Publicado em: 21/02/2013 - 00:00 | Atualizado em: 20/02/2013 - 19:16
Patrícia Biazetto
O golpe da casa própria fez novas vítimas em Ponta Grossa, a maioria delas moradores da Palmeirinha.O acusado também era morador do bairro e ludibriava as vítimas se passando por uma pessoa cristã. Após o golpe, o homem deixou a casa que alugava e está foragido. A casa oferecida pelo golpista fica na Vila Cipa.
Uma das vítimas é Matusalem Vozivoda, morador da Palmeirinha. Ele afirma que o acusado ludibriava as vítimas se passando por uma pessoa cristã. “Ele frequentou a casa de alguns ‘irmãos’ do bairro, esteve dentro da minha casa para consertar uma máquina de lavar roupas. Em nenhum momento desconfiamos de alguma coisa, pois andava com a bíblia embaixo do braço”, diz inconformado. Vozivoda perdeu no golpe cerca de R$ 300, mas comenta que outras vítimas chegaram a perder em torno de R$ 900. “Eu e minha esposa achamos que o valor era baixo para ser golpe e acabamos sendo vítimas da casa própria”, diz.
Vozivoda, que mora em uma casa alugada na Palmeirinha, recebeu a proposta de aquisição de uma nova residência, desta vez na Vila Cipa, na última sexta-feira. “Ele me disse que Deus tinha tocado seu coração para me arrumar a casa na Vila Cipa e que no domingo iríamos conhecê-la”, cita. A vítima diz que foi juntamente com golpista até a Vila Cipa para conhecer a casa. “Quando chegamos ao local ele me disse que não poderíamos entrar porque ele estava sem as chaves e que, na terça-feira, poderíamos fazer a visita interna”, relata. Segundo Vozivoda, após a visita, o homem solicitou as fotocópia de seus documentos pessoais, como CPF, RG, comprovante de residência e Certidão de Nascimento dos filhos menores de 14 anos de idade, além de R$ 300 em dinheiro para obter toda a documentação referente à casa. “Na segunda-feira entreguei o dinheiro para o golpista, que ainda me deu um recibo. Uma hora depois ele me ligou dizendo que deu tudo certo e marcou de se encontrar comigo no dia seguinte”, conta Vozivoda. Ao pesquisar o número do CPF do golpista na internet, a vítima constatou que ele era inválido. “A partir desse momento eu comecei a ligar no celular dele, mas ele não atendia mais. Também fui à casa onde ele estava morando, mas ele não foi encontrado. Posteriormente, fui avisado por um amigo em comum que ele havia se mudado”, fala inconformada a vítima.
Um casal, morador do bairro San Martin, também caiu no golpe e perdeu R$ 800. Alex de Mattos Pamoceno e a esposa conheceram a casa oferecida pelo acusado na semana passada, a mesma apresentada a outras vítimas. “Também conheci a casa só do lado de fora porque ele alegou que estava sem as chaves. Após a visita, repassei R$ 800 para ele, que prometeu agilizar o processo com um ‘padrinho’ que ele tinha dentro de uma agência bancária. No final das contas, acabei perdendo dinheiro e ficando sem a casa”, diz o homem que também foi atrás do acusado, porém não o encontrou. “Temos a informação que ele está morando em Curitiba, na casa da sogra”, acrescenta. Conforme informações de outras vítimas do golpe, o acusado justificava a necessidade de vender a casa, pois sua esposa já teria sido sorteada pela Prolar.
Alerta
Polícia aconselha mais atenção
O delegado Marcus Vinicius Sebastião, que acompanha outros golpes da casa própria em Ponta Grossa, disse ontem ao DC que, se as acusações procederem, o acusado pode responder pelos crimes de estelionato, falsidade ideológica e documental, entre outros crimes. “Normalmente os golpistas usam nomes e documentos falsos. Certamente o delegado que responde pelo distrito da região vai instaurar inquérito para investigar o caso”, diz. Ele alerta as pessoas que receberem propostas duvidosas. “O mais correto é verificar a situação no Registro de Imóveis e na prefeitura. Quem alimenta o estelionatário é a vítima, portanto todo cuidado é pouco”.
O golpe da casa própria fez novas vítimas em Ponta Grossa, a maioria delas moradores da Palmeirinha.O acusado também era morador do bairro e ludibriava as vítimas se passando por uma pessoa cristã. Após o golpe, o homem deixou a casa que alugava e está foragido. A casa oferecida pelo golpista fica na Vila Cipa.
Uma das vítimas é Matusalem Vozivoda, morador da Palmeirinha. Ele afirma que o acusado ludibriava as vítimas se passando por uma pessoa cristã. “Ele frequentou a casa de alguns ‘irmãos’ do bairro, esteve dentro da minha casa para consertar uma máquina de lavar roupas. Em nenhum momento desconfiamos de alguma coisa, pois andava com a bíblia embaixo do braço”, diz inconformado. Vozivoda perdeu no golpe cerca de R$ 300, mas comenta que outras vítimas chegaram a perder em torno de R$ 900. “Eu e minha esposa achamos que o valor era baixo para ser golpe e acabamos sendo vítimas da casa própria”, diz.
Vozivoda, que mora em uma casa alugada na Palmeirinha, recebeu a proposta de aquisição de uma nova residência, desta vez na Vila Cipa, na última sexta-feira. “Ele me disse que Deus tinha tocado seu coração para me arrumar a casa na Vila Cipa e que no domingo iríamos conhecê-la”, cita. A vítima diz que foi juntamente com golpista até a Vila Cipa para conhecer a casa. “Quando chegamos ao local ele me disse que não poderíamos entrar porque ele estava sem as chaves e que, na terça-feira, poderíamos fazer a visita interna”, relata. Segundo Vozivoda, após a visita, o homem solicitou as fotocópia de seus documentos pessoais, como CPF, RG, comprovante de residência e Certidão de Nascimento dos filhos menores de 14 anos de idade, além de R$ 300 em dinheiro para obter toda a documentação referente à casa. “Na segunda-feira entreguei o dinheiro para o golpista, que ainda me deu um recibo. Uma hora depois ele me ligou dizendo que deu tudo certo e marcou de se encontrar comigo no dia seguinte”, conta Vozivoda. Ao pesquisar o número do CPF do golpista na internet, a vítima constatou que ele era inválido. “A partir desse momento eu comecei a ligar no celular dele, mas ele não atendia mais. Também fui à casa onde ele estava morando, mas ele não foi encontrado. Posteriormente, fui avisado por um amigo em comum que ele havia se mudado”, fala inconformada a vítima.
Um casal, morador do bairro San Martin, também caiu no golpe e perdeu R$ 800. Alex de Mattos Pamoceno e a esposa conheceram a casa oferecida pelo acusado na semana passada, a mesma apresentada a outras vítimas. “Também conheci a casa só do lado de fora porque ele alegou que estava sem as chaves. Após a visita, repassei R$ 800 para ele, que prometeu agilizar o processo com um ‘padrinho’ que ele tinha dentro de uma agência bancária. No final das contas, acabei perdendo dinheiro e ficando sem a casa”, diz o homem que também foi atrás do acusado, porém não o encontrou. “Temos a informação que ele está morando em Curitiba, na casa da sogra”, acrescenta. Conforme informações de outras vítimas do golpe, o acusado justificava a necessidade de vender a casa, pois sua esposa já teria sido sorteada pela Prolar.
Alerta
Polícia aconselha mais atenção
O delegado Marcus Vinicius Sebastião, que acompanha outros golpes da casa própria em Ponta Grossa, disse ontem ao DC que, se as acusações procederem, o acusado pode responder pelos crimes de estelionato, falsidade ideológica e documental, entre outros crimes. “Normalmente os golpistas usam nomes e documentos falsos. Certamente o delegado que responde pelo distrito da região vai instaurar inquérito para investigar o caso”, diz. Ele alerta as pessoas que receberem propostas duvidosas. “O mais correto é verificar a situação no Registro de Imóveis e na prefeitura. Quem alimenta o estelionatário é a vítima, portanto todo cuidado é pouco”.
| Fábio Matavelli |
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| Casa oferecida pelo golpista fica na Vila Cipa. As vítimas, no entanto, não a conheceram internamente |
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