dias antes da estreia.
Desta vez, o máximo de repetição que Scolari pode conseguir em relação a jogadores é em relação a eventuais aproveitamentos de Ronaldinho e Kaká, nomes remanescentes da Copa de 2002.
A estreia de Luiz Felipe Scolari como técnico da seleção acontecerá em 6 de fevereiro, no amistoso contra a Inglaterra em Wembley, Londres. Como de praxe, a convocação para o compromisso deve ser efetuada duas semanas antes da partida.
Antes disso, neste final de semana, o técnico representa a seleção brasileira na cerimônia de sorteio dos grupos da Copa das Confederações 2013. O evento ocorre neste sábado em São Paulo.